segunda-feira, 27 de maio de 2019

BELENENSES VENCE A TAÇA

É sabido: o pior inimigo de um jogo de Rugby — excepto quando a bola é maltratada — é o vento! E as cortinas de  árvores do campo do Vale da Rosa não são suficientemente altas para evitar a sua interferência.

Porque não se trata de pontapé para a frente, jogar com um vento daqueles a atravessar longitudinalmente o campo exige um domínio técnico e conhecimento táctico elevados e o Técnico, com um alargado conjunto de jogadores estrangeiros experientes e conhecedores dos fundamentos do jogo, apresentava-se como favorito.

O Belenenses começou o jogo com vento pelas costas e pareceu dar razão ao favoritismo adversário. Incapaz de tirar partido do vento para impôr o domínio territorial, os belenenses deixaram-se dominar e acabaram a primeira parte a perder por 7-6.

Mudado o campo e com o vento favorável ao Técnico tudo parecia traçado. Até porque, como se diz na gíria, para ganhar um jogo de segunda-parte contra o vento é preciso iniciá-la com uma diferença mínima de 6 pontos de vantagem... e o Belenenses entrava com a desvantagem de um ponto...
Mas tudo mudou com o estouro da terceira-linha do Técnico que, aliás, tinha sido decisiva no controlo do jogo da primeira-parte. Nem o Técnico soube conquistar terreno com um jogo-ao-pé assertivo, nem o Belenenses se sentiu inferior por correr contra o vento. E Wallis perfurou na zona central para marcar um ensaio de 60 metros de belo efeito individual para, pouco depois e numa boa ajuda do vento contrário, Manuel Marta — chutador da penalidade — perseguiu a bola, impedindo o alívio para Rodrigo Freudhenthal tocar primeiro a oval na área de ensaio. Já a ganhar por 21-10, o fim da disputa veio com um ensaio a partir do lado fechado de uma formação ordenada de introdução contrária (!) num bem manobrado 2x1 que permitiu a Rodrigo Marta marcar.

Terminada a disputa, por a recuperação, com o resultado a 28-10, já não ser possível, o Técnico marcou ainda um último ensaio — o segundo do jovem internacional português de Sevens, Rafaelle Storti — num erro defensivo inadmissível para jogadores do melhor nível nacional — com uma vantagem defensiva de 3x2, os defensores belenenses mostraram-se incapazes de se oporem a um cruzamento simples iniciado pelo veterano treinador-jogador do Técnico, Kane Nancy. Mas a Taça, com os 28-17 do marcador, já tinha destino.
O jogador central em vez de subir defensivamente, deslizou...e o jogador interior ficou a ver a banda passar
Dezoito anos depois o Belenenses treinado por João Mirra voltava a triunfar na final da Taça.

Merecidamente, aliás, porque foi a equipa que melhor — embora inicialmente aparentasse o contrário — se adaptou às condições atmosféricas do jogo.

Neste fim‑de‑semana disputou-se o Sevens de Londres com más notícias para Portugal: a Inglaterra encontra-se em 5º lugar à distância de 22 pontos da Austrália que ocupa o 4º lugar e, portanto e desde que a África do Sul jogue o torneio de Paris, não se apurará automaticamente para os Jogos Olímpicos de Tóquio. O que significa que a Grã-Bretanha será mais um adversário de Portugal a juntar à França, Irlanda, Espanha e Rússia na conquista de um primeiro lugar disponível de
apuramento directo e um segundo de acesso ao restante lugar de repescagem.

Também neste fim‑de‑semana se realizaram as meias-finais do campeonato de Inglaterra. A final, no próximo sábado, será entre os actuais campeões, Sarracens, e os Exeter Chiefs. O jogo deverá ser muito interessante, mostrando-nos um modelo que nós não devemos copiar (Sarracens) e um outro que, infelizmente, não somos capazes de copiar (Exeter).

[Nota: Neste domingo de eleições foram marcados para Setúbal, para além do jogo da final entre duas equipas lisboetas, um Curso de Treinadores sob o tema "Tendências de Jogo em Portugal"com início às 9:30 da manhã.
Porque entendo que a obrigação de um cidadão é votar em eleições, não fui a Setúbal. E se pude ver o
jogo pela televisão, já não pude ir ao curso cujo tema "tendências" me interessa — para além da
curiosidade de saber como pode ser tratado quando não existem estatísticas conhecidas dos jogos que as possam demonstrar  — e que possibilitava 2 créditos que a famigerada lei portuguesa sobre treinadores exige para completar a "formação contínua obrigatória" que a ignorância julga garantir uma superior capacidade de conhecimento de treino a cada um de nós. Porque nós treinadores devemos ser um exemplo de cidadania, fiquei em casa, fui votar, liguei a televisão e perdi 2 créditos...]

quinta-feira, 23 de maio de 2019

AGRONOMIA CAMPEÃO NACIONAL

Jogado num campo de superfície irregular e  aparente dureza excessiva — não terá sido sequer regado antes do jogo — mas com arbitragem da principal figura do actual rugby português, Paulo Duarte, a resiliente Agronomia venceu o Belenenses por 18-10, conquistando, depois das finais anteriormente perdidas (2008 e 2018), o seu segundo campeonato nacional principal — o primeiro foi em 2007.

E ganhou bem, superiorizando-se nos diversos capítulos do jogo ao adversário Belenenses.

Sabido o seu maior poder nos avançados, restava saber o que traria tacticamente Agronomia para garantir a eficácia dessa superioridade. E o recurso foi o ataque à “dobradiça” que, aliás, proporcionando o brilhante ensaio do infeliz Vasco Ribeiro — as melhoras e paciência na recuperação — criou, embora com poucas utilizações, constantes problemas à defesa belenense.

Uma final ganha-se e o jogo, a sua qualidade, pouco conta, costuma dizer-se. Portanto o que importa é vencer.

Muito bem, seja. Mas houve jogo, houve espectadores ao vivo e pela televisão e o jogo foi muito fraco. Muito longe do esperado por espectadores neutrais de uma final e de uma modalidade que tem pretensões internacionais.

O jogo teve baixa intensidade numa confrangedora falta de continuidade e foi muito lento pelas enormes dificuldades, de uma e outra equipa, quer pela má disponibilização da bola no contacto quer pela lentidão na reciclagem nos pontos-de-quebra que impediam a exploração dos desequilíbrios anteriormente criados. E ambas as equipas, com excepção do lance do ensaio já citado, mostraram uma enorme falta de criatividade atacante, centrando-se mais esperança do erro adversário do que na sua própria capacidade de surpreender.

Como consequência da lentidão surgiu a incapacidade de ultrapassar a “linha-de-vantagem” com os “aberturas”, amarrados à disponibilidade lenta dos seus “formações”, a manterem-se no posicionamento cómodo da distância, permitindo assim a vantagem da defesa em fáceis “deslizamentos”. Ou seja, o ataque funcionou mal por incapacidades técnico-psicológicas e o jogo foi maçador. O risco foi pouco e o medo do erro afogou qualquer hipótese de generosidade.

A acrescentar a esta lentidão e distância  soma-se o péssimo jogo-ao-pé, muito mais de alívio do que com propósito atacante, entregando bolas fáceis aos defensores sem qualquer hipóteses de sucesso para os perseguidores atacantes. Contra-ataques nem vê-los porque se traduziram apenas em colisões com as paragens consequentes a permitirem a reorganização defensiva. Aliás o jogo-ao-pé colocou mais problemas às equipas que o utilizaram do que aos adversários, nascendo até daí o ensaio agrónomo que retiraria quaisquer hipóteses ao Belenenses de recuperação.

Acabado o jogo, definido um campeão fica, sem saudade, o exposto: temos campeão!

A ineficácia das linhas atrasadas constituídas por jovens internacionais que no Trophy europeu se fartaram de marcar ensaios demonstra a enorme desvantagem de aí jogarmos: envolvidos numa pressão ligeiramente aumentada pelo enquadramento de um jogo sem retorno, os jogadores em causa demonstraram a sua falta de adaptação competitiva para níveis mais elevados. E com o jogo de acesso à divisão superior contra a Alemanha aí à porta, esta final não deixou espaço para grandes optimismos mas deixou dúvidas para resolver: como modificar para adaptar em tão pouco tempo o uso da posse da bola às exigências competitivas esperadas? como atacar intervalos e garantir a convergência do apoio? como usar o jogo-ao-pé para criar desequilíbrios, conquistar terreno e
provocar erros?

Um ponto crucial resulta do que se viu nesta final do principal campeonato português de rugby: se não alterarmos o rumo que temos percorrido, o jogo português vai ficar cada vez mais longe dos adversários internacionais com os quais nos deveríamos bater equilibradamente na procura de lugares de acesso às grandes competições mundiais. Se o não fizermos, a comunidade rugbística portuguesa ficará com a enorme responsabilidade de falhar os seus deveres inerentes ao posicionamento de Utilidade Pública Desportiva. Com as consequências que daí advirão.

segunda-feira, 20 de maio de 2019

SPORTING FEMININO: TRI-CAMPEÃS NUMA ÉPOCA DE SONHO

As TRI-CAMPEÃS de Portugal
A equipa de rugby feminino do Sporting Clube de Portugal fez, sob o comando técnico de Nuno Mourão, uma época extraordinária. Notável mesmo!!! Venceram o Torneio de Abertura, a Supertaça, a Taça de Portugal, a Taça Ibérica, o Nacional de Tens e o Nacional de Sevens apresentando como palmarés dos 38 jogos realizados, 37 vitórias. Uma época extraordinária, repito! De conquista de todos os troféus disputados, com classe e muito bom e inteligente jogar. Numa evidente demonstração de coesão colectiva, o factor-chave do sucesso de uma equipa.
Época que deve ser mostrada, reconhecida, recordada e imitada.
Porque se baseia numa boa organização estratégica e num profundo trabalho técnico e táctico que proporcionou um bom desenvolvimento das características das jogadoras. Jogadoras amadoras que conseguem conciliar e compatibilizar a sua vida estudantil ou profissional, vida de casal ou de mãe com as exigências conseguidas de qualidade do Desporto Rendimento.
O desenvolvimento do rugby feminino em Portugal não é fácil — se já o masculino tem enormes dificuldades, quanto mais o feminino... — e a aposta do Sporting com os resultados demonstrados — quantas equipas saberiam manter-se continuamente no topo com as dificuldades competitivas existentes? — deve ser respeitada e deve haver um esforço federativo no sentido de conseguir uma melhoria qualitativa competitiva. Começando por terminar com a competição de Tens que não representa — como é facilmente demonstrável — nenhuma forma de adaptação ao rugby de XV. O rugby feminino deve assentar nas competições de Sevens e XV e com o objectivo da internacionalização, acompanhando o que se vai passando, pela restante Europa.
Conhecendo como conheço o rugby feminino do Sporting desde os responsáveis directivos e administrativos — Rafael Lucas Pereira, João Tiago Silva e Diogo Pesca —  ao corpo de fisioterapeutas — Rita Maggessi e Elisa Arnould — passando pelo corpo técnico de excelência com o Nuno Mourão, Pedro Leal, André Duarte e Nuno Leitão (com a responsabilidade da condição física da equipa) e um notável grupo de jogadoras capitaneadas pela internacional Isabel Ozório a que se juntam diversas outras — de quem só não refiro o nome, embora os guarde na memória, por serem muitas mas que ficam nomeadas na citação da sua capitã — jogadoras internacionais actuais e outras que o serão a breve prazo, sei que o grupo estará disponível para subir os degraus de um desenvolvimento qualitativo necessário e que urge. E urge por uma razão simples: as adversárias europeias estão cada vez mais organizados e mais competitivas. E se nas anteriores olimpíadas a selecção feminina deu uma muito boa demonstração da sua capacidade competitiva, é preciso garantir que o intervalo às adversárias europeias não aumentará e o exemplo do Sporting feminino deve servir de base às acções e decisões
necessárias.
O desafio do futuro para o Sporting será o de garantir a manutenção competitiva elevada. Desafio que exige um desenvolvimento qualitativo nacional, com maior número de adversárias que possam equilibrar as competições. Porque não há boa competição sem equilibrio.

sexta-feira, 17 de maio de 2019

ALTERAÇÕES ESCUSADAS

Midi Olympique, 13/5/2018
Porque é normal na maioria dos campeonatos, o Midi Olympique — vulgo MIDOL para os conhecedores — anunciou no seu jornal da passada 2.ª feira que iriam ser disputadas as meias-finais —- Beleneses-Direito e Agronomia-Técnico — no caminho da decisão do título português. Puro engano.
E engano porque os franceses se esqueceram da inconsequente capacidade inventiva dos portugueses que resolveram alterar, sem qualquer propósito que o justifique, o modelo comum, passando-o directamente a final entre o primeiro e segundo classificados, ignorando assim todas as vantagens — principalmente quando teremos dentro de dias o jogo internacional mais importante da época e que decidirá muito do nosso futuro próximo — que os dois jogos (e que não teria, para este caso especial, qualquer inconveniente, desde que com prémios capazes, a existência da disputa do terceiro lugar) proporcionariam em termos de adequada experiência e manutenção competitiva aos jogadores que irão fazer parte da próxima selecção nacional. Mas, mais uma vez e como o caso demonstra, as decisões foram tomadas sem a devida ponderação. Mudou-se e pronto! Assim e no Regulamento Campeonato Nacional Divisão de Honra:
Artigo 23.o
(Modelo Competitivo)
1. O CNDH é disputado por 8 (oito) Equipas, jogando cada uma das Equipas contra todas as demais, a duas voltas, sendo apuradas as 2 (duas) Equipas melhor classificadas, as quais disputarão a Final do CNDH.

O erro do acasalamento das meias-finais vem, com certeza, do facto do tabela utilizada no site federativo não estar adequada aos regulamentos portugueses das competições. Que dizem no Regulamento Geral de Competições:
Artigo 25.o
(Competições por Pontos de Classificação. Desempate)
3. Para se apurar a classificação geral das Equipas que, no final da fase competitiva se encontrem com igual número de pontos de classificação, serão aplicados, para efeitos de desempate, pela ordem por que são apresentados, os seguintes critérios:
a. Maior número de vitórias obtidas em todos os jogos disputados na fase da competição em causa.

Assim sendo e se não tivesse havido a injustificada alteração de um dos jogos das meias-finais seria entre o Belenenses e o CDUL uma vez que estes conseguiram mais uma vitória (8) do que o Direito (7).
Daqui se retira — e porque ninguém está sozinho no mundo — que é necessário um grau de exigência que garanta uma comunicação federativa de correcção exemplar. Para o seu e nosso bom crédito.

Felizmente que o quadro da Classificação Geral da Divisão de Honra já se encontra acertado no site oficial do rugby português depois de uns dias de errante navegação.

quarta-feira, 15 de maio de 2019

QUEM SERÁ CAMPEÃO?


Terminada a fase regular do campeonato nacional da Divisão de Honra e numa imposição regulamentar de pouco sentido — até porque o melhor classificado não retira daí qualquer benefício — os dois finalistas são o Belenenses, ainda actual campeão, e a Agronomia, finalista da última época.
A fase regular, atingindo um índice de competitividade de 40 pontos, foi o melhor dos campeonatos disputados com oito clubes desde, pelo menos, 2000 para cá como se pode verificar no gráfico abaixo.



O Belenenses com duas vitórias sobre cada um dos seus principais adversários, Agronomia e Técnico, e com uma média de 79% de Capacidade Competitiva, mostrou-se como a equipa mais forte na regularidade demonstrada e a aproximação pontual dos seus adversários fez-se essencialmente pela conquista, 5 e 9 respectivamente, de pontos de bónus.
Apesar de uma elevada aposta com recurso a diversos jogadores estrangeiros o Técnico — embora ainda com a esperança de um recurso para o Tribunal Arbitral do Desporto* — não conseguiu mais do que a 3.ª posição, perdendo, para além das derrotas com o Belenenses, com o CDUL, CDUP e Académica. O CDUL, mantendo o registo recente, ficou, apesar da derrota em Monsanto na última jornada, em 4.º lugar deixando, embora com os mesmos pontos de classificação, a quinta posição para o Direito. Em sexto lugar a jovem equipa do CDUP que demonstrou qualidades interessantes e quem faltará apenas um maior grau de maturidade dos seus jogadores para poder elevar os seus objectivos.
O Cascais com uma primeira volta de muito baixo nível - apenas um ponto e de bónus defensivo!
 - conseguiu, na 2.ª volta uma prestação mais próxima - conquistou 20 pontos - do expectável e terminou o campeonato com uma apetecida vitória sobre o Belenenses.
No último lugar a Académica que teve uma segunda volta muito fraca mas que, com as suas três vitórias, garantiu um nível global competitivo aceitável (um campeonato é tanto mais competitivo quanto o seu índice se aproximar de 100).


No próximo sábado pelas 14:45 e no campo de Monsanto do GD Direito jogar-se-à a final que ditará o campeão nacional. Embora com uma derrota contra o Cascais na jornada final — mas numa altura em que o resultado, fosse ele qual fosse, nada acrescentaria em termos classificativos — o Belenenses apresenta, em termos de Capacidade Competitiva (média da taxa de sucesso definida pelo número de vitórias, taxa do número de pontos de classificação e a quota do número de pontos marcados sobre o total de pontos marcados e sofridos) sobre o seu adversário da final uma vantagem de 14 pontos percentuais. O que significa uma ligeira superioridade em termos de consistência de resultados o que, apesar de ser uma vantagem, não garantirá um favoritismo evidente. No entanto com diversos jogadores das suas linhas atrasadas com experiência aumentada pela participação internacional em “quinze” e “sete”, a equipa de Belém, apesar da sua juventude, tem já evidentes capacidades para ultrapassar as dificuldades que o jogo possa oferecer. 
Como curiosidade maior do jogo estará a forma como Agronomia se apresentará para surpreender — o normal será fazer a sua aposta no bloco avançado, tentando provocar a pressão necessária para criar dificuldades às linhas atrasadas belenenses e impedi-las de serem eficazes. Mas só isto não chegará e fica a expectativa: qual será a surpresa táctica que os agrónomos utilizarão?

* O Técnico recorreu da derrota contra a Académica por entender ter esta — em jogo correspondente a um adiamento de jornada e não jogo de repetição — jogado com um jogador irregularmente inscrito.


quinta-feira, 9 de maio de 2019

PORTUGAL RUGBY YOUTH FESTIVAL NA WORLD RUGBY


World Rugby -7/5/2019

A World Rugby deu a devida importância ao PORTUGAL RUGBY YOUTH FESTIVAL 2019 ao publicar no seu site oficial o vídeo que acima se reproduz, qualificando assim muito justamente o elevado nível da organização e interesse desportivo desta enorme festa juvenil que se desenrolou competitivamente em diversos patamares etários. Estão portanto de parabéns os organizadores — a Move Sports em geral e o António da Cunha em particular — que tiveram o apoio da FPR e da Câmara Municipal de Lisboa.

Uma organização destas, a passar de boca-em-boca por esse mundo fora — no hotel em frente a minha casa havia australianos encantados — tem exigentes consequências para o rugby português. Porque o rugby de um país capaz da qualidade de uma organização desta natureza não pode continuar a viver nas suas relações competitivas internacionais de resultados interessantes ao nível dos escalões etários. Tão pouco com o eterno adiar das coisas à espera que o acaso dê a experiência necessária aos jovens que mostraram qualidades — mas que têm de se desenvolver com os programas e competições adequadas...

O que exige ao rugby português esta demonstração de capacidades evidenciadas no PORTUGAL RUGBY YOUTH FESTIVAL é de uma evidência cristalina: encontrar os meios para que a Selecção Nacional principal suba para o lugar devido, a Rugby Europe Championship. Começando desde já por garantir a vitória sobre a Alemanha a 15 de Junho próximo.

Arquivo do blogue

Quem sou

Seguidores