quinta-feira, 25 de setembro de 2025

5ª JORNADA RUGBY CHAMPIONSHIP 2025


Esta 5ª jornada do Rugby Championship 2025 começa, embora a horas “impossíveis” — nossas 6 da manhã — com a 1ª mão da Bledisloe Cup entre a Nova Zelândia e a Austrália num jogo que está a criar imensas expectativas.  Os AllBlacks perderam na última jornada e duma forma totalmente inesperada — um resultado de 1 ensaio contra 6 da África do Sul — com uma negativa demonstração de capacidade de ultrapassagem da Linha de Vantagem — 46 vezes contra 75 — e com fraca demonstração e apenas 59% de eficácia nas placagens — embora com um maior número de passes (186) que se mostraram, como se viu, inconsequentes — linhas de corrida mal escolhidas, apoio atrasado, libertação lenta da bola, deixando a defesa reorganizar-se. Por seu lado a Austrália, embora perdendo com a Argentina conseguiu — ao marcar 4 ensaios e ao perder pela diferença de 2 pontos — conquistar 2 pontos de bónus o que a coloca, isolada, no 1º lugar da classificação.

A maior curiosidade no jogo estará em saber que soluções e mesmo transformações irá aplicar “Razor” — Scott Robertson — para que a sua equipa volte a impor o respeito a que nos habituámos. Apesar de tudo o passado das duas equipas dá favoritismo aos AlBlacks que não poderão perder duas vezes seguidas em casa. Pronto e que a “caixa” televisiva funcione no puxar atrás…

A Argentina venceu nesta prova a Austrália (fora) e a Nova Zelândia (casa) — não é para qualquer! Jogando agora fora contra a África do Sul que tem uma boa defesa muito rápida no encurtamento do espaço, o rugby de movimento argentino vai ter com certeza grandes dificuldades para se garantir eficaz. No entanto o jogo será interessante e permitirá perceber se as alterações tácticas que vimos ultimamente nos sul-africanos, serão uma realidade de transformação do seu jogo — a leitura inteligente a sobrepor-se às propostas da força pura. Se a mais provável vitória cairá no campo caseiro da África do Sul, nada impedirá que se encare a hipótese de uma surpresa. Porque os argentinos são muito de “antes quebrar que torcer”. 

Dois jogos de uma 5ª jornada muito interessante e a não perder — em deferido ou em directo..

 

terça-feira, 23 de setembro de 2025

FINAL DO MUNDIAL FEMININO 2025

 

A Nova Zelândia, aparecendo como favorita pela sua posição de bi-campeã mundial,  foi derrotada sem qualquer margem para dúvidas pela excelente Canadá que marcou 5 ensaios contra 3 das BlackFernes. As razões? Duas principais: a indisciplina das neozelandesas que concederam 10 penalidades permitindo conquistas de terreno e um “fácil” recurso canadiano ao maul; o facto das neozelandesas — estranho o facto do seu treinador, Allan Bunting, nada ter decidido para o alterar — colocarem sempre mais suas jogadoras nas formações-baixas (rucks) do que as suas adversárias permitindo sempre uma superioridade numérica, atacante ou defensiva, por parte das canadianas. E, por outro lado a qualidade e rapidez da disponibilidade da bola no pós-contacto por parte das canadianas, o que lhes permitiu a necessária rapidez de circulação da bola, tirando bom partido da desorganização defensiva neozelandesa. Uma bela lição táctica canadiana que lhes permitiu um 24-7 ao intervalo e quer o balneário neozelandês não encontrou formas de iguaslar.

No França-Inglaterra e pese o facto das francesas se terem superiorizado na generalidade do jogo — 61% de posse e 52% de domínio territorial — foram as inglesas a marcar 5 ensaios contra 3 das francesas. No MIDOL, uma antiga internacional francesa recomendava cuidado e concentração para que não fizessem penalidades uma vez que isso proporcionaria ás jogadoras da Rosa o acesso a alinhamentos que possibilitariam os mauls em que são exímias. Recomendava também que as francesas, no caso de alinhamentos no interior dos seus 22, disputassem a bola tentando perturbar uma conquista demasiado controlada e não ficassem no chão preparando-se para organizar a sua defesa de maul. Fizeram-no? Nem por isso e seguindo o catálogo trivial…permitiram uma conquista geral de terreno em maul de 33 metros e o facto de terem feito o dobro de passes de pouco lhes serviu. Mas diga-se também que a organização defensiva das inglesas — com uma capacidade adaptativa notável — foi muito capaz com 231 placagens. A 1ª parte  foi muito dura para ambas as equipas e terminou com um 5-7 inglês, apesar do domínio territorial de 62% e de posse de 65% das francesas. E as inglesas resistiram de tal forma que, marcando 4 ensaios depois do intervalo, dominaram absolutamente nos 10 minutos finais com 83% de posse e 54% de domínio territorial. Uma demonstração de coesão e equilíbrio colectivo que nos pode levar a apresentá-las como favoritas para a final. 



E sábado próximo teremos, para além da disputa do último lugar do pódio, a final entre canadá e Inglaterra que, jogando em casa, terá um Twickenham (pouco importa que agora se chame de outras maneira) quase pleno a “empurrar” para a vitória. O jogo — embora com a vantagem da enorme coesão colectiva da equipa da Rosa — poderá ter uma qualquer das duas equipas como vencedora. Seja como for, um jogo a não perder. 



sexta-feira, 19 de setembro de 2025

MUNDIAL FEMININO 1/2 FINAL


DOIS JOGOS PROMETEDORES!

sábado, 13 de setembro de 2025

FIM-DE-SEMANA “DENTRO” DA TV


Apesar da hora matinal dos jogos — o Austrália-Argentina é até de madrugada — vale, pelo menos, a pena ver em directo o Nova Zelândia-África do Sul.


Os Quartos-de-Final do Mundial Feminino prometem jogos interessantes com o objectivo de chegar às 1/2 finais. Embora haja “favoritos” por aquilo que se viu nos jogos anteriores pode haver surpresas, sendo o jogo possivelmente mais equilibrado o que opõe francesas a irlandesas…



















 

terça-feira, 9 de setembro de 2025

MUNDIAL COM BOAS PERSPECTIVAS


 Também jogos muito interessantes com movimento, jogo de passes, defesas bem estruturadas e vitórias evidentes. Mas quem perdeu, mostrou-se, pesem embora os ensaios sofridos, conhecedor dos princípios do jogo.

E os jogos Inglaterra-Austrália, Nova Zelândia-Irlanda — a demonstração técnico-táctica das Black-Fernes foi qualquer coisa…—  e França-África do Sul foram bem interessantes em demonstrações de muito conhecimento táctico e boas combinações que se faziam manobras para ultrapassar defesas. Belos espectáculos.

Pelo que se viu neste final de Grupos, os quartos-de-final podem mostrar-nos jogos de grande competitividade e sem vencedor previsível. Os jogos serão:

  • Nova Zelândia (3º) - África do Sul (10º)
  • Canadá (2º) - Austrália (7º)
  • França (4º) - Irlanda (5º)
  • Inglaterra (1º) - Escócia (6º)
[entre parentesis o lugar no ranking mundial]

Como motivo muito interessante nas transmissões televisivas da Sport TV,  a notável demonstração de capacidade das comentadoras portuguesas femininas que nos mostraram de forma muito clara e compreensível as formas de jogar, dando-nos conta das vantagens de uma e outra equipa e ainda das qualidades objectivas das diversas jogadoras. Com as suas prestações, fizeram-nos compreender as suas muito boas capacidades de entender o jogo — bem como, como o afirmaram por diversas vezes, o seu gosto e encanto pelo jogo de Rugby e sua envolvente. Gostei muito da vossa prestação e muito obrigado pelo excelente serviço que nos prestaram.
Aqui ficam os vossos nomes:   
Carolina Torres, árbitra e jogadora internacional
Maria Teixeira, jogadora internacional
Marta Pedro, jogadora internacional
Cátia João, jogadora internacional
Matilde Góis, jogadora internacional
Maria Branco, jogadora internacional 
Luana  Romão, jogadora internacional
Mariana Onório, jogadora internacional


      




CHAMPIONSHIP ENSINA



Dois belos jogos. No Austrália-Argentina uma vitória com um ensaio sobre o último segundo do jogo de 86 minutos — havendo, no entanto, dúvidas sobre as interpretações da arbitragem no último minuto. No entanto houve momentos notáveis, com jogos de passes de enorme qualidade: uns como off-loads, outros como meras transmissões com heterogéneas entregas de bolas a companheiros que adaptavam as suas linhas de corrida às propostas do portador - bonito!  A Argentina, ao intervalo ganhava por  21-7 mas na 2ª parte os australianos marcaram  3 ensaios com 62% e 51% de posse de bola e domínio de terreno, empatando 21-21 aos 63’, ficando a perder 24-21 aos 78’ para virar o resultado 28-24 aos 86’.

A vitória da Nova Zelândia deveu-se fundamentalmente a uma combinação táctica de manobra-manobra-velocidade a que os sul-africanos, pese a sua boa defesa e bom trabalho colectivo não conseguiram resistir. Os sul-africanos conseguiram 52% de posse de bola e 60% de domínio territorial, atingindo ainda no Índice de Eficácia Colectiva — o TWI — o valor 44,8, superior em 1/10 ao obtido pelos All-Blacks. 

Apesar de haver nítida melhoria no jogo Springbok — parecem estar a procurar sair da constante procura imediata da colisão — ainda não conseguiram — e por isso foram derrotados — melhorar o uso da bola depois que os seus adversários acertaram defensivamente a sua forma de jogar. E assim os All-Blacks se tiveram menor, embora muito próximo, número no Índice de Eficácia Colectiva (TWI), ultrapassaram os sul-africanos com 54,0 pontos contra 45,7  no Índice de Efícácia do Uso da Bola (IEUB) e assim venceram. O melhor uso — e a melhor defesa com 85% de sucesso contra 77% — venceu o ligeiramente superior controlo colectivo dos sul-africanos. Ou seja, jogar tende a ser mais rentável do que conquistar.

No final do jogo e num bonito gesto, os capitães da África do Sul prestaram pública homenagem ao neozelandês Savea que, neste encontro, atingiu a sua 100ª  internacionalização.

RESULTADOS DAS EQUIPAS QUE JOGARÃO CONTRA PORTUGAL


sábado, 6 de setembro de 2025

ATÉ SEMPRE, TONI

Itália, 0- Portugal, 0 - Padova, Fevereiro 1972

 Caríssimo Toni

Nós, Rugby Português, devemos-te muito. Como companheiros, sempre a poder contar contigo no apoio ou na ajuda dos corpo-a-corpo para a conquista da bola ou de terreno. Como adversários, a contar com a tua lealdade e com a oposição que dignificava todo o resultado fosse ele qual fosse. Como treinador a ensinar os Valores e os Princípios nesta particular forma de entender o mundo que é o nosso Rugby para continuar na correcção dos erros e a ensinar as adaptações necessárias para que os gestos técnicos se mostrassem eficazes na táctica decidida.

Depois como dirigente, organizando o sistema de forma a que a eficácia fosse um resultado óbvio. Eficácia na melhoria competitiva e no desenvolvimento e ampliação. Muito no Centro tem a tua imagem por cima a lembrar a tua obra.

Felizmente todas essas capacidades foram-te reconhecidas com a atribuição de distinções como Medalha de Mérito do Comité Olímpico de Portugal, Medalha de Serviços Distintos da FPR a que se juntam as distinções da AAC e da Cidade da Câmara Municipal de Coimbra. E a garantia que te podemos dar é que não te esqueceremos. Na memória de cada um de nós com especial incidência nos que pertencem/ceram à tua Académica, manteremos viva a tua vida.

Obrigado Toni! Até sempre!

Abraço oval.

António Cabral Fernandes (Toni) 1944/2015

sexta-feira, 5 de setembro de 2025

INTERNACIONAIS DE FIM-DE-SEMANA

 

O jogo Nova Zelândia - África do Sul  realiza-se no “santuário” neozelandês de Eden Park onde os All-Blacks não são derrotados desde 1994 - derrota contra a França por 23-20 

Uruguai e Estados Unidos serão adversários de Portugal na próxima janela internacional de Novembro

Apenas os jogos referentes ao Grupo A — Inglaterra/Austrália e USA/Samoa — ainda podem definir quarto-finalistas uma vez que nos restantes Grupos os apuramentos estão definidos. No entanto dois jogos que terão transmissão televisiva — Nova Zelândia/Irlanda e França/África do Sul — serão com certeza interessantes de ver.


quinta-feira, 4 de setembro de 2025

CANAL ABERTO


 O Rugby da Irlanda decidiu que o Seis Nações 2026 será televisionado em canal aberto. Sorte dos irlandeses e que nós já tivemos.

Se para Portugal as transmissões televisivas permitiram mostrar um desporto que nos era desconhecido, provocando um interesse que permitiu consolidar a modalidade no país, para a Irlanda a transmissão em canal aberto será motivo de uma enorme festa e de enormes vantagens para clubes e mesmo pubs. Uma Festa!11

Dizemos em Portugal que, para a modalidade crescer, é preciso alargar a sua geografia. Que seria bem mais possível se os “grandes” jogos de rugby fossem transmitidos em sinal aberto. Como já o foram, repito! E falava-se de rugby nos transportes públicos, nos cafés, em todo o lado em que havia alguém que tivesse passado a tarde de sábado a ouvir o Cordeiro do Vale a “mostrar” a bola oval e o combate corpo-a-corpo da luta por cada metro de terreno. Bons tempos de que ficaram excelentes memórias.

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

SÓ DÚVIDAS NOS USA E AUSTRÁLIA

 


No final da 2ª jornal deste Mundial Feminino, estão já qualificados para os quartos de final:

    - Inglaterra
    - Canadá
    - Escócia
    - Nova Zelândia
    - Irlanda
    - África do Sul
    - França
Apenas no Grupo A — fazendo jus ao equilíbrio mostrado pelo empate surgido num bom e disputado jogo entre a Austrália e os Estados Unidos — não está decidido o 2º lugar de apuramento, dependendo a qualificação da vitória com “ponto de bónus ofensivo” dos Estados Unidos sobre Samoa e que a Austrália, perdendo, não consiga um “ponto de bónus defensivo” no seu jogo contra a Inglaterra.

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