segunda-feira, 29 de agosto de 2022

TRADUÇÕES DOS ROBOTS…


 O clube de Rugby tem um novo treinador que, querendo conhecer os jogadores, junta-os no balneário e depois de avisar que a linguagem comum na equipa seria o portuguguês, pergunta a um deles que sabia ter vindo há alguns anos de Inglaterra:

— A que lugar jogas?

— No da puta! responde o jogador que normalmente usa o Nº2 na camisola…

sexta-feira, 19 de agosto de 2022

TORNEIO DE REPESCAGEM DO MUNDIAL 2023

 Está definido o sorteio do Torneio de Repescagem que se realiza a uma só volta e no Dubai de 6 de Novembro a 18 de Novembro, qualificando a última equipa que participará no Mundial de 2023 a disputar em França.



sexta-feira, 12 de agosto de 2022

ANTÓNIO JOSÉ TRINDADE FALECEU

foto de SL Benfica Rugby

 Conheci muito bem o António Trindade - fomos ambos internacionais no mesmo dia - contra a Espanha e no Barreiro - e encontrámo-nos diversas vezes no campo: enquanto companheiros nos treinos da Selecção, como adversários, ele com a camisola do Benfica, eu com a do CDUL, nas competições internas.

Continuamos próximos e fui Seleccionador Nacional, na primeira das duas vezes, com António Trindade na Presidência da Federação. A ele devo, para além da amizade, as condições organizativas e desportivas que permitiram o desempenho do papel que me atribuiu.

Á sua Família e aos nossos Amigos expresso os sentimentos do meu profundo pesar. A ti, António, um até sempre!

domingo, 7 de agosto de 2022

A ILUSÃO DA PROPAGANDA

A qualificação da equipa masculina de Portugal Sevens para o Mundial da variante que se realiza na África do Sul nos próximos dias 9 a 11 de Setembro, foi um excelente resultado desportivo para o rugby português e uma demonstração de que existem evidentes potencialidades para recusar a continuação do erro estratégico de há anos e que levou Portugal a sair do Rugby World Sevens Series — por mera incúria e numa altura que se abriam as portas dos Jogos Olímpicos à variante — e empreender a organização competitiva necessária ao objetivo de retorno às World Sevens Series com vista a proporcionar a experiência e articulação clubes/selecções que a exigente entrada nos Jogos Olímpicos impõe.

Se esta qualificação mundialista aparenta facilidades, a sustentabilidade da posição exige muito trabalho e organização — veja-se que o apuramento para o próximo World Sevens Series e que terá lugar no Chile nos próximos dias 12 a 14 de Agosto, será disputado por 12 equipas divididas por três grupos e que qualificará apenas uma equipa de cada categoria (masculina e feminina) e não terá a presença de Portugal. O que significará que Portugal não será, na próxima época, equipa permanente da Series e só puderá estar presente, numa das provas, por convite expresso. O que não é suficiente para considerar um acesso ao grupo dos melhores. 


A este enquadramento que devia ser considerado como ponto de partida de uma política competitiva para os Sevens portugueses, definindo os princípios estratégicos que tenham como objectivo o futuro acesso às World Series com vista a criar as condições necessárias à entrada nos Jogos Olímpícos, preferiu-se a ilusão da propaganda. Num faz-de-conta de que o resultado é consequência de um trabalho estruturado e sustentado, propagandeando-se quase de bandeiras desfraldadas que a qualificação conseguida representaria um facto histórico num deitar fora, escamoteando, o passado — é a sexta vez (1997, 2001, 2005, 2009, 2013 e agora 2022) que Portugal disputa o Mundial de Sevens — ou que mais não representa do que, recorrendo ao histórico, o reconhecimento de que a qualificação foi conseguida com uma equipa muito jovem e à qual não terão sido dadas as condições necessárias — na preparação e na garantia dos jogadores disponíveis — para a altura da tarefa. E só neste mea culpa o histórico é admissível…


Mas como não fosse suficiente o dar uma exagerada/íssima dimensão ao apuramento, ainda se criticou Presidente da República e Primeiro-Ministro por não terem descido à terra dos parabéns pela classificação. Mas, naturalmente, não houve, como não tinha de haver, qualquer manifestação de congratulação — a equipa portuguesa conseguiu apenas uma qualificação que não lhe garante ainda qualquer posição de relevo, permitindo apenas a sua eventualidade. Portanto… calma nas hostes. E lembre-se o que se passou com a recente presença da equipa portuguesa de Atletismo, constituída por 26 elementos — 7 masculinos e 19 femininos — nos Mundiais de Eugene (USA). Presidente da República e Primeiro-Ministro congratularam apenas — e bem! — o Medalha de Ouro, Pedro Pichardo. E a razão parece-me simples: elevou o nome e a bandeira de Portugal e fez ouvir o hino português num palco do mundo. Aos restantes elementos, como aos jogadores portugueses da selecção de Sevens, reconhecemos, implícita e naturalmente, a prestação desportiva e a dignidade do seu esforço.


Veremos agora, pela qualidade da preparação dispensada, pela hierarquização objectiva das categorias com a consequente disponibilidade de jogadores — haverá um jogo dos Lusitanos a 11 de Setembro nos Países Baixos — com que o Treinador Nacional, Frederico de Sousa, poderá contar para escolher as presenças no Mundial de 9 a 11 de Setembro em Cape Town, África do Sul. Veremos, portanto, se a visão propagandística é substituída pela objectividade da marcação de um campo de desenvolvimento sustentado da variante e que permita aos jogadores portugueses a preparação necessária para se juntarem, de uma forma constante, aos melhores. Só assim a presença no Mundial valerá a pena!


CURIOSIDADES: Os árbitros que arbitraram recentes jogos de Portugal — Ollie Davidson no Portugal-Itália e Adam Leal no Geórgia-Portugal — foram os árbitros das recentes finais feminina e masculina dos Sevens dos Commonwealth Games 2022.

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