segunda-feira, 31 de maio de 2010

DIFERENÇAS

Entre o rugby e a pesca há uma enorme diferença: A PLACAGEM

Corolário: quem não placa pode dedicar-se à pesca.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

AINDA OS SEVEN'S

Em Londres onde se viram alguns jogos muito interessantes, para além da evidência da placagem – no verdadeiro sentido de levar o portador da bola ao chão como exigem as Leis do Jogo – ser essencial para a consistência competitiva de uma equipa – não é possível jogar consistentemente se houver não-placadores na sua formação - alguns pontos ganham notoriedade no desenvolvimento da variante.

1. Não chega fazer bem, é preciso fazer rápido: em determinadas alturas tudo parece equilibrado entre as equipas em jogo. Num ápice, a velocidade faz a diferença e as equipas separam-se num resultado cada vez mais inalcançável. Para ser competitivo a este nível é preciso ser rápido na leitura da situação, rápido na decisão, rápido na reacção, rápido na velocidade de execução e de deslocamento. O que significa a necessidade de proporcionar aos jogadores hábitos competitivos de um nível tão próximo quanto a competição internacional;

2. Procura de intervalos. O ataque faz-se aos intervalos na procura de juntar mais do que um defensor para soltar a bola antes do derrube da placagem. Não existindo uma segunda cortina defensiva activa – o número de jogadores não o permite – a dobra e o passe em carga (offload) são ferramentas técnicas altamente eficazes para ultrapassar a defesa. O ataque aos intervalos – tirando partido da maior distância entre defensores – é uma constante das grandes equipas;


3. Apoio em tempo útil. O seven’s tem uma característica particular: os seus jogadores – para ocuparem toda a largura do terreno - estão mais distanciados do que o que acontece normalmente no jogo de quinze. O que significa que os intervalos são maiores e mais vulneráveis. O que significa também que o apoio, quer defensivo, quer ofensivo, tem que ser muito rápido para poder ser útil – o que obriga a reagir de imediato às acções, lendo os sinais e preparando-se para as diferentes situações (ex: em ataque, receber um passe ou garantir a posse da bola pela formação do ruck; em defesa, só se deixar envolver se o companheiro não derrubar o portador e saber deslizar). Os melhores jogadores, aqueles que se mostram mais eficazes, têm uma noção de apoio altamente desenvolvida aparecendo de lado nenhum no momento exacto para surpreender a defesa.

Os resultados portugueses foram interessantes. Diminuída a pressão competitiva, Portugal pareceu estar apto para voos maiores. Mas essa ilusão turva-se nos momentos de maior pressão e velocidades competitivas - por isso as derrotas, mesmo por pontuação próxima. Porque, não existindo hábitos permanentes de jogar próximo deste nível – pelo desfasamento demasiado profundo entre a competição interna e o nível internacional - os jogadores portugueses perdem, nos momentos críticos, o sentido colectivo e pretendem resolver os problemas de forma individualista. Com os consequentes erros e, muitas vezes, perdas de bola que farão a diferença no resultado final. E se a atitude pode ser trabalhada – levando os jogadores a procurarem menos brilho e mais eficácia – a constância só pode surgir com alteração de hábitos competitivos e a permanência do alto nível.

Veremos agora na Escócia se, pela concentração e foco na variante, haverá desenvolvimento.

domingo, 23 de maio de 2010

SEVENS

Os Sevens de Londres têm sido uma boa amostra da mudança que se está a passar na variante – e que não foge em nada ao que se previa. Com a entrada da variante nos Jogos Olímpicos, o nome Rugby será, com certeza, mais conhecido mas o jogo de quinze não crescerá e, muito provavelmente, ainda nos iremos arrepender deste passo: porque o XV ficará cada vez mais limitado aos 10/12 países da frente – os outros dedicar-se-ão ao seven´s com maior atenção e preocupação. A começar por aqueles que, como a Rússia, China ou Estados Unidos, têm grandes tradições olímpicas. Acresce ainda que a aposta no seven’s olímpico traz outro problema: a qualificação continental – não haverá lugares suficientes para os pretendentes (mas isso só será percebido tarde demais…pese embora a sorte europeia da Grã-Bretanha eliminar 2 concorrentes)
O jogo de Portugal contra o Quénia mostrou outra parte do problema. Os africanos não têm qualidade capaz no jogo de quinze (44º lugar no ranking da IRB; Portugal ocupa o 21º lugar), mas formaram uma equipa de seven’s com qualidade e que tem, desde há anos para cá, conseguido bons resultados internacionais (o Quénia tem 43% de vitórias nos jogos efectuados nas Word Series – metade do total obtido pela Nova Zelândia; Portugal tem 37% na relação vitórias/jogos efectuados).
O VII distingue-se do XV num pormenor estratégico de consequência tácticas imediatas: com menos jogadores e, portanto, com mais espaço livre, a posse da bola é a dominante do jogo; no segundo, a conquista de terreno é a questão chave do sucesso. Ora esta diferença, permitindo o recurso a uma menor variedade, morfológica e técnica, de jogadores – os jogadores do cinco-da-frente que fazem as delícias dos apreciadores do jogo de quinze são dispensáveis (para não dizer, indesejáveis) – torna-a menos complexa e, por isso, mais fácil de treinar e também mais fácil de construir uma equipa internacionalmente competitiva. Facto que – pela vibração olímpica agora conseguida - irá ser seguido por outros países com a consequência do aumento da competitividade e aumento das dificuldades portuguesas – haverá mais equipas a saber jogar.
E se nós portugueses não soubermos mudar, conseguindo competividades internas próximas da competitividade internacional, se não soubermos construir uma formação de jogadores capaz em termos competitivos, iremos, à medida que os dias passarem, assistir à desilusão de muitos sonhos.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

LIVRO DO PEDRO PASSOS: Rugby

O Pedro Passos, treinador, escreveu um livro sob o título Rugby e que foi editado pela Faculdade de Motricidade Humana onde nos propõe uma aproximação ao treino mais actuante e diferente do método clássico. Utiliza um mote que o percorre: se treinarmos como os outros, na melhor das hipóteses seremos iguais a eles. E propõe, como método, o treino com oposição - a tal que retira o treino do campo do passatempo e que, permitindo a aplicação do conceito de Malcolm Maxwell de que “a eficácia depende da experiência que se viveu em casos semelhantes”, desenvolve os hábitos necessários à boa decisão.

Convidou-me para escrever o preâmbulo. O que fiz com gosto.
Aqui o transcrevo para que possa servir de aperitivo a um livro que recomendo e que, se entendido e utilizado, dará uma outra dimensão ao treino do rugby português.


Preâmbulo
"O papel do treinador é o de preparar os jogadores para agir eficazmente de acordo com o que as circunstâncias do jogo exigirem. O que pressupõe profundo conhecimento das Leis do Jogo e dos Princípios Fundamentais que o regem.

O jogo comanda a vida! poderia ser o mote roubado ao Poeta para nos lembrar em cada momento que o treino não é um objectivo em si mesmo.
Daí que a “
contextualização” do treino – treina-se como se joga, diz-se desde sempre e a que se acrescenta, numa relação de santo e senha, o joga-se como se treina – seja advogada e desenvolvida por todos aqueles que têm a preocupação do desenvolvimento qualitativo dos jogadores e das suas equipas.

Complexo - nesta estrutura de batalha medieval em que assenta – como é o jogo de rugby é ainda um factor de emergências enquanto resultantes espontâneas das relações circunstanciais do binómio afrontamento/cooperação. O seu reconhecimento pode ser enfatizado no facto de, ao contrário da designação anglo-saxónica de
ruck e maul, a escola francesa, ao considerar o termo de formação espontânea, está a dar ao rugby a sua dimensão de movimento e adaptação permanente – tão cara, aliás, a Pierre Villepreux e à sua investigação. Mas é bom que se tenha sempre em conta que a colaboração necessária à eficácia do rendimento não é um dado inato: tem que ser construída.

A posse da bola não é um princípio estratégico fundamental do jogo – é uma resultante (um sub-objectivo como o podem demonstrar todos os jogos ganhos por equipas com menor tempo de posse). O uso da bola – a forma como a bola é utilizada – esse sim, importa decisivamente. O que significa que os jogadores têm, para uma correcta tomada de decisões, de deter o conhecimento do jogo. Dominarem a cultura táctica individual e colectiva. Dominarem os Princípios do Jogo. Isto é: terem o domínio de uma série de instrumentos que a prática contextualizada – o treino relacionado com o jogo – transformará em competências.

Ganha-se com menos posse de bola e com melhor uso – sabe-se. O que coloca o desenvolvimento da cultura táctica individual como tarefa fundamental do treinador na formação dos jogadores. Isto é: acrescentando à envolvente técnica do
como fazer? o ambiente propício do desenvolvimento das decisões de adaptabilidade de o que fazer? acrescidas do padrão táctico superior do quando fazer? Uma acção é má se for desadaptada daquilo que o contexto pede, afirma o autor. Conceito que representa, desde logo, uma exigência de cultura táctica que permita ler o contexto e decidir em conformidade adaptativa. A base de todo este saber fazer centrar-se-á no conhecimento dos Princípios Estratégicos do Jogo, isto é, nos conceitos que permitem definir e enquadrar o melhor caminho para atingir os objectivos pretendidos em cada sequência, em cada movimento. Garantindo propósito a cada uma das acções.

Cada jogador é um caso e, alerta-nos também o autor, não há uma “medida para todos os tamanhos”. Mas, sendo o jogo colectivo, é necessário dar unidade a este conjunto de técnicas adequadas ao melhor fazer de cada um – o que significa a necessidade do conhecimento mútuo, do conhecimento das expressões corporais de cada um e que, ao definirem os momentos das acções cruciais, garantem a continuidade do movimento. E aí a capacidade de construir constantes losangos de apoio ao portador da bola – essa espécie de ADN do jogo de movimento - torna-se essencial na capacidade de aproveitamento e exploração dos desequilíbrios defensivos. O que coloca a questão já no âmbito da tomada de decisão – não apenas do portador da bola mas também dos seus companheiros. Numa constante adaptação aos momentos e às circunstâncias – garantindo a plasticidade colectiva para a exploração de cada oportunidade. Tal qual como num voo de um bando de estorninhos, uma equipa transfigura-se em movimento para garantir o propósito de conquistar mais terreno e chegar à área de ensaio.

Na construção da sua equipa campeã mundial, Clive Woodward desenvolveu a preocupação do Thinking Correctly Under Pressure – mnemónica T-Cup – como base essencial da construção das vitórias. A curva de aprendizagem admitirá erros, mas não a sua repetição e sempre que algo não funciona, o retorno aos elementos básicos dará a rede de segurança necessária ao desenvolvimento competitivamente sustentado. O que significa que a metodologia do treino e o seu planeamento também tem que tomar em consideração a componente da alteração das situações - a manipulação dos constrangimentos a que se refere também o autor – por forma a garantir respostas adequadas na forma e no tempo às situações colocadas. O que exige a construção de simulações que serão tão mais adequadas quanto mais se aproximarem do próprio jogo. Construção que exigirá também da parte dos treinadores um profundo conhecimento da realidade do jogo – conhecendo as estatísticas que lhes permitam compreender as questões-chave quantitativas e qualitativas que caracterizam o jogo e conhecer as tendências que, a cada momento, se desenvolvem.

Neste combate colectivo organizado para a conquista de território que é o rugby, o factor decisivo da sua eficácia está no reposicionamento permanente de todos os jogadores em função da situação da bola. E é neste enquadramento que o treino se deve desenvolver.

É deste envolvimento global do rugby contemporâneo que nos dá conta o autor numa obra que deixará traço e que, espero, possa abrir novos espaços num, até agora, muito fraco panorama editorial técnico da modalidade em língua portuguesa. Que a sua leitura permita, como estou certo acontecerá, uma maior qualidade nos métodos de treino utilizados com uma consequente maior e melhor progressão do rugby português.

Lisboa, Novembro de 2009
João Paulo Bessa "

quarta-feira, 19 de maio de 2010

JOGOS RECENTES

Os jogos de rugby que vi recentemente nas televisões – Bulls/Crusaders, Hurricanes/Reds e Toulon/Clermont – foram excelentes e começam a mostrar o que se pode esperar do próximo Mundial na Nova Zelândia: entrega total num mundo inteligente de procura de soluções tão simples quanto possível; o movimento comanda o jogo, a disponibilidade dos jogadores é absoluta, o apoio uma constante e tão rápido que garante a continuidade sem que a defesa se consiga reposicionar – e como são excelentes a recompor-se as defesas. As características deste rugby de alto nível regem-se pelos princípios de sempre: linhas e ângulos de corrida adaptados à situação, soluções técnicas de acordo com a leitura táctica, espírito de combate em cada palmo de terreno, capacidade de exploração dos espaços, fuga ao contacto directo, entreajuda. E fazendo do velho axioma uma constante: só se passa para o lado quando se avança (senão, entrega-se bola e defensor…)

Objectivamente:

  • jogo na frente da defesa para criar espaços – intervalos – de penetração;

  • jogo dentro da defesa – entre linhas – e a preocupação do apoio permanente para tirar partido da superioridade – territorial ou numérica – conseguida;

  • “limpeza” dos rucks em tempo útil de continuidade de movimento e de impossibilidade de reorganização defensiva que permita criar superioridade numérica;

  • inteligência do jogo ao pé com alternância da ocupação do terreno com lançamento de atacantes para espaços vazios.

Enfim, uma panóplia de capacidades tácticas e técnicas que nos colocam, ao rugby português, numa outra escala. Essencialmente porque mantemos processos de treino que já não são adequados ao jogo actual. Hoje, o treino exige oposição permanente com recurso aos mais diversos tipos de constrangimentos. Porque, como gosto de defender, “treinar sem oposição não é treino: é passatempo”. E o treino português precisa rapidamente de se transformar. Ou o comboio – o não apuramento para o Mundial é um aviso muito mais sério do que terá parecido - não terá estação onde o apanhemos.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

FORA-DE-JOGO NOS RUCKS


Excelente foto de António Lamas que, para além do prazer estético, permite alertar para uma situação recorrente sempre que se constitui um ruck: o não cumprimento das leis de fora-de-jogo por parte da defesa - como se constata na foto e independentemente da perspectiva, o defensor com o nº4 está, pelo menos este, mais avançado do que a linha de fora-de-jogo que o limita.

A Lei 16, segundo a versão portuguesa das Leis do Jogo de Agosto de 2008, determina na sua secção
16.5. FORA-DE-JOGO NO RUCK:
"(a) Linha de fora-de-jogo: Existem duas linhas de fora-de-jogo, uma para cada equipa. A expressão "linha de fora-de jogo" designa, para um jogador, uma linha paralela à linha de ensaio e que passa pelo último pé do último jogador da sua equipa incorporado no ruck. Se este pé está sobre ou atrás da linha de ensaio, a linha de fora-de-jogo para a equipa defensora será a linha de ensaio"
Deixar diminuir artificialmente o espaço que deve separar as duas linhas adversárias - a terra de ninguém - é contribuir para uma vantagem da defesa que irá ampliar os problemas atacantes e assim diminuir a qualidade do jogo.

Não é fácil para os árbitros analisar estas situações com a preocupação que têm (e devem ter) na análise da placagem e do jogo no chão - o ângulo de visão diminui e os jogadores aproveitam, dir-se-á. Com a cumplicidade dos adeptos - quando não com o apoio dos próprios treinadores - que entendem a esperteza do abuso como inteligência táctica.

Não é nada disso: é falta e só serve - esta conquista abusiva de terreno - para impedir o desenvolvimento do jogo! E falseia o espírito do jogo.

O Código do Jogo é claro sobre o entendimento ético destas situações ao considerar, de acordo com os Princípios do Jogo e no seu ponto Aplicação das Leis do Jogo que:

"Os jogadores têm obrigação absoluta de respeitar as Leis do Jogo e os princípios da lealdade."

Sendo obrigação dos jogadores o cumprimento das Leis de Jogo - estou a ouvir: isso é um disparate! então para que serve o árbitro? - ao árbitro competirá, nesse contexto, garantir que ninguém tirará partido de ilegalidades involuntárias - porque as faltas voluntárias não pertencem ao jogo.
Mundo ideal? Tão ideal como a maior parte das coisas que se passam no confronto desportivo - que também sabe, se preciso for, defender-se de abusos, inconsciências ou actos voluntariamente faltosos pelo uso de cartões amarelos ou vermelhos. Idealista mas não parvo, dir-se-á...

... e com a noção clara que a formação dos jogadores deve ser subordinada ao cumprimento das Leis do Jogo e do Código do Jogo.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

PREPOTÊNCIAS

Outra pergunta que chegou: O que é que se pode pensar de uma situação assim?

Um jogador portador da bola, a disputar um jogo, tem um momento de dúvida da legalidade da acção - com o beneplácito do gesto do árbitro, continua a jogada. Qual não é o seu espanto quando tempos depois, jogada corrida, andada e esquecida, o árbitro apita, interrompe o jogo, rebobina, e manda tudo voltar a uma forma primeira de minutos atrás: gesticulando para pontapé de penalidade e expulsão do jogador. Para maior espanto, veio a saber o jogador - por ter jogado de acordo com a anuência do árbitro?! - que no boletim do jogo se propunha um inquérito disciplinar pela sua conduta

Não se deve responder a uma pergunta com outra, mas não tenho outra saída: as pessoas não estão tontas, pois não?

terça-feira, 11 de maio de 2010

DERRUBAR É FALTA




Nas definições da LEI 15 - PLACAGEM: PORTADOR DA BOLA ATIRADO AO SOLO pode ler-se:
  • Uma placagem tem lugar quando o jogador portador da bola, e que se encontra de pé, é agarrado por um ou mais adversários e é atirado ao solo.
  • O portador da bola que não é agarrado, não é designado como o "jogador placado", porque não houve lugar a nenhuma placagem.

As Leis do Jogo ditam ainda, na sua Lei 10 - JOGO ILEGAL/ANTI-JOGO, secção 10.4 - JOGO PERIGOSO E INCORRECÇÃO, que:

  • (g) Carregar perigosamente: é ilegal para qualquer jogador carregar ou atirar ao solo um adversário portador da bola sem tentar agarrá-lo

e estabelece como Penalidade o Pontapé de penalidade, podendo ainda o jogador ser suspenso ou expulso - secção 10.5 SANÇÕES


O que significa que a chamada "colher" - como qualquer outra forma de derrube - é falta e deve ser punida com um pontapé de penalidade, podendo - por se tratar de jogo perigoso - estar ainda sujeita a cartão amarelo.

As fotografias que aqui se publicam mostram um derrube - tipo futebol americano - que deverá ser punido com um pontapé de penalidade e sancionado com um cartão amarelo por jogo perigoso.
Neste contexto, vale a pena lembrar que a chamada placagem portuguesa é - como foi diversas vezes denunciado ao nível internacional - realizada, na sua grande maioria, em falta: sem procurar agarrar o portador da bola, trata-se de um derrube e não de uma, legal, placagem baixa. punível, portanto.


A BORRACHA DA MUDANÇA?

Um amigo enviou-me um mail com uma pergunta: se um jogador for castigado neste final de época e se o cumprimento completo desse castigo só for possível na próxima época, mudando ele de clube o castigo desaparece e, assim, não sendo mais necessário cumpri-lo, pode jogar desde logo pelo seu novo clube ou, pelo contrário, tem que cumprir o castigo na sua nova equipa?

Respondi-lhe com o que penso: que, por razões de decência ética, a interpretação só poderia ser a de cumprir o que restará do castigo na sua nova equipa. Não vejo, aliás, que possa ser de outra maneira - a interpretação do desaparecimento do castigo não representaria outra coisa que não a subversão do sistema disciplinar federativo.

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