sexta-feira, 21 de março de 2014

CARLOS NOBRE (1940-2014)

A convite do Carlos Nobre a jogar pelo Benfica e na Luz contra equipa inglesa

Quando joguei, pelo CDUP, pela primeira vez contra o SL Benfica - a memória aponta-me o então Estádio Nacional - o Carlos Nobre já lá estava. Quando joguei pela primeira vez pela Selecção Nacional - no Barreiro, contra a Espanha em 1969 - também já lá estava.
Jogamos, um contra o outro e pelas nossas equipas, diversas vezes - fomos até adversários directamente próximos: ele e eu a médios-de-formação. E uma e outra vez até jogámos juntos pelo Benfica - eu como convidado (dele, claro). No rugby português, o Carlos Nobre é uma das suas figuras incontornáveis. O seu falecimento só nos torna mais pobres e mais fracos.
Foi sempre um membro destacado do rugby nacional, internacional por 21 vezes, lutador, consistente, duro, correcto e sempre leal, foi jogador de talento para qualquer posição - onde fosse preciso lá estava -  mas, principalmente e pelo amor à camisola, um destacadíssimo membro do rugby do Sport Lisboa e Benfica. Que aliás, muito lhe deve - dizer que às vezes andou com a casa às costas, não deve ser exagero.
Gostava tanto do Benfica e tanto de ganhar que um dia, treinava eu o Dramático de Cascais - num jogo decisivo para o título nacional e que se disputava na Luz - fui surpreendido pelo encurtamento da largura do campo: era bom de ver, a superioridade do Benfica estava no pack avançado, a nossa, nas linhas atrasadas, na sua velocidade e capacidade de envolvimento, nada como encurtar a largura do campo e obrigar ao confronto, à colisão e evitar a evasão. Ao chegar, fiquei siderado com a manobra táctica - como era possível?! No final do jogo, a vitória pendeu para o Cascais... Ficámos, como sempre, bons amigos. Quando lhe falava nisso, ria-se num quase comprometimento infantil.  
O prazer do Rugby ligou-nos sempre.
Até sempre, meu caro Carlos Nobre.

quarta-feira, 19 de março de 2014

VALDEMAR LUCAS CAETANO (1931/1997)

Quando voltei ao Porto, em 1965, tinha acabado de sair do Colégio Militar onde tinha sido capitão da equipa de futebol e tínhamos vencido o campeonato da Mocidade Portuguesa. Naturalmente que fui jogar futebol, entrei no Incana equipa que jogava o campeonato de amadores do Porto. E todos os sábados da época tínhamos jogo pelos campos pelados da cidade, contra equipas de bairros ou de sítios. 
Os meus amigos com quem me encontrava no Orfeu desafiaram-me: o rugby é que era, tens que experimentar. Jogavam no CDUP, fui com eles ao Oporto Cricket & Lawn Tennis Club para um treino. Explicaram-me: a bola passa-se para trás, pode-se agarrar e derrubar o portador da bola e... desenrasca-te! Durante meses joguei futebol ao sábado e rugby ao domingo.

O quinze do CDUP  de Valdemar Caetano (gabardina branca)
O meu primeiro treinador foi Valdemar Caetano. Com ele aprendi as regras, as estratégias, as tácticas do jogo. E, principalmente, aprendi o espírito do jogo, os valores, a ética. E aprendi, sob a sua discreta vigilância e notável capacidade de delegar caminhos de descoberta, a construção de uma equipa com a solidariedade das normas e respeito pelos mais velhos simbolizado nos lugares fixos do balneário ou do autocarro. E fizemos uma grande equipa, sempre lutadora até ao limite da imposição adversária, com jogos memoráveis no velho Estádio do Lima contra a Académica, F.C. do Porto ou Regentes de Coimbra para terminar, quando os resultados deixavam, em jogos contra os de Lisboa depois de viagens intermináveis.
Com Valdemar Caetano, antigo jogador e nosso treinador, aprendi o suficiente do jogo para ficar dentro dele até hoje.

19 de Março 2014
(Texto escrito a-propósito de um desafio 
da P3/Râguebi/Público/Alexandra Couto 
sobre "Um pai para o rugby")

segunda-feira, 17 de março de 2014

BALDE D'ÁGUA GELADA

Ainda sinto arrepios! Com 18-6 ao intervalo e 21-6 logo no início da segunda-parte tudo parecia ter o caminho único da vitória. Mas o caminho, numa espécie de castigo da mistura de deslumbramento com desfoque dos objectivos essenciais - a quem ninguém soube pôr termo - mostrou-se agreste e terminou em derrota.
Como foi possível? Como foi possível tornar um jogo ganho - ao intervalo o pensamento na bancada era que a diferença das duas equipas se iria traduzir em cerca de trinta pontos finais - numa derrota, numa desilusão...
... e afinal o último jogo de António Aguilar e João Correia ficará - espero mesmo que fique! - na memória, mas pelas piores razões: perder um jogo que estava ganho!
O que se terá passado?
Entre outras, esquecimento de coisas elementares: de que uma competição de alto rendimento tem regras inalteráveis, que o diabo está nos pormenores, que num desporto de combate não há adversários meio enterrados e apenas mal enterrados, que uma vitória desportiva só existe quando o árbitro termina o jogo, num conjunto de elementaridades a conhecer e a utilizar. E que uma equipa é mais, tem que ser mais, do que a soma dos seus membros.
É verdade que - não matando, mas moendo -  a expulsão (acertada) de Kevin da Costa, obrigou a selecção portuguesa a jogar durante uma hora, contra a meia-hora da mesma situação para a Espanha, com 14 jogadores. Mas mesmo assim, não existiam dúvidas: a selecção espanhola não tinha capacidades para a portuguesa. E durante quase uma hora foi assim, os portugueses dominaram, jogaram como queriam, marcaram e colocaram-se a 15 (quinze!) pontos da Espanha. E num repente, com a saída por lesão de Julien Bardy aos 50', Portugal deixa de jogar e entrega os trunfos todos à Espanha (ver estatística de pontos no meu XVcontraXV).



Vivíamos das rupturas de Bardy - de que resultaram os dois ensaios - provavelmente também do seu comando e exemplo na linha defensiva. A sua saída atirou-nos para aquilo que não percebíamos que estava a acontecer - que éramos uma equipa desarticulada, sem norte e sem cola. Deslaçada. Num repente, os espanhóis perceberam isso, que os estávamos a deixar respirar. 
Veja-se como: pontapé de penalidade dentro do nosso meio-campo - o treinador através do director de equipa gritou: palos! palos!. Os jogadores espanhóis ignoraram-no, chutaram para fora, alinhamento, maul dinâmico e ensaio de penalidade. De um possível 21-9 passaram a um real 21-13. E começaram a viragem... Por um desrespeito feito de orgulho. De recusa na entrega.
Esqueceu-se a equipa portuguesa que há uma exigência de tenacidade, como terá acontecido na Batalha Real que gostámos de citar, que transforma os momentos de possíveis em reais. 
Perdido o jogo, perdidos dois lugares no ranking do IRB, perdida a confiança que ligava adeptos e equipa, o que se pode fazer? O que se deve fazer?
Rever o que foi feito durante a época, o que foi feito para e em cada jogo, que atitude houve antes, durante e depois de cada jogo. De que força era feita a procura da vitória. E, claro, ver e rever cada jogo para retirar de cada um os erros, tornando-os em lições transformadoras.
E, naturalmente, pensar e repensar estrategicamente a nossa organização rugbística num quadro em que os nossos adversários directos se profissionalizam e elevam o seu nível competitivo. Sendo, em Portugal, a profissionalização uma enorme dificuldade pelas parcas receitas possíveis - lembre-se as falhadas tentativas das ligas profissionais de basquetebol e andebol - outras soluções têm que ser encontradas para nos conseguirmos manter num bom nível de competição desportiva internacional. Para o que será também necessário encontrar formas organizativas que articulem actividades desportivas de alto rendimento com actividade escolar e enquadramento de carreira profissional pós-competição. Ou seja, que o sistema desportivo de alto rendimento, articulando estruturas e instituições, proporcione a vida de atletas necessária à superação desportiva com garantia de futuro pós-competição. 
(texto publicado no Público/P3/Raguebi em 17/3/2014)

sexta-feira, 14 de março de 2014

A INTELIGÊNCIA DO COMBATE

Os jogos entre Portugal e Espanha são sempre, dentro do especial que são já os jogos internacionais de rugby, muito especiais. Porque somos vizinhos, porque nos medimos uns aos outros, porque nos lembra más vizinhanças com feitos e desgraças de outros tempos. Mas a memória histórica recente - no resultado de jogos anteriores - e a memória antiga - a das batalhas e das lutas pela independência - estão sempre presentes. E por isso é natural que Aljubarrota - feito único na vontade de independência - surja na conversa. Até porque gostamos de saborear essa vitória conseguida em inferioridade numérica - com inteligência, destemor e vontade.
Também eu, enquanto treinador da selecção nacional, usei a imagem de Aljubarrota para, em linguagem de balneário, motivar os internacionais portugueses.
E faz sentido utilizar Aljubarrota porque é uma boa imagem de uma estratégia inteligente recheada de tácticas eficazes que levaram ao objectivo final da vitória.
Num tempo em que se entende, cada vez mais, a estratégia como uma articulação em rede em vez de uma sequência de nós, para mim, o mais interessante de Aljubarrota é a proximidade a rede que a montagem inteligente da estratégia proporcionou na relação com as tácticas utilizadas. O que é, desde logo, uma boa lição para um jogo colectivo de combate que é organizado para a conquista de terreno. 
Para além da boa memória histórica para que serve a Batalha Real de Aljubarrota num jogo de rugby entre Portugal e a Espanha?
Em Aljubarrota tudo terá começado, ao contrário do que era habitual e que correspondia ao código da cavalaria da época, com um convénio onde se decidiu "não fazer prisioneiros" - a inferioridade numérica não permitia "gastar" homens na deslocação e guarda da nobreza adversária capturada. A isto se seguiram diversas manobras e uso de terrenos - as "covas de lobo" e o encaixe das lanças no chão - para impedir uma frente de ataque alargada à cavalaria adversária. Entre espaço estreito, espécie de cavalo à vez, e a vontade de não não ser atrapalhado com tarefas secundárias, pode pensar-se no susto - pelo aumento exponencial do risco (uma coisa é passar uns anos de cativeiro até que o resgate seja pago, outra muito diferente é ver a morte diante dos olhos) - que os nobres da cavalaria inimiga terão enfrentado com o consequente aumento da pressão que, naturalmente, terá desorganizado as forças do enorme e poderoso inimigo, forças essas a que, entretanto, se juntava a brutalidade massiva do fogo aéreo de flechas e virotões que mais ainda faziam para a separação e desarticulação dos sectores do exército espanhol.
Valeu-nos ainda neste heróico combate o facto do Mestre de Alcântara, que no terreno comandava a ala direita do exército espanhol, nunca ter lido SunTzu. Que, à falta de melhor táctica, decidiu cercar - sem deixar qualquer hipótese de fuga como manda o mestre chinês - a carriagem real onde estaria D. João. Cercados, sem hipótese de fuga, só havia uma forma: combater de tal maneira por cada palmo de terreno e de corpo que o inimigo, por impotência, desistisse. E assim se venceu, epicamente, em inferioridade numérica. 
De que nos pode servir a inteligência táctico-estratégica de Aljubarrota para este jogo contra a Espanha para além de mostrar que com inteligência, criatividade, fazendo uso de experiências passadas e com muita coragem é possível vencer mesmo em condições de aparente fragilidade? Desde logo por já aí se mostrar que a continuidade do movimento - a rede - é mais eficaz que a sequência permanente de reinício - os nós. A que a impossibilidade de "parar para pensar", se somarmos a pressão da execução em velocidade, dará as vantagens necessárias à vitória. E se ainda dispusermos de usos de bola que possam surpreender pela criatividade colocada na sua execução, a tarefa de marcar pontos pode ser facilitada.
Mas desenganemo-nos: a equipa espanhola vai bater-se até ao limite das suas forças. Para o que, para que se imponham, os jogadores portugueses vão necessitar do exemplo combativo dos sitiados da carriagem real, realizando as placagens ofensivas que não "fazem prisioneiros" num constante uso do instinto do predador - o killer instinct - que no desporto de Alto Rendimento é apanágio dos vencedores.
A experiência dos 13 jogos internacionais já realizados esta época tem de vir ao de cima e ser factor de vitória ao permitir o à-vontade para correr os riscos necessários. De forma inteligente e combativa. Como em Aljubarrota...
... e para deixar nas nossas memórias o último jogo internacional do António Aguilar e do João Correia.
(Publicado 14 de Março no Público/P3/Râguebi)




terça-feira, 11 de março de 2014

CUMPRIR PRINCÍPIOS

Perder por mais de quinze pontos de diferença no resultado significa, na classificação do ranking IRB, retirar, ao somatório até então obtido, uma vez e meia o número de pontos de ranking de uma derrota por diferença mais próxima. Perder por sete ou menos pontos permite, nesta Taça Europeia das Nações, conquistar um ponto de bónus na tabela classificativa.
A derrota portuguesa em Sochi, contra a Rússia, foi por diferença superior a quinze pontos e não conseguiu ponto de bónus. Tudo prejuízo dir-se-ia.
À entrada do jogo - primeiro quarto - dois ensaios consentidos; no segundo quarto uma recuperação de dez pontos que deixava no ar a visibilidade de uma vitória. Na volta do intervalo, à entrada do terceiro quarto, encaixe de três ensaios e tudo desbaratado. Depois e apesar de um ensaio no último quarto do jogo (a 14 minutos do final) também não houve a lucidez - ou a capacidade - para procurar um pontapé de ressalto ou impor uma penalidade para reduzir a diferença, reduzindo assim os pontos de ranking a perder. Ou seja: com dois inícios de jogo desgraçados, deitamos tudo a perder e fomos de reacção curta.



Curiosamente - maneira simpática de o referir -  Portugal é, das seis equipas do Grupo 1A, aquela que conquistou - 1 apenas - menos pontos de bónus. O que, mais do que demonstração de dificuldade - é sempre muito difícil no nível internacional - para marcar quatro ensaios, significa incapacidade de reagir ao domínio do adversário, de vender cara cada derrota, de ser antes quebrar que torcer. Sabe-se: hoje os pontos de bónus são essenciais para definir classificações finais e têm que ser impedidos e conquistados. E a sua acumulação demonstra também o poder e o carácter de uma equipa.
Essencialmente a derrota portuguesa tem por base a diferença na concepção táctica da placagem e na aplicação do primeiro princípio fundamental do jogo: avançar. Placar não é agarrar, é derrubar, criando as condições que possibilitem a recuperação da bola. E para isso é preciso, também aqui, avançar. AVANÇAR SEMPRE! é o objectivo fundamental de uma equipa, de qualquer jogador. E aqui esteve o primeiro factor da derrota: os portuguesas placaram a receber; os russos placaram ofensivamente - e daqui uma diferença essencial na produção do jogo com consequências no uso da bola e na conquista da bola. Como se diz na gíria, Portugal jogou no "pé de trás" enquanto a Rússia se apoiou no "pé da frente". Uns recuando, outros avançando. Ou seja, uns recebiam bola ou adversário sob pressão, outros recebiam bola e adversário criando a pressão - o quarto princípio fundamental do jogo - que lhes permitia o ciclo virtuoso de encadear a continuidade do movimento - o terceiro princípio - criando, por sua vez, nova pressão e garantindo assim a continuação da vantagem táctica conseguida.

Para vencer a Rússia, Portugal precisaria de velocidade na circulação da bola, atacando a linha de vantagem, procurando intervalos e obrigando os russos a defenderem cada um por si. Recuando, perdeu-se a capacidade para utilizar a velocidade - e neste desporto colectivo de combate, recuar no primeiro embate estabelece uma progressão geométrica ao longo das linhas de ataque e defesa que, no final, diminuem as possibilidades de recuperação. Aliás esta questão de perceber que a velocidade é o elemento que permite impor o jogo - há defesa para tudo excepto para a velocidade, diz-se - mostra-se afastada do entendimento do jogo português: mesmo nas conquistas categóricas dos alinhamentos - e algumas houve - a bola só era passada para o formação quando o saltador punha os pés no chão, dando assim toda a vantagem de recomposição à defesa colectiva adversária. Porquê? Porque a enorme incapacidade de surpreender nas jogadas de circulação de bola? Porquê esta incapacidade de impor jogo, mesmo quando se consegue o domínio territorial?
São os russos muito mais fortes que os portugueses? Nem por isso; são, claro!, bem constituídos mas não foi por aí que a coisa se desfez. Os russos foram melhores em todos os sectores do jogo, foram mais disciplinados na táctica e estratégia que decidiram, entregaram-se mais, bateram-se melhor, apareceram mais vezes lançados para receber a bola, foram colectivamente mais coesos e... ganharam!
Falta agora a Espanha e exige-se a vitória. Construída com orgulho de vestir a camisola da selecção nacional e com a responsabilidade de representar a comunidade rugbística portuguesa.



sábado, 8 de março de 2014

TRAZER UMA VITÓRIA DE SOCHI

Não fora a derrota em casa - que sem os crassos erros defensivos cometidos (os portugueses sofreram 4 ensaios para marcar só um) poderia ter tido diferente desfecho - e um mais que consentido empate em Espanha - o jogo estava no fim e o resultado era favorável a Portugal - e o equilíbrio entre os XV russo e português seria ainda mais visível na tabela classificativa. De facto e apesar da distância de 7 pontos favorável à Rússia, as duas equipas encontram-se próximas quer no ranking IRB - dois lugares de diferença e menos de 1,5 pontos de distância - quer nos diversos indicadores da classificação geral.
E se Portugal aparece com menor capacidade de marcação de ensaios equilibra-se, por outro lado, com a superior na capacidade defensiva que demonstra.


No entanto, o facto da Rússia jogar em casa - em Sochi, local dos Jogos Olímpicos e Parolímpicos de inverno - entrega-lhes, naturalmente, o favoritismo. O que até pode não ser mau para as perspectivas portuguesas.
O XV de Portugal pode, desde que haja elevada atitude competitiva em todos os seus jogadores e que não haja qualquer tipo de desistência qualquer que seja a marcha do resultado, sair vencedor. E assim manter de pé a hipótese de jogar o Mundial.
Fácil, nunca é nem vai ser. Mas é possível vencer. Principalmente se o bloco avançado - por recuo ou por faltas - não ceder na formação ordenada. E se a equipa for capaz de garantir velocidade na disponibilidade das bolas nos pontos de quebra. Quebras que devem ser consideradas como meros e fugazes momentos de concentração dos defensores adversários e não como paragens de recomeço do jogo. Porque a equipa russa tem dificuldades na reorganização colectiva em movimento, Portugal deve apostar tudo na continuidade do movimento, introduzindo velocidade na libertação da bola e no tempo de apoio. Para o que se torna essencial atacar a linha de vantagem para impedir o deslizar dos defensores e permitir a manutenção de corredores laterais libertos.
E se é exigível esta velocidade para que a defesa russa permita exploráveis desequilibrios, será a concentração competitiva colectiva que poderá fazer com que as armas de que os portugueses dispõem se transformem em eficazes criadoras dos pontos necessários à construção da vitória.
Embora Geórgia e Roménia já se encontrem qualificados para 2015, esta série B do 6 Nações - como na gíria toda a gente chama a este campeonato - está ao rubro, podendo levar até à última jornada a decisão do terceiro lugar - que dará a possibilidade de acesso ao Mundial - e da equipa que descerá de divisão.
Mas, para que assim seja, Portugal terá que ganhar em Sochi! 

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