sábado, 29 de maio de 2021

A INCOERÊNCIA ABUSADORA

Fotografia publicada no site da FPRugby em 28 de Maio, 2021. © JPB

No Porto é o vale tudo porque são ingleses; no Estádio Nacional é o vale nada porque são portugueses. Há outra razão que justifique esta posição de cócoras? Não há nem pode haver. Chama-se dependência de interesses, pouca coragem e falta de sensibilidade cívica.

O investigador João Paulo Gomes do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) explicou de novo que a variante britânica tem a dominância de 86,7% dos casos em Portugal. Que fazer então? abrir as portas aos britânicos que, aos magotes chegam como lhes apetece a Portugal, visitam o que lhes apetece deixando —quem sabe? — mais vírus espalhados? Virando a retração em ampliação? E quem vai pagar a factura? NÓS, OS NOSSOS, OS PORTUGUESES!

Quando se começou a falar que a Final da Taça dos Campeões Europeus entre o Manchester City e o Chelsea se iria jogar no Estádio do Dragão do Porto, muitos de nós nos perguntávamos se tinham perdido o juízo. Qual seria o interesse de um jogo em Portugal desta natureza sem assistência — porque não era feito em Inglaterra? Qual seria a vantagem de ter um jogo destes com uma troupe de ingleses a invadir a cidade e a serem os únicos ocupantes das bancadas? Porque é que escancaramos as portas a representantes de um país que tratou mal de si — notem as denúncias do antigo assessor de Boris Johnson, Dominic Cummings — que terá desviado vacinas e que não nos garante que quem chega venha em condições de não infectar ninguém. E aos factos, os responsáveis portugueses… moita!

Moita, não! que os ingleses vinham em aviões fretados para o efeito e seriam recebidos numa bolha e metidos em espaços confinados — Alfândega e Aliados — partindo como tinham chegado. Viu-se… (como é que se acreditou nesta estratégia se as outras portas estavam abertas de par-em-par?) Era seguro porque os bilhetes estavam controlados — foi por terem bilhetes com certeza que milhares se juntaram às portas de Alvalade num jogo de iguais perspectivas. 

Alguém já estará a pagar os erros Sporting, quem irá pagar os erros Porto e que irão chegar até Lisboa?(primeiro vou a Lisboa e no sábado vou para o Porto para ver o jogo, disse um).

As experiências passadas deveriam ensinar-nos. Não senhor… que importa o passado? Para que serve a experiência e os experientes? Resta-me lembrar-vos Einstein:”Fazer todos os dias a mesma coisa e esperar resultados diferentes é a maior prova de insanidade.”  

Valha-nos a insanidade! Que venham, que podem vir que tudo está controlado. MENTIRA! NÃO ESTÁ!

Mas, para que vejam que estamos atentos e controlámos o necessário, até nem demos provimento ao pedido da Federação Portuguesa de Rugby para que fosse autorizada a presença de 500 espectadores no Estádio Nacional que tem uma lotação de cerca de 33 mil lugares. Que não, que não podem ir, decretou, do alto do convencimento do seu profundo conhecimento destas matérias desportivas, o sr. Portugal da DGS. 

Obviamente que o sr. Portugal, parecendo ignorar a dimensão do Estádio Nacional, não sabe, não faz ideia do que é e o que representa uma final do mais importante campeonato nacional de uma modalidade desportiva. Que, para uma maioria dos jogadores presentes, poderá ser uma oportunidade única. Que sendo única deveria ser presenciada por familiares e amigos próximos que, durante uma época muito difícil, mantiveram as suas ajudas, apoios e cumplicidades. E que, naturalmente, gostariam de estar ao vivo a acompanhar os “seus jogadores” que, por sua vez gostariam de sentir, das bancadas, o seu calor e carinho — quem já esteve numa final sabe o que quero dizer e da importância do que digo.

Mas do alto da pesporrência do seu pretenso conhecimento e do cimo de um poder que lhe permite o abuso, o sr. Portugal nem ao trabalho se deu de uma negativa capaz — leiam a carta da negativa…

Bonito!… ingleses a fazerem o que querem — quais distâncias físicas, quais máscaras, quais medidas de protecção e segurança. Mas estão lá e vão continuar a estar para a festa final.

Bonito!… os portugueses familiares, amigos e adeptos dos jogadores — muitos deles que representam a selecção de Portugal — não vão poder estar no Estádio Nacional e terão que se contentar com a distância fria do rectângulo televisivo.

… como se pode designar senão por abuso as decisões tomadas de um sim e não contraditórios e falhos de bom espírito? Abuso de facto, é o que é!

sexta-feira, 28 de maio de 2021

FINAL DA DIVISÃO DE HONRA: DIREITO OU TÉCNICO?

 A final da Divisão de Honra 2021 disputa-se entre a equipa com o melhor ataque — GD Direito com 297 pontos marcados que englobam 40 ensaios — e a equipa com melhor defesa — AEIS Técnico com 56 pontos e 18 ensaios sofridos. O que permite uma análise, embora não passando disso mesmo, interessante. E é só uma análise interessante, ou divertida se preferirem, porque o jogo de rugby é complexo, dependente de diversos e diferentes factores e que, quando se tratam de duas equipas que se mostraram equilibradas durante a época regular, terão tendência para que não haja qualquer tipo de preponderância de uma sobre a outra. Mesmo tratando-se de equipas que interpretam o jogo de forma distinta: o Direito, mais próximo do “rugby movimento”, procurando alargar o jogo, ultrapassando o contacto imediato e procurando jogar e aproveitar os intervalos entre defensores para utilizar a boa capacidade táctica da sua “terceira-linha” e encadear já nas costas da defesa adversária; o Técnico, num jogo mais físico que, numa maior preocupação de jogo “a um passe”, procura no “pequeno perímetro” a ultrapassagem da linha de vantagem para encadear com os seus avançados e então, libertando terreno nas alas, lançar os seus pontas. 

Durante a fase regular o Técnico saiu vitorioso (26-25 na 5ª jornada e 28-19 na 10ª jornada) do confronto entre as duas equipas. Curiosamente no somatório de ensaios dos dois jogos cada equipa marcou 6 ensaios. Vantagem conseguida na particularidade do Direito estar à-vontade na tabela classificativa.



Se olharmos para o gráfico de cima que estabelece a tendência das equipas na marcação de ensaios, podemos verificar que se Direito tende — embora de forma reduzida (de 4 para 3,8) — a diminuir a sua capacidade de marcar ensaios já a sua capacidade defensiva passa de menos de 1 ensaio sofrido para a possibilidade de vir a sofrer 2,8 ensaios. O Técnico apresenta um percurso inverso: se diminui as suas capacidades ofensivas, passando de 3 para 2,2 ensaios possíveis de marcar, aumenta a sua capacidade defensiva com a passagem da média de 2 para 1,1 ensaios sofridos.


Juntando os elementos obtidos e retirando à capacidade ofensiva do Direito a capacidade defensiva do Técnico ainda se verifica uma vantagem de 2,5 ensaios a marcar por Direito. Nos valores ofensivos obtidos para o Técnico verificamos que os 2,1 ensaios que pode marcar ainda distam 0,6 ensaios da capacidade defensiva do Direito. Ou seja: qualquer das equipas pode, aproveitando as capacidades (ou incapacidades) defensivas da outra equipa, marcar 3 ensaios. O que pode querer dizer que não será o número de ensaios que marcará a diferença no resultado. Mas que pode vir a ser, tendo ambas as equipas bons pontapeadores, a localização da marcação dos ensaios, permitindo melhores ângulos de pontapé, que ditará os vencedores. A que se acrescenta também o número e a localização de eventuais penalidades… O que significa que a arbitragem vai ser chamada a um difícil e rigoroso trabalho.


Jogo emotivo portanto, em vista. O que, tratando-se de uma final, não é para admirar. E de que farão, portanto, parte dessa emoção as três equipas presentes — para que nós público adepto, em casa a olhar o rectângulo da Rugby Tv, possámos ter as emoções que nos fazem espectadores.


Como se gosta de dizer: “uma final não se joga, ganha-se!”. O que não sendo propriamente verdade acaba por traduzir os conceitos mais elaborados de que o vencedor se encontrará naquela equipa que se mostrar melhor preparada, com mais equilíbrio emocional, mais focada e com maior capacidade de resistir à pressão. Ou seja, aquela equipa que tenha uma atitude de vitória mais enquadrada com as vicissitudes do jogo.


Que seja um jogo interessante e de resultado incerto a fazer jus ao dito de que, numa final, tudo pode acontecer…

sexta-feira, 21 de maio de 2021

EQUILÍBRIO COMPETITIVO

Terminou a fase regular da Divisão de Honra do Campeonato Nacional de Rugby tendo sido apurados, o Direito (1ª classificado), o CDUL (4º classificado) que fazem o par de uma das meias finais, o Técnico (2º classificado) e o Belenenses (3º classificado) que formam o outro par. 

Embora a verdade esteja na célebre frase do internacional futebolista João Pinto — "prognósticos só no fim" — é possível fazer e através da análise ponderada de resultados, valendo o que valerá e apesar dos poucos recursos, uma previsão para os vencedores das meias-finais que se  jogarão este fim-de-semana, infelizmente — o que representa, no mínimo, uma desatenção injustificável — com coincidência horário de dois importantes jogos de clubes europeus: a final da Challenge Cup e a final da Champions Cup. Adiante... Contas feitas, a previsão considera a vitória do GD Direito sobre o CDUL por 11/12 pontos de diferença e que o Técnico ultrapassará o Belenenses pela diferença mínima de 2/3 pontos. Veremos o que significam estes dados...

Voltando ao campeonato da Divisão de Honra e como se pode ver no quadro seguinte, o seu equilíbrio competitivo é fraco— e se juntarmos o desequilíbrio do Grupo Despromoção percebemos a impossibilidade de um campeonato capaz com 12 equipas. Nesta comparação com outros campeonatos não deixa de ser curioso verificar que a prova mais equilibrada é a da Nova Zelândia na sua recente versão do Super Rugby Aotearoa.

Uma prova competitivamente equilibrada significa que a maioria dos competidores pode vencê-la não havendo por isso a ideia de "vencedores antecipados". Por outro lado uma competição equilibrada desenvolve as qualidades dos participantes, possibilitando-lhes a melhoria necessária para atingir estádios superiores de domínio dos aspectos técnico-tácticos que formam o jogo.

Note-se que algumas das competições ainda não terminaram e que a competição espanhola, formada por 12 clubes é, embora sendo mais dura —  pelas distâncias a cobrir e duração — do que a portuguesa, do mesmo nível de equilíbrio competitivo.

Tendo como objectivo o apuramento para o Mundial de 2023 e disputando uma prova que se tem mostrado equilibrada como o Rugby Europe Championship — o facto de, nesta época, não haver ainda jogos suficientes descaracteriza o actual valor Noll-Scully do REC 2021 — deve obrigar os responsáveis a pensar o tipo de disputa competitiva que os jogadores portugueses de alto rendimento deverão enfrentar na próxima época. Os resultados necessários para a classificação para o Mundial exigem uma habituação a níveis competitivos elevados e só o equilíbrio competitivo interno pode contribuir para a construção dos patamares capazes de atingir o objectivo pretendido.

O quadro seguinte relaciona o equilíbrio competitivo interno dos campeonatos principais disputados ao longo dos anos. Com se pode ver os melhores resultados foram conseguidos com campeonatos disputados por seis equipas — havendo, no entanto, três épocas (uma antes do Mundial e duas outras na procura de subida da III para a II divisões) com resultados competitivos acima da média e com oito equipas. Também de pode ver a "construção" realizada (10 clubes) para a descida ao Trophy — III divisão europeia. 


Os números apoiam-nos o suficiente para que as decisões a tomar tenham em conta e antes de tudo o mais, os resultados desportivos pretendidos. Julgar que se chega lá através de processos que hierarquizem, prioritizando, factores exteriores à competição desportiva e seu equilíbrio é um puro engano. Porque o alto nível do desporto — o alto-rendimento — exige uma prática continuada de superação e vive no domínio da excelência.




segunda-feira, 17 de maio de 2021

DEZASSETE ENSAIOS E FO AOS 38'


Jogo do Super Rugby Trans Tasman — a nova prova que junta equipas australianas e neozelandesas —com, de um lado e do outro, internacionais australianos e internacionais neozelandeses. Foram marcados 17 ensaios, 7 para os australianos do Waratahs e 10 para os neozelandeses do Hurricanes e a primeira formação-ordenada do jogo aconteceu aos 38'(!!!!!!) da 1ª parte.
Houve, obviamente, falhas individuais de placagem, mas, na sua maioria, foram provocadas pelos atacantes que procuraram sempre atacar o intervalo-assimétrico estabelecido por dois defensores de qualidades distintas e pouco habituados a agir em consonância — um intervalo defendido por um avançado e por um três-quartos. A assimetria que os dois estilos distintos provocam, permite penetrações com meias-quebra ou mesmo quebras de linha defensiva — de qualquer das formas o atacante ultrapassa, quando não a linha-de-vantagem, pelo menos a linha-defensiva permitindo uma eficaz continuidade do ataque.

 Este jogo que proporcionou muitos momentos de bom rugby, teve ainda a qualidade de, não ten amostragem de qualquer cartão amarelo ou vermelho, teve ainda a qualidade de ter tido um total 16 
penalidades.
                                                            

Ao vê-lo lembrei-me da frase ouvida muitas vezes nas transmissões televisivas: that's rugby, my friends 








domingo, 9 de maio de 2021

A UMA JORNADA DO FIM…

 A uma jornada do fim da fase regular do Grupo do Título da Divisão de Honra, os apurados para as meias-finais estão conhecidos: Direito e CDUL que, como 1º e 4º classificados jogarão, em “casa” do Direito, uma das meias-finais e Técnico e Belenenses que jogarão a outra meia-final faltando apenas definir quem jogará em “casa”. Curiosamente houve alturas dos jogos da 9ª jornada em que tudo parecia ir acontecer diferente — o CDUP chegou a estar a dois pontos de diferença do Belenenses e Agronomia esteve a vencer durante quase ¾ da duração do jogo. Mas no final o posicionamento da equipas segue o conseguido ao longo do ano. Na preparação dos jogos das meias-finais, existe uma evidente diferença entre o Direito — a equipa com melhores resultados em duas componentes da competitividade como a “quota de sucesso” — nº de vitórias por jogos disputados e que representa a sua eficácia competitiva— ou a “quota de pontos de classificação” — nº de pontos conseguidos sobre os pontos possíveis que mostra a sua regularidade competitiva. Só na “quota de pontos de jogo” — relação dos pontos marcados com o somatório dos pontos que constitui a referência para uma média das dificuldades encontradas nos confrontos tidos — é que Direito, com 60%, de classificou atrás do Belenenses, com 61%. No lado do Grupo da Despromoção a superioridade do Cascais é evidente.


Através do conceito da capacidade competitiva é possível comparar o nível da competitividade das duas competições, saltando à evidência que um nível principal futuro e desde o início da época, tem o limite máximo de 8 equipas — não devendo, portanto, a próxima época iniciar-se — se continuarmos com o pensamento no Mundial de 2023 — com mais do que essas equipas na divisão principal. Embora se possa dizer que, para um nível competitivo preparatório dos jogadores para o nível internacional, o ideal deva ser 6 equipas com dois “play-off” finais — um para o título de campeões e outro para determinar as descidas. Assim o equilíbrio competitivo da divisão principal daria, com certeza, uma aproximação à intensidade do nível internacional em que iremos defrontar a Geórgia, a Roménia, a Espanha, a Rússia e ainda a vencedora do Holanda-Bélgica. E só a competição equilibrada dá o treino e a experiência necessários à evolução dos jogadores.


quarta-feira, 5 de maio de 2021

A VERDADE DESPORTIVA EXIGE TRANSPARÊNCIA

O cartão vermelho em foto de Carlos Baptista

Assisti, naturalmente pela Rugby TV, ao jogo CDUP-Agronomia da 5ª jornada do Grupo do Título da Divisão de Honra, isto é, da prova mais importante do calendário rugbístico nacional. E vi o cartão vermelho mostrado pelo árbitro, Pedro Mendes Silva, ao jogador da Agronomia José Maria Rebello de Andrade. Cuja razão esteve numa cabeçada, claramente vista de que resultou um corpo estendido no chão — Pedro Cordeiro do CDUP — um fisioterapeuta a limpar o que seria, provavelmente, sangue da cara do jogador portuense e o auxiliar do árbitro — no caso, José Luís Vareta — a mostrar-se muito preocupado com o sucedido. E vi ainda Rebelo de Andrade, com certeza já arrependido como veio a manifestar posteriormente, a aproximar-se do jogador caído e procurar, numa atitude de decência, saber do seu estado. E vi-o a ser chamado pelo árbitro que lhe mostrou o “vermelho” e a sair do terreno-de-jogo com a compostura de quem reconhece o disparatado acto que cometeu. 

Como é normal nestas situações o relatório do árbitro relatou os factos ocorridos e, por isso, não me surpreenderam as 12 semanas de suspensão preventiva que li no Boletim Informativo nº 34.


Imagine-se a indignada surpresa quando, ao ler o Boletim Informativo nº35, dei com a absolvição de Rebello de Andrade. Que raio se passou? Que explicação existe para se voltar atrás — tanto quanto sei não houve qualquer alteração do relatório do árbitro que manteve a versão dos factos. Fui ver de novo o momento televisivo correspondente e não fiquei com dúvidas: houve uma agressão com a cabeça do jogador de Agronomia ao jogador do CDUP que ficou a recuperar estendido no chão, o fisioterapeuta limpou-lhe a cara, o árbitro mostrou o cartão vermelho, o jogador saiu e o jogo continuou com Agronomia com menos um jogador.


Ouço dizer que tudo voltou atrás porque o visível agredido terá declarado que não terá existido qualquer cabeçada. Difícil negação de uma evidência…




Havendo o relatório do árbitro — que aliás é um árbitro experimentado e internacional — parece-me leviana a atitude do Conselho de Disciplina: então não podem deitar um olho ao vídeo para confirmar a realidade da situação? Ou perguntar ao jogador expulso que, rigorosamente, sabe o que fez?


E o que resta da situação é simples de definir: o agressor é ilibado, o agredido não o foi e o árbitro vê-se dado publicamente como negligente e precipitado… 


… e das duas, uma: ou não houve nenhuma cabeçada e o jogador do CDUP, numa atitude claramente anti-desportiva, atirou-se para o chão para enganar o árbitro e o levar à expulsão de um jogador adversário desvirtuando assim a verdade desportiva do jogo; ou houve, como houve, cabeçada e o jogador em causa— se fôr verdade o que corre — terá mentido na sua declaração. O que, em qualquer dos casos —considerando(!) que não houve qualquer agressão — é eticamente grave e deveria ser sujeito à abertura de um inquérito por parte do Conselho de Disciplina. Porque esperam?


O Rugby é um jogo com valores —Integridade, Compromisso, Solidariedade, Disciplina, Respeito — como se define no Código do Jogo que integra as Leis do Jogo e não pode ser subvertido por distrações ou menor preocupação. Porque na situação que se relata não houve preocupação pela Disciplina, não se teve em atenção o Respeito devido ao árbitro e a espectadores e deixou-se de lado a exigível Integridade. Esquecendo-se, pelos vistos, que o Rugby e a Ética Desportiva devem andar de braço dado.


E o que resulta de tudo isto não é mais do que a ideia, para o público em geral, que a diferença no Rugby de que tanto pretende fazer-se valer, está apenas nas palavras e não nos actos… que afinal, mostram, como noutros, que os interesses falam mais alto. 


E porque o Rugby não pode, por razões éticas e de atractividade, deixar-se enrolar nesta imagem de marca, uma rápida e clara explicação, mais do que nunca e em nome da transparência, é exigível!


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