quinta-feira, 24 de março de 2022

FRANÇA, COM GRAND-SLAM, VENCE O 6 NAÇÕES 2022

 Dados fundamentais desta última jornada:

- ao vencer a Inglaterra por 25-13, a França venceu o Torneio das 6 Nações de 2022 com cinco vitórias realizando o Grand-Slam e ultrapassando os AllBlacks no ranking da World Rugby para ocupar o 2º lugar depois do 1º lugar da África do Sul. Com estes resultados a França afirma a posição de principal candidato ao título do Mundial 2023 que se realiza em França.

- a Irlanda, vencendo a Escocia por 26-5, conquistou um troféu caro aos britânicos, a Triple Crown.

Sendo estes resultados previsíveis como se verifica no quadro, a grande — enorme mesmo — surpresa está na vitória, em Cardiff, da Itália sobre Gales por 22-21. Resultado que, fora um ou outro italiano mais optimista, ningúem, seguramente, apostava  — mas aconteceu com uma notável jogada no último minuto com uns imparáveis 60 metros de corrida e fintas, por parte de Ange Capuozzo, jogador de 22 anos do Grenoble, que entregou a bola a um exausto Padovani a quem um empurrão de galês Moriarty deu asas para apanhar a bola e marcar no meio dos postes.

Esta surpreendente jogada final permitiu duas bonitas atitudes de desportivismo.


O galês Josh Adams — com uma placagem no limite a evitar um ensaio adversário e a marcação de outro para a sua equipa — foi, a cerca de 5 minutos do final,  nomeado “Homem do Jogo”. Com a jogada feita por Capuozzo, Adams entendeu que o “Homem do Jogo”, pelo grau de execução e pela consequência, deveria ser o italiano. E foi entregar-lhe a medalha recebida. Que não, que agradecia muito o gesto que o maravilhava, mas que não ficaria com a medalha, ficando na memória da sua vida este gesto de Josh Adams, disse-lhe. E assim terminou o surpreendente jogo com dois gestos de alto desportivismo significantes daquilo que é educação e formação desportivas. Dois gestos exemplares do valor do Desporto numa prova do mais alto nível de rendimento desportivo a significar que o desportivismo pode e deve ser universal.

IMPACTO ALLBLACK

Embora atento, continuo muito mais preocupado com a guerra provocada na Ucrânia pela assassina invasão russa determinada por Putin, do que com o Rugby e os seus jogos.

Refugiada ucraniana na fronteira da Polónia que espero possa voltar
para a sua cidade e para a sua casa e família

Assim, a todos aqueles que com notável coragem, denodo e resiliência têm lutado e resistido aos invasores, defendendo as suas cidades e a sua terra e permitindo que mulheres e crianças possam atingir os mais seguros países fronteiriços, deixo a minha profunda homenagem e solidariedade.

PAZ!



sexta-feira, 18 de março de 2022

FINAL DO 6 NAÇÕES 2022: FRANÇA FAVORITA


Nesta última jornada do 6 Nações de 2022, a Irlanda defronta a Escócia com um olho em Paris sobre o França-Inglaterra esperando juntar à possível Triple Crown a vitória no Torneio. Mas os franceses não deverão ir nessa conversa — e na vitória sobre os ingleses estará a marcação de posição de autêntico candidato ao título do Mundial 2024. No fundo é para isso que Fabien Galthié e Shaun Edwards têm trabalhado…

Em Cardiff, uma vez que o jogo contra os italianos não deverá oferecer suficientes dificuldades, as expectativas estarão na qualidade do regresso  — marcando um recorde mundial de 150 selecções — do princípe Alun Wyn Jones. Biggar no papel de “capitão” comemora os seus 100 jogos por Gales.

segunda-feira, 14 de março de 2022

INTERNACIONAL GEORGIANO SOLIDÁRIO COM A UCRÂNIA

DIMITRI BASILEIA - Internacional georgiano          in Midol 

 Dimitri Basileia é proprietàrio de um restaurante a 5 km de Kiev e antigo internacional com 36 internacionalizações pela equipa principal do seu país, a Geórgia. Iniciou a sua carreira internacional em Tbilisi, em Fevereiro de 2008, contra Portugal e terminou a sua carreira em 2015 curiosamente também em Fevereiro, também em Tbilisi, também contra Portugal. Jogou no Mundial de 2011 e marcou um ensaio contra a Inglaterra e teve como clubes o Valence d’Agen, Edinbourg e Perpignan.

Actual treinador da equipa do Rugby-Club Epoch-Polytechnic da 1ª divisão ucraniana  (3º classificado da época passada) viu grande parte dos seus jogadores partirem para a guerra. Mantém o restaurante aberto para servir civis, lares e deficientes. E está preparado para o que fôr necessário em defesa da Ucrânia.

Que a sorte o proteja como se espera que finalmente proteja os Ucranianos.



FRANÇA E IRLANDA NA CORRIDA DAS 6 NAÇÕES 2022

 



A defesa galesa, embora não tivesse chegado para a vitória, colocou problemas suficientes à França que não conseguiu neste jogo a demonstração de superioridade de que deu mostras em anteriores jogos. E embora Gales mostre diversas dificuldades — país pequeno sem elevado número de equipas de alto nível, as lesões criam sempre problemas maiores na selecção dos jogadores — no desenvolvimento atacante — até agora marcou apenas 5 ensaios — mas com o retorno dos jogadores habituais internacionais — o capitão, o verdadeiro Princípe de Gales, Alun Wyn Jones, já está de volta — Gales vai mostrar-se ao melhor nível com vista ao Mundial 2023. 
É bom também não esquecer que agora o mágico da defesa, Shaun Edwards, que treinou os galeses durante 11 anos, estava do lado francês — e pela primeira vez desde 2009, Gales não marcou qualquer ensaio em casa…
Com os resultados obtidos a França joga em Paris e contra a Inglaterra a possibilidade de vencer o Torneio e com Grand Slam (vitórias em todos os jogos)
O Itália-Escócia, com 10-19 ao intervalo, surpreendeu na capacidade de resistência mostrada pelos italianos que chegaram a marcar 3 ensaios — um deles, a mostrar o espirito combativo, no último minuto do jogo — e  tendo ainda o cuidado suficiente para não concederem mais do que 7 penalidades das quais apenas 3 no seu meio-campo.
Cabeça-contra-cabeça: vermelho óvio!

No Inglaterra-Irlanda, outro jogo que reunia grandes expectativas, a expulsão, logo no início do jogo, do segunda-linha inglês Charlie Ewels — numa demonstração de péssima técnica de placagem — ajudou, naturalmente, à vitória irlandesa por números surpreendentes. Mas fundamentalmente foi o jogo de movimento irlandês que levou a Inglaterra à derrota. Os irlandeses fizeram 192 passes — que possibilitaram 8 rupturas e 66 ultrapassagens da Linha-de-Vantagem que possibilitaram a marcação de 4 ensaios com uma posse de 57% e domínio territorial de 61%
Esta vitória irlandesa em Twickenham foi, de novo, uma demonstração da eficácia do rugby-de-movimento e valeria a pena que por cá, em Portugal, houvesse uma atenção maior a este processo de jogo.


sábado, 12 de março de 2022

À VITÓRIA NESTE CAMINHO ABERTO PARA O MUNDIAL

Os deuses estão com a selecção portuguesa!…

…que assim continuem durante o jogo de amanhã com os espanhóis!

A Roménia, com este resultado de 23-26 com ponto de bónus defensivo frente à Geórgia e que os deuses não deixaram que fosse vitória ou empate e uma vez que fará facilmente 5 pontos contra os Países Baixos, não conseguirá ultrapassar os 28 pontos. E assim, como a equipa que vencer esta final de Madrid ficará com 29 pontos — mínimo no caso da vitória da Espanha  que pode atingir outro patamar no último jogo contra a Geórgia — aos romenos não restará mais do que esperar pelos jogos dos adversários para ver que rifa lhe sairá. 

ver nota

Em síntese: Portugal, ganhando em Madrid, só não ficará em 2º lugar com apuramento directo se a Espanha vencer a Geórgia com ponto de bónus — e a vitória de Portugal fôr conseguida sem ponto de bónus. Portanto um jogo a decidir tudo para Portugal — se ganhar, estará muito provavelmente em França no Mundial 2023 (ou, no mínimo e com o azar dos Cabrais de um resultado inesperado em Tbilísi, no torneio final de apuramento). Se perder não haverá malas a fazer…

Portanto, só há um objectivo para os Lobos: VENCER!

Depois de terem deitado fora as oportunidades que facilmente nos teriam colocado no Mundial, o que se pede aos Lobos é que utilizem esta derradeira oportunidade com a confiança necessária que os leve à vitória, mostrando a vontade de conquista de quem não faz prisioneiros. Desporto colectivo de combate, o jogo de Rugby — como já percebemos por experiência própria — não perdoa negligências ou abrandamentos. Que saibámos estender à totalidade do jogo a qualidade dos momentos ofensivos e defensivos que já demonstrámos ser capazes.

O jogo não será nada fácil e — como todos estarão conscientes — nada terá A ver com a vitória conseguida no Jamor. Porque é uma verdadeira final e porque os espanhóis não são os mesmos na capacidade que estão a demonstrar nesta 2ª volta. Como curiosidade o facto de os espanhóis alterarem, em relação ao jogo do Jamor, 6 jogadores (mas apenas 1 em relação à Roménia), enquanto que os portugueses mudam 8 (6 dos que alinharam contra os Países Baixos).

Pelo facto de jogar em casa a Espanha é favorita. As bancadas estarão, naturalmente, cheias de adeptos confiantes (demasiado, espera-se) e a puxar pela vitória espanhola. Mas podemos torná-los aliados se não deixarmos a Espanha adiantar-se no marcador — a pressão que os jogadores espanhóis então sentirão não lhes dará a serenidade necessário ao domínio que precisarão de exercer. Factor que poderemos explorar se houver inteligência táctica.
O que se espera dos Lobos é que vençam!
Lembro aos Lobos que a presença num Mundial representa um marco elevadíssimo de uma carreira e que, sendo raras vezes repetível, justifica toda a entrega e sacrifício a que sejam obrigados durante o tempo do jogo. E porque é hoje e não será mais, que sejam autênticos guerreiros com o sentido de conquista que domina a linha-de-vantagem e que não façam prisioneiros — adversário com bola só terá lugar no chão. 
BOA SORTE! À VITÓRIA!

Nota: a Rugby Europe, de acordo com a Rugby World, define — num erro que, para além de utilizar duas vezes a mesma acção para um mesmo processo, não leva em conta as alterações que os pontos de bónus provocam — que, em caso de igualdade pontual entre duas equipas, a hierarquia classificativa se estabelecerá pela melhor soma dos pontos de jogo entre as duas equipas em causa. E nada diz sobre o maior ou menor número de jogos disputados. Então porque colocam a Espanha à frente de Portugal que soma 43 pontos contra 28 dos espanhóis? Nisto do Rugby parece que vivemos cada um no seu casulo…

quinta-feira, 10 de março de 2022

MÉTODOS DIFERENTES PARA UM MESMO OBJECTIVO


Em Cardiff , os prognósticos estão a favor da poderosa França que se tem mostrado acima de qualquer das equipas adversárias. Com um par de médios — Dupond e Ntamack — de qualidade superior, a França conseguiu até agora uma média de 4,33 ensaios por jogo (contra 1,67 de Gales) e com duas vitórias por uma diferença sobre o adversário superior a 15 pontos. O que demonstra bem a sua capacidade ofensiva. Capacidade que assenta num entendimento — e não apenas porque o seu pack tem um peso global de 942 kg— táctico de recurso ao jogo dos avançados que, não se ficando pela colisão, encontram no seu movimento o espaço necessário para só irem para o chão — e quando não conseguem a continuidade do movimento por passes-em-carga (offloads) — ultrapassada que tenha sido a linha-de-vantagem. E assim a vantagem é evidente: a França joga dentro da defesa com o apoio em avanço dos seus jogadores contra uma defesa que tem que recuar para se recompôr. Este cumprimento de mais que avançar apenas, deve significar a conquista da linha-de-vantagem, encurtando a linha defensiva e abrindo corredores por onde podem entrar os três-quartos em diferentes cortinas a utilizar de acordo com a desestabilização da defesa. E todo este processo é feito com os receptores lançados em corrida. O que, para além do mais exige um enorme esforço físico defensivo. Vale a pena ver… pela forma como jogam os franceses mas ainda porque Gales, jogando em casa — e sabe-se como se batem no seu terreno — pode surpreender — não será por acaso que o algoritmo da RugbyVision apenas estabelece 1 ponto de diferença entre as duas equipas.

O outro jogo a não perder será o Inglaterra-Irlanda onde e apesar do favoritismo inglês tudo pode acontecer. A Irlanda tem um jogo muito interessante e bem diferente do francês: se os franceses utilizam os transportadores para ultrapassarem a linha-de-vantagem, a Irlanda procura os intervalos através dos movimentos com linhas de corridas muito variadas na sua convergência e divergência e com variedades de passes — dentro e fora — que desestabilizam as defesas.

Mais um fim-de-semana de grandes jogos que permitem, se vistos com a devida atenção, a todos os que se pretendem treinadores perceber os métodos tácticos de ataque às defesas no cumprimento do fundamental princípio estratégico: marcar ensaio!
 

sábado, 5 de março de 2022

COM UMA OU DUAS MÃOS?

Quando comecei a jogar ensinaram-se que a bola deve ser transportada nas duas mãos. Assim era sempre fácil passá-la para um lado ou para o outro, dizia-se. Eram os tempos do “step-away” tão caro a esse notável homem do rugby que era Serafim Marques conhecido enquanto jornalista como Cordeiro do Vale.

Mudaram os tempos e se não mudaram os princípios que definem um passe — forma de fazer chegar a bola em tempo útil a um companheiro que se encontre em melhores condições de garantir a continuidade do movimento da equipa — mudaram-se os processos. E se o importante era — e é — fazer chegar a bola eficazmente a um companheiro para que ele possa continuar o movimento, pouco importará a forma ou o estilo como o passe é feito deste de que seja feito com a eficácia adaptada ao posicionamento, velocidade e distância do receptor. E alguém o terá, mesmo sem eventualmente o ter pensado ou estruturado o processo, compreendido e realizado. Provavemente os miúdos fijianos que, jogando com o coco mais à mão e sem demasiadas instruções inibidoras, se deliciavam no jogo de passes feitos de que maneira fossem feitos. E mas tarde abriram os olhos ao mundo com as suas demonstrações de continuidade.

Hoje em dia o offloadpasse-em-carga — é uma necessidade e este gesto técnico deve ser uma ferramenta de utilização adquirida seja qual fôr a posição na equipa ocupada por um jogador. Ora este gesto tem a exigência de ser feito, muitas vezes, com apenas uma das mãos. Com uma evidente vantagem: a outra mão — em hand-off — permite manter o adversário defensor à distância realizando uma espécie de screen-pass  — colocando o corpo entre o defensor e o receptor da bola. 

O transporte da bola em duas mãos tem também uma vantagem — hoje cada vez mais aparente — que é a de mascarar a direcção em que a bola vai ser passada, iludindo as previsões do defensor e, eventualmente, dos seus companheiros. No entanto, o transporte de bola com uma só mão também não impede o seu passe para qualquer dos lados — basta pensar no passe-de-pulso do andebol e treiná-lo para realizar um passe para o lado da mão que transporta a bola como o vemos fazer a diversos jogadores.

Portanto bola em uma mão ou em duas depende das circunstâncias. O que exige treino — desde tão cedo quanto possível — de qualquer das situações e sempre com a exigência de eficácia não deixando que as formas mais livres do passe permitam negligências ou erros. A regra é simples: passe-se como se quiser mas garanta-se que o receptor possa captar a bola sem dificuldades de maior — tendo em atenção que a vida é mais fácil para o receptor que terá que se adaptar às dificuldades do passador que, por sua vez, estará em luta directa, muitas vezes corpo-a-corpo e sem grande liberdade de movimentos.

As duas mãos têm, no entanto, um papel decisivo na recepção da bola por ser a melhor forma de garantir a sua captação e o seu controlo.

Resumindo: bola numa ou duas mãos garantindo a libertação do movimento para fazer chegar a bola com eficácia ao companheiro receptor e recepção com duas mãos para garantir o seu controlo, permitindo — de acordo com o princípio de que durante a trajectória da bola no ar, o adversário poder avançar no terreno sem preocupações — ir buscá-la tão longe do tronco quanto possível.

Portanto e para que haja evolução e adequação às necessidades e velocidade do jogo os jogadores devem saber transportar e passar a bola com um ou duas mãos, por cima, por baixo, pela frente ou por trás porque quanto mais habilidosos forem na manipulação da bola, melhores serviços prestarão às suas equipas. 

sexta-feira, 4 de março de 2022

JOGAR COM 13 JOGADORES


 Dois jogos interessantes com resultados diferentes do esperado. A França, num jogo suposto taco-a-taco, acabou por ganhar por uma diferença de 22 pontos mostrando-se como uma equipa muito forte e, assim, principal candidata à vitória final no Torneio e, quem sabe, com um Grand Slam.

No Inglaterra-Gales os galeses bateram-se muito bem — apesar de uma 1ª parte fraca e responsável pela derrota — e estiveram próxima de uma surpresa. Os 3 pontos finais de diferença, para além da conquista do ponto de bónus defensivo, mostram a boa exibição uma vez que, de acordo com os prognósticos, a diferença normal seria de 15 pontos con vantagem para a Inglaterra.

No jogo da Irlanda com a Itália e com resultado normal aconteceu uma pouco usual aplicação das Leis do Jogo que colocou a Itália a jogar com 13 jogadores — ficando ainda posteriormente reduzida a 12 por um cartão amarelo.

O que se passou foi simples: o talonador (15’) foi substituído por lesão; o substituto foi — e bem porque é o que as Leis determinam (verificar em: Guião para a tomada de decisão sobre placagens altas)  — castigado, por contacto da cabeça com o pescoço/cara do portador da bola, com um cartão vermelho. Nesta situação e de acordo com os reguamentos internacionais, as formações-ordenadas passam a simuladas. E aí, a equipa que obrigou às formações-ordenadas-simuladas — de acordo com a Lei 3.17 — ficará a jogar com menos um jogador, isto é, havendo formações-ordenadas-simuladas a relação mínima entre as equipas será sempre de 15/14. Como houve uma expulsão e a equipa responsável tem que retirar um jogador e garantir que a formação-ordenada é realizada com oito jogadores.

A resolução desta situação — impossibilidade de substituir um jogador de uma posição específica da 1ª linha, no caso o talonador, devido a lesão e posterior expulsão do substituto, que determina a existência de formações-ordenadas-simuladas — far-se-á em dois tempos sequentes:

- 1º tempo: o jogador é expulso e a sua equipa prossegue o jogo limitada a 14 jogadores.

- 2º tempo: logo que haja uma formação ordenada será necessária, para a sua legal realização, a recomposição da 1ª linha através da saída de um jogador para entrar um jogador específico para a posição em causa (talonador). Como já não havia jogador específico (lesão e expulsão) é determinada a realização de FO-simuladas impondo a entrada de um jogador para a 1ª linha o que obriga à saída de um outro jogador de acordo com a Lei 3.17, ficando a equipa reduzida a 13 jogadores como aconteceu agora com a Itália.

No entanto se tal caso acontecesse em Portugal — substituição do talonador lesionado por outro jogador da 1ª linha que depois é expulso — a equipa infractora ficaria apenas reduzida a 14 jogadores. Porque os regulamentos portugueses não especificam o posicionamento especializado dos jogadores, generalizando apenas a denominação a jogadores de 1ªlinha. E assim sendo, como não haveria caso para formações-ordenadas-simuladas, a equipa infractora iria, por ter tido um jogador expulso, ser reduzida a 14 jogadores. Desatenções…

quinta-feira, 3 de março de 2022

NÃO AO ESPANHA-RÚSSIA FEMININO!

Caro Presidente

Dada a actual situação de guerra existente na Ucrânia pela invasão criminosa de Putin não faz qualquer sentido a realização do jogo entre as selecções femininas da Espanha e da Russia. O Desporto não pode ficar neutro perante tão criminoso ataque e deve aderir ao regime de sanções contra o invasor que não devem ter excepções. O referido jogo não deve ser realizado face ao risco que correm vidas humanas ucranianas causado pelo, repito, criminoso ataque de Putin em nome da Rússia.

Saudações rugbísticas
João Paulo Bessa
(antigo Seleccionador Nacional de Portugal)

Nota: transcrição de e-mail enviado a ALFONSO FEIJÓO GARCÍA , Presidente da Federação Espanhola de Rugby antes do jogo que veio a ser realizado a 26 de Fevereiro de 2022.


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