segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

BOAS ENTRADAS...



Desenhado em iPad

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

JOSÉ RICARDO SEQUEIRA

Faleceu o José Ricardo Sequeira.

Tenho ideia que me lembro dele desde sempre. O seu Pai, Luis Sequeira foi oficial no Colégio Militar e meu treinador de futebol - fui seu "capitão de equipa" e fomos bi-campeões de Lisboa nos campeonatos da Mocidade Portuguesa - e antes de o conhecer já ouvia falar dele.

Conheci-o bem como treinador de rugby e sempre gostei do seu carácter: era um desportista. Era leal e era um conhecedor.

Numa das últimas vezes que estivemos juntos, num jogo de Agronomia numa final no Estádio de Honra do Jamor pude lembrar-lhe: foi há 50 anos que, com o teu Pai, fomos aqui campeões de Lisboa e que aqui recebemos a Taça. Olhou para mim, sério e respondeu: só tu me poderias comover. E trocámos um longo abraço.

À família, ao seu irmão Luís, a expressão da minha tristeza.

domingo, 23 de dezembro de 2012

NATAL 2012

Desenhado em iPad

sábado, 22 de dezembro de 2012

RECORDAÇÕES

Foi muito agradável para mim ver que Vasco Lynce, Bernardo Marques Pinto - foi um momento particularmente significativo poder receber a sua medalha - e José Carlos Pires, três grandes capitães de selecções nacionais pelas quais fui responsável, foram também agraciados pela Federação Portuguesa de Rugby na I Cerimónia de Entrega de Prémios com medalhas demonstrativas do seu reconhecimento pela marca que deixaram e pelo seu contributo para o desenvolvimento do rugby português.


E gostei também de ver outros jogadores agraciados e que também pertenceram a selecções que treinei como o Faustino Pires, o Dídio Aguiar, o Manuel Costa, o António da Cunha, o Joaquim Ferreira (Xixa), o Tomaz Morais, o Luís Pissarra (Lóis), o Miguel Portela, o Carlos Jorge Reis (Cájó), o João Queimado, o Rohan Hoffman - todos jogadores que, em tempos muito diferentes dos actuais, prestaram grandes serviços à Selecção Nacional - e companheiros de equipa como Raul Martins - e meu capitão de equipa na selecção - António Cabral Fernandes, César Pegado, Carlos Nobre, Arnaldo Neto, João Pedro Pinto de Sousa, Manuel Saraiva e, claro, essa figura legendária do rugby português que é o Quim Pereira com quem joguei, por quem fui treinado e a quem treinei, num raríssimo caso de longevidade. Um grupo notável!

Estes momentos de reencontro com a memória trazem-nos recordações formidáveis, fazendo esquecer as dificuldades dos esforços ou de momentos menos bons e dão-nos a certeza das enormes vantagens, qualidades e solidariedades da vida desportiva.


terça-feira, 18 de dezembro de 2012

MEDALHA DE SERVIÇOS DISTINTOS

No mesmo dia 15 de Dezembro em que apadrinhei a equipa feminina de rugby de Sport Clube do Porto, recebi da Federação Portuguesa de Rugby a Medalha de Serviços Distintos. Aproveitei o momento para lembrar e agradecer a pessoas que foram importantes na minha carreira de jogador e treinador. Disse assim:


"Uma carreira não se faz sózinho, faz-se com o apoio de muita gente. E eu tenho muitas pessoas a quem agradecer. Começo por aqueles que foram meus treinadores:

VALDEMAR LUCAS CAETANO
VASCO PINTO DE MAGALHÃES
SERAFIM MARQUES
LUÍS MIRAMOM
PEDRO CABRITA
JOAQUIM PEREIRA, um caso notável
de longevidade desportiva activa: foi meu treinador no CDUL e a quem treinei depois na selecção nacional.
[e que me dizia depois da cerimónia: podias ter contado que me disseste "preciso de ti, da tua experiência, para o jogo com a Espanha; no jogo seguinte, o teu lugar será ocupado por um dos jovens pilares". Se não fosse assim, se não me dissesses que era o meu último jogo internacional, ainda lá estava hoje" e riu-se numa boa gargalhada.]

Agradeço a todos os jogadores, meus companheiros de equipa no CDUP, no CDUL e na Selecção, com quem joguei.
Agradeço a todos os jogadores que tive oportunidade de treinar no GD Direito, no Dramático de Cascais, no CDUL e nas selecções nacionais de juniores e seniores.

Agradeço também aos treinadores com quem colaborei e que comigo colaboraram:

PEDRO LYNCE de quem fui treinador-adjunto
OLGÁRIO BORGES meu companheiro na construção dos Garraios
VASCO LYNCE
BERNARDO MARQUES PINTO
LUÍS BESSA
RAUL PATRÍCIO
ANTÓNIO COELHO

Agradeço também aos dirigentes que me acompanharam nas equipas que treinei:

MIGUEL FERREIRA
ANTÓNIO TRINDADE
DUARTE LEAL
ALBANO RODRIGUES
JOÃO ATAÍDE
NICHA VILAR GOMES
RAÚL MARTINS
ARMANDO FERNANDES
ANTÓNIO FAÍM
JOÃO MEGRE

E agradeço ainda aos colaboradores muito próximos:

DÍDIO AGUIAR
PEDRO GRANATE
HENRIQUE CALEIA RODRIGUES
GRAÇA GORDO
MANUEL CARVALHO
MÁRIO FERREIRA, o FRITZ
e FERNANDA ASSIS.

Esta medalha que recebi e que muito me honra tem partes de cada um de vocês. Muito obrigado a todos."





segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

SER PADRINHO

Como prometido estive no Porto a apadrinhar a equipa feminina do Sport Clube do Porto. Numa cerimónia onde foi possível recordar um pouco da história do centenário clube e com a presença do presidente, Barros Vale, e de outros membros da direcção do clube bem como patrocinadores, chegou a minha vez.

Contei das minhas ligações ao clube e falei da honra que sentia ao ser escolhido para padrinho da equipa, ainda mais pelos conceitos que sustentaram o convite. Falei-lhes também da importância - não sendo o mais importante, mas tendo toda a importância - da vitória. Porque aumenta a auto-confiança, atrai mais jogadoras e permite desenvolver a equipa e o clube. E porque ganhar - desde que não seja "a todo o custo" - sabe bem.

Propus-lhes a assumpção de três propósitos de diferentes treinadores, dois americanos (Dean Smith e Bill Parcels) e eu próprio, que podem ajudar à construção de uma equipa cada vez melhor. Assim:

JOGUEM COM DETERMINAÇÃO
JOGUEM JUNTAS
JOGUEM COM INTELIGÊNCIA
Dean Smith 

NÃO ACUSEM NINGUÉM
NÃO ESPEREM NADA
FAÇAM-NO!
Bill Parcels 

SEJAM LEAIS!
SEJAM LEAIS A VOCÊS PRÓPRIAS
SEJAM LEAIS À CAMISOLA QUE VESTEM E AOS VALORES DO CENTENÁRIO SPORT CLUBE DO PORTO
SEJAM LEAIS AOS VALORES DO RUGBY
BOA SORTE, JOGUEM BEM, DIVIRTAM-SE!

E do que vi, acho que o grupo vale a pena: é formado por raparigas muito determinadas, que gostam de jogar e de melhorar. Logo que seja possível vou vê-las jogar.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

SPORT CLUBE DO PORTO




A equipa de rugby feminino do Sport Clube do Porto convidou-me para ser seu padrinho. 

Consideram, muito simpaticamente, que sou um bom exemplo dos valores que envolvem a modalidade. Fico muito contente pela distinção que um clube centenário e cheio de tradições desportivas e sociais me atribui, fazendo votos para que as meninas do Sport - clube onde o meu pai jogou Andebol de 11 e que vi, no campo da Belavista, a jogar diversas vezes - possam, num enquadramento de ética desportiva como pretendem, divertir-se a jogar e atingir um nível de jogo que as satisfaça. 

No sábado, 15 de Dezembro, lá estarei nas novas instalações da Circunvalação.

domingo, 9 de dezembro de 2012

A CRESCER LÁ CHEGARÃO

Desportivamente falando percebe-se bem a diferença entre a experiência e o crescimento: a equipa experiente mantém, sejam quais forem as circunstâncias, o seu modelo de jogo, a sua forma de jogar mais adequada e mais eficaz para o conjunto dos seus jogadores, até que, por imposições do jogo do adversário, decide ir buscar as soluções de reserva que melhor se adaptem à situação que enfrenta; pelo contrário, a equipa em crescimento tende, quando a pressão parece sufocar, a "deslaçar" a forma de jogar sem a substituir pela estrutura de outra.

Foi um pouco isso que sucedeu a Portugal no jogo com a França. Pelo conjunto da pressão da circunstância e do adversário, deixou de utilizar o seu modelo de jogo - como Frederico de Sousa bem acentuou ao intervalo - desuniu-se e passou a tentar resolver o jogo individualmente. O modelo habitual de ataque central para, caso não haja perfuração eficaz, manter abertas duas alternativas de ataque, viu-se substituído por um "cada um por si" previsível nas faixas laterais do terreno. Na 2ª parte, Portugal melhorou e a França teve a sorte dos deuses pelo seu lado - terá sido talvez o finalista mais afortunado dos Torneios. Já contra Fiji, equipa com outra rapidez e comprimento de passe, com mudanças de ângulos e linhas de corrida de grande facilidade, as possibilidades são diferentes - veremos as melhorias em Fevereiro no nosso Grupo D de Wellington.

Embora não ganhando na segunda jornada, Portugal mostra crescer no bom caminho e tem agora 21 pontos e encontra-se no 9º lugar da classificação. O que significa que o objectivo principal da época - manter-se entre as doze equipas residentes do World Series. A Espanha e a Escócia estão mais longe mas é ainda necessário colocar outra das residentes - a Inglaterra e a Austrália podem acordar a qualquer momento... - atrás de nós. Tarefa difícil mas não impossível.

Os "miúdos" estão uns bravos.

(nota: no Se7ens só há duas Taças que contam, a Cup e a Plate. As outras taças são para ser disputadas por aqueles que não se qualificam para a taça principal e que não passaram do terceiro lugar nos grupos. Embora possa não parecer é melhor chegar à Cup e perder aí nos quartos-de-final e passar para a Plate, mesmo perdendo a meia-final, do que vencer qualquer das outras taças que são disputadas. Estas alterações são recentes e são agora muito mais justas e colocaram o devido valor das taças: são para inglês ver. Agradáveis de vencer para quem não conseguiu mais. Uma consolação.)

sábado, 8 de dezembro de 2012

SE7E A CRESCER

O Se7e de Portugal fez o que devia: aproveitou muito bem, sem dar facilidades, a sorte do sorteio. E fez aquilo que mostram as grandes equipas: não desaproveitam qualquer oportunidade que lhes surja. Não lhe tendo calhado nenhuma "fera", souberam, eles próprios, tornar-se nas "feras" do seu grupo. Vencer três jogos neste nível e no mesmo dia é qualquer coisa...

O que significa que estes jovens recém-lançados na alta roda do SEVEN7 estão a crescer muito bem, permitindo muito boas perspectivas para o futuro.

Com esta vitória na sua série, Portugal qualifica-se de novo para a Cup - julgo ser a primeira vez que há esta sequência de qualificação - e garante um minímo de 10 pontos que o afastarão mais de adversários directos da sobrevivência quando chegar o torneio de Hong-Kong. Canadá, Espanha e Escócia ficarão, quaisquer que sejam os resultados de amanhã, mais afastados de Portugal. O que é bom.

E sendo a França o próximo adversário, o se7e português não tem de deitar qualquer toalha ao chão - pode muito bem, vencer. Bastará que mantenha a concentração e o sentido colectivo dos melhores momentos a que junte a perspicácia do espaço livre - a distribuição ao pé de Pedro Leal tem sido, como de costume, excelente - e o ataque aos intervalos que estabelecem uma interdependência de difícil defesa. Não esquecendo a confiança necessária ao risco que procurar vencer exige.

Amanhã veremos a continuidade do crescimento.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

MUNDIAL 2015

Mundial 2015: Grupos

AINDA A VITÓRIA DA INGLATERRA


"Colocaram-nos no pé de trás e sob pressão e quando voltamos a entrar no resultado a Inglaterra não entrou em panico. Fiquei impressionado pela forma como jogaram." Richie McCaw ao Sunday Times, 02.12.12, a explicar razões da derrota por 38-21 frente aos ingleses.
Claro e sem evasivas: os ingleses ganharam porque foram melhores. Porque jogaram mais, ponto.

JANELA DE NOVEMBRO: PERDAS E GANHOS


Dos doze já qualificados para o Mundial de 2015 já se sabe quem fica em cada Jarro. Gales terá o maior sofrimento até saber se fica nalgum "grupo de morte":  terá sempre defrontar duas feras para defrontar.
Neste mês de Novembro houve quem ganhasse e perdesse posições no ranking da IRB. Uns perderam posição, outros pontos e outros ganharam uns e outros.Vejamos quais:

Perda de Posição:
- Inglaterra - era 4º no início de Novembro, terminou em 5º com a consequência de ter perdido o 1ºjarro;
- Gales - era 6º e hoje está em 9º com entrada apenas no 3º jarro;
- Escócia - era 9º e encontra-se em 12ª lugar

Perda de Pontos
- Nova Zelândia - tinha 92,91 pontos e com a derrota contra a Inglaterra passou para 90,08 sem perda da 1ªposição; 
- Escócia - tinha 77,97 pontos e hoje encontra-se com 75,83 pontos

Ganho de Lugares
- África do Sul que de 3º se encontra agora em 2º lugar;
- França que passou de 5º para 4º lugar e conseguiu ser cabeça-de-série para o sorteio de hoje;
- Irlanda colocada em 6º lugar quando era 7º no princípio do mês;
- Samoa com um belíssimo salto de 10º para 7º e lugar no 2º jarro do sorteio;
- Itália de 11º para 10º;
- Tonga de 12º para 11º.

Ganho de Pontos
- África do Sul de 84,69 para 86,94
- Austrália de 86,37 para 86,87
- França de 83,03 para 85,07
- Inglaterra de 83,09 para 83,90
- Irlanda de 79,85 para 80,22
- Samoa de 76,23 para 78,71
- Argentina de 78,63 para 78,71
- Itália de 76,03 para 76,24
- Tonga de 74,79 para 76,10

Agora resta, esperar o sorteio.   

sábado, 1 de dezembro de 2012

HÁ FESTA EM INGLATERRA

Não há com certeza pub inglês que não esteja ainda cheio de gargalhadas a comentar o jogo de uma notável e inesperada vitória do quinze de Inglaterra contra os campeões do Mundo, os All-Blacks. E por 38-21: com ensaios e a jogar-se rugby. Bom rugby. Uma festa.

E foi pena que os portugueses que gostam de rugby não pudessem ver este magnífico jogo. Como foi possível a vitória dos ingleses? Como resposta, a primeira que me lembro pertence a António Oliveira, jogador e treinador internacional de futebol, que rematou assim a explicação para um golo inexplicável: quem viu, viu; quem não viu, não viu. Não há explicações, devia ser visto.

E sobre o resultado quanto tudo apontava para a vitória, com folga dos All-Blacks? Há muito que outra grande figura do futebol português, o lateral direito do F.C. do Porto e da Selecção Nacional, João Pinto, avisou: Prognósticos?! Só no fim do jogo!. E foi o caso: dados antes, falharam rotundamente; dados depois, acertariam em cheio. É este o sortilégio do Desporto, podem haver sempre cisnes negros enquanto enormes surpresas que depois toda a gente é capaz de explicar. E é a sorte das casas de apostas: a imprevisibilidade do desporto. Um jogo, portanto.

A Inglaterra preparou-se para o jogo da sua vida. E fê-lo.

Criando uma enorme pressão - o que lhe permitiu ter a maior percentagem de posse de bola - levou os neozelandeses a cometerem faltas em zonas críticas que permitiram o dominío do marcador - chegaram a 15-0 - pelo pontapé do abertura Farrell. E quanto a volta parecia perdida com os dois bons ensaios dos All-Blacks a colocarem o resultado em 15-14, o quinze inglês teve uma estupenda reacção: acreditou, jogou e ganhou! E notável foi ver, do lado neozelandês já se sabe que assim é, os jogadores ingleses a atacarem intervalos com a preocupação de dominarem a linha de vantagem. É avançar, minha gente! conquistando o terreno profundo, depois do bom trabalho de conquista da bola e da sua parte de terreno por parte dos avançados, para perfurar ou explorar o espaço lateral já então livre - e a defesa neozelandesa viu-se em palpos de aranha para fazer frente a estas cavalgadas: defendo o de dentro e deixo o de fora à vida ou ao contrário? (pergunte-se a Conrad tSmith que se viu mais do que uma vez metido nesta embrulhada); preocupo-me com o passe interior ou defendo a passagem pelo corredor exterior? (pergunte-se a Dan Carter que se viu, mais do que uma vez, ultrapassado por fora). Erros defensivos? Não, decisões que resultaram erradas na escolha múltipla que foram obrigados a fazer. Qualidade do ataque inglês portanto: que, conquistando a linha de vantagem criou a superioridade numérica necessária para que a defesa neozelandesa tivesse de se desmultiplicar a tapar buracos.

Gales perdeu (14-12) na última jogada do desafio contra a Austrália que marcou um ensaio - o único do jogo - por Kurtley Beale. E assim passou para a terceira jarra do sorteio - ultrapassado por Samoa e Argentina que ficam na segunda jarra - e começou mal o vizinho Mundial de 2015. Do outro lado deste espelho, a alegria de Samoa que hoje festejou a entrada nos oito primeiros lugares do ranking da IRB e a vitória do Seven7 do Dubai ao vencer a Nova Zelândia na final. Grande dia!

Portugal, não vencendo - como esperado - qualquer jogo do segundo dia contra os melhores, os da Cup, subiu quatro lugares - é agora 11º com os mesmos onze pontos que a Austrália - na classificação geral do World Series. Para a semana haverá mais, em Port Elisabeth, no estádio - que honra! - Nelson Mandela. Esperamos com curiosidade o que nos trará a experiência agora ganha por estes promissores miúdos.

FECHO DA JANELA



Para fecho da janela internacional de Novembro e já um pouco à margem do habitual - três jogos em digressão é, para a IRB, o ideal - faltam apenas dois jogos: Inglaterra-Nova Zelândia e Gales-Austrália.

Em teoria o prognóstico é simples; ganham os visitantes. A Nova Zelândia ganhará por uma diferença de cerca de 18 pontos; a Austrália vencerá por cerca de 11 pontos. Na prática se verá.

A Inglaterra, depois de apenas uma vitória contra Fiji, joga apenas pelo prestígio: qualquer que seja o resultado não sairá da 5ª posição do ranking IRB e, portanto, ninguém a tira da segunda jarra do sorteio do Mundial. Já Gales, para além do prestígio, joga a sua posição ns segunda jarra - se perder será ultrapassado por Samoa que brilhará na sétima posição do ranking.No entanto, ganhando, ultrapassará a Irlanda.

Este risco que Gales corre está a provocar algumas tensões na imprensa galesa: preferiram o dinheiro à posição para o sorteio, afirmam. E não se importaram - por pura ganância, dizem - de defrontarem duas feras no próximo Mundial. Dir-se-á: o dinheirinho já cá canta e o sonho da vitória da equipa está sempre vivo. Veremos se compensa. Mas em princípio só a alma ou a crença não ganham jogos. E Gales esteve longe do brilhantismo da época passada...

Por seu lado a Nova Zelândia tem a oportunidade de, finalmente e após três vitórias, marcar pontos no ranking IRB. Até agora a diferença entre as equipas, mesmo jogando em casa, era tal que, por maior que a vitória fosse, os All-Blacks, de acordo com as regras do ranking, não acumulariam pontos evitando assim a abertura de falsos fossos entre as equipas. Como escreve, num exagero engraçado, um jornalista britânico (cito de cor): ninguém percebe como funcionam as regras do ranking mas funcionam bem. E o que é facto é que a sua aplicação se mostra capaz de definir os posicionamentos de acordo com as capacidades de cada equipa traduzida pelos seus resultados. E funciona muito melhor do que outros, desencorajando a procura de jogos de desequilíbrio evidente porque aí o mais forte corre riscos e o mais fraco nada tem a perder. E ninguém aparece nos dez primeiros sem resultados capazes.

Em relação ao sorteio do Mundial da próxima segunda-feira um jogo apenas - o de Cardiff - pode provocar mudanças na colocação nas jarras. E Samoa, descansada e a ver os seus jogadores de Seven7 no Dubai, à espera.

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