terça-feira, 19 de julho de 2022

IRLANDA NO 1º LUGAR DO RANKING

Com a vitória — 32-22 — conseguida em casa da Nova Zelândia, a Irlanda venceu, pela primeira vez, as séries contra os AllBlacks e conquistou o 1º lugar do ranking da World Rugby, posição que já não ocupava desde Setembro de 2019.


De facto, a Irlanda, com a sua rápida e constante pressão defensiva e ataque à linha de vantagem, diminuindo tempo e espaço a que juntou variações de linhas-de-corrida e um muito acutilante jogo-ao-pé, colocou os neozelandeses sempre em dificuldades — de nada lhes tendo valido o maior tempo de posse de bola (56%) ou de domínio teritorial (57%) — cometendo demasiados erros não forçados e acabando por ver or irlandeses marcarem 4 ensaios contra 3 dos neozelandeses.

Nos outros jogos, se os visitantes Samoa, Inglaterra contrariaram com as suas vitórias as previsões, foi o Chile que cometeu a maior proeza ao vencer — conseguindo a vantagem de um ponto no conjunto dos dois jogos — na casa dos USA e, assim qualificar-se directamente para o Mundial, colocando os americanos na Repescagem onde — terminado que seja o processo de eliminação da Espanha — a equipa de Portugal conta estar presente.

Portugal jogou de novo com a Geórgia em Tiblisi e foi derrotado por 23-14 num resultado bastante melhor do que a previsão. No entanto, com esta derrota, baixou de novo ao 20º lugar do ranking, sendo ultrapassado pelo Uruguai, vencedor da Roménia.

Mas este jogo voltou a mostrar as debilidades habituais que têm vindo a ser demonstradas para além de — como referiu o “capitão” José Lima no final do jogo (cito de ouvido): mais uma vez perdemos o jogo por erros cometidos no final do jogo — e que se mantêm na indisciplina (17 penalidades —12 das quais no próprio meio-campo — e 1 cartão amarelo); num jogo-ao-pé que continua pouco assertivo e, o pior, no facto das linhas que têm que manobrar as bolas conquistadas quer em formações-ordenadas quer em formações-expontâneas continuarem a receber a bola parados — ignorando a regra essencial de correr-receber-utilizar — e a demasiada distância da linha-de-vantagem, arrancando depois de receberem a bola, dando assim todas as vantagens à defesa que, subindo facilmente, encurta tempo e espaço de manobra e tem ainda a possibilidade, a que acresce o número de jogadores não fixados, de se adaptar aos movimentos atacantes. 

Num jogo fraco e de pouca intensidade — o que se pode caracterizar como “de fim de época”  mas com uma arbitragem do inglês Adam Leal muito interessante, não caindo nunca, num exemplo a seguir, na armadilha de favorecer o infractor e não utilizando pedagogias dispensáveis— e onde qualquer das equipas se mostrou muito pouco eficaz, não deixam de ser curiosaas as palavras finais do Seleccionador Nacional, Patrice Lagisquet, que se mostrou muito satifeito com o comportamento do seu bloco de avançados…

Pelo que vi, não me sinto tão optimista e espero bem que, daqui até Novembro e se se mantiver a decisão da Rugby World para nomear Portugal (as últimas notícias dizem que a actual Comissão de Gestão espanhola decidiu  contestar no TAS as decisões da federação internacional), seja possível melhorar substancialmente a capacidade do bloco nas formações-ordenadas, na defesa dos mauls e, ainda, que a 3ª linha aprenda a jogar colectivamente e que reconheça as linhas-de-corrida defensivas e atacantes que compete a cada um dos seus elementos. Como se viu pelos resultados conseguidos nesta época (9 jogos com 2 vitórias e 1 empate), estamos longe de ser uma equipa que, mostrando algumas potenciais qualidades, não tem a consistência para se mostrar de elevado nível competitivo — o nível que a participação num Mundial exige. E há que aproveitar o tempo que falta, treinando o que deve ser treinado.

domingo, 17 de julho de 2022

VII DE PORTUGAL NO MUNDIAL 2022



Com uma vitória por 20-19 sobre a Espanha — a um minuto do fim marcámos ensaio para colocar um favorável 20-12 e terminar, com ensaio espanhol na ultima jogada posssível, com uma suficiente diferença de um ponto — o VII de Portugal apurou-se, pela 6ª vez na sua história, para o Mundial de Sevens que desta vez se realizará na África do Sul, Capetown, entre 9 e 11 de Setembro próximo.

O VII de Portugal que se qualificou em Bucareste foi constituído pelos seguintes jogadores e treinador principal:


Em 1997, depois de apuramento realizado em Lisboa, foi — numa equipa que tive a oportunidade de seleccionar e treinar — a primeira vez que o VII de Portugal disputou, na sua 2ª edição de sempre, um Mundial de Sevens realizado então em HongKong. 

Parabéns a todos os membros da equipa que se qualificaram e votos de uma boa preparação para Setembro!

Os países que que se encontram qualificados para o Mundial de Sevens da África do Sul de 2022, são:




sexta-feira, 15 de julho de 2022

TERCEIRA RONDA DOS JOGOS-TESTE DE JULHO


Outro fim‑de‑semana de grandes jogos internacionais com Portugal a ir jogar — 15h00 de sábado, Rugby TV — à Geórgia, recente vencedora do habitual tira-teimas com a Itália por 28-19, num jogo em que, depois do empate 25-25 de Fevereiro último, permite fundadas esperanças — se entretanto tivermos organizado eficazmente a nossa defesa do maul, dado ao jogo-ao-pé uma outra consistência e garantindo que levamos a disciplina para dentro do campo — de que o resultado seja bastante melhor do que as previsões apontam.

Os jogos-testes de Julho, no outro lado do mundo têm o seu terceiro-jogo que, se não servem para garantir a vitória da série, servem, pelo menos, para garantir que não se ficam pelas  derrotas como poderá ser o caso da Austrália ou do Uruguai-Roménia que realizarão o seu segundo jogo.    

Um jogo que interessa a Portugal é o USA-Chile cujo derrotado na soma dos dois jogos — os USA venceram em Santiago o 1º jogo por um ponto de vantagem — irá disputar a Repescagem em Novembro onde a selecção nacional conta estar presente.

E Nova Zelândia-Irlanda depois da última vitória irlandesa põe 23-12 faz desta negra um caso à parte para os neozelandeses que não estarão dispostos a perder as séries — para mais quando se sentem lesados com a proibição da entrada de Savea no último  jogo na confusão estabelecida entre cartões, primeiras-linhas e formações-ordenadas simuladas (e têm razão porque foi um enorme erro da equipa de arbitragem numa demonstração de que as Leis são confusas e demasiado complexas e não permitem as boas decisões em situações de tensão como é um jogo internacional (analisaremos isso num post seguinte). Do resultado deste jogo dependerá a manutenção da França no 1.º lugar do ranking mundial — vencendo, a Irlanda passará para o 1.º lugar que já não ocupa desde Setembro de 2019.  

No outro jogo que é também uma finalíssima, o África do Sul-Gales, está também a levantar enormes expectativas — os sul-africanos substituíram 11 dos jogadores que foram derrotados no último fim‑de‑semana. Pelo andar da carruagem — isto é, das ditas "guerras psicológicas" que se vão lendo/ouvindo na comunicação social — os sul-africanos terão a obrigação de ganhar enquanto que os galeses terão a possibilidade de vencer  A ver...

Enfim... jogos a não perder — mesmo se só se conseguirem ver um ou dois dias depois.

segunda-feira, 11 de julho de 2022

FRANÇA NO 1º LUGAR DO RANKING



Com um fim‑de‑semana de vitórias, os países do H Norte ocupam — desde que o ranking foi iniciado em Outubro de 2003 — os dois primeiros lugares do ranking com a França, após duas vitórias sobre o 10º Japão mas tirando partido das derrotas de outros e também do final ensaio neozelandês, a ocupar, também pela primeira vez, o 1º lugar do Ranking Mundial da World Rugby. Uma festa Europeia…

Com vitórias surpreendentes como foi o caso da vitória da Irlanda (então no 4º lugar do ranking) sobre os All-Blacks (então no 2º lugar do ranking) ou outra ainda mais surpreendente como aconteceu com a vitória de Gales (então 9º lugar) sobre a África do Sul que, no início do jogo, liderava o ranking mundial, a que se acrescentaram  — embora a pontuação do ranking e o factor casa dissessem o contrário — vitórias mais prováveis da Inglaterra sobre a Austrália e da Escócia sobre a Argentina, o Rugby Europeu aparece a marcar a sua força e a mostrar que o próximo Mundial vai ter nas fases finais um elevado equilíbrio sem vencedores antecipados.

Num dos jogos interesantes deste fim‑de‑semana — até pela permanente polemica sobre quem deve ser a sexta equipa das 6Nações — jogou-se um Geórgia-Itália com vitória por 28-19 para os georgianos…

Também neste fim‑de‑semana se disputaram jogos para a qualificação do Mundial 2023. A Namíbia, derrotando o Kenya por 35-0, qualificou-se directamente para o Grupo A, enquanto que o Kenya disputará a Repescagem onde se espera que Portugal também esteja.

Embora derrotado pela Argentina XV por 52-35 em jogo que não contava para o ranking mundial, Portugal subiu um lugar no ranking, ocupando agora a 19ª posição com os mesmos 65,08 pontos. E mais uma vez desta derrota, embora em jogo disputado com uma superior intensidade em relação aos jogos anteriores, as memórias do habitual: último quarto do jogo sem consistência defensiva ou atacante e sem capacidade física capaz; linhas atrasadas a não atacarem a linha-de-vantagem, permitindo assim que a defesa argentina se adiantasse e tapasse o campo a partir de jogadas de fases ordenadas (uma nota tirada da crítica do NZelândia-Irlanda: “Com Saxton a jogar “na linha”, a defesa dos AllBlacks estava colocada sobre o pé de trás”); a notória incapacidade de organizar a defesa do maul fez-se de novo notar, custando pontos; a terceira-linha, mais uma vez, não constituíu a unidade que se exige, faltando e falhando a sua acção em diversos momentos. E o resultado…pois, são os azares! E que tal analisar, treinar e emendar?

sexta-feira, 8 de julho de 2022

SEGUNDA RONDA DOS JOGOS-TESTES DE JULHO


 Não há previsões para o jogo de Portugal uma vez que o Argentina XV não se encontra qualificado no Ranking da World Rugby, não se tratando, portanto, de um jogo-teste. A equipa do Chile, por não ter participado num dos mundiais de 2015 ou 2019 (como, aliás Portugal) não tem está nomeada na tabela do ranking da Rugby Vision.

Este fim‑de‑semana tem de novo uma série de jogos muito interessantes mas o Geórgia-Itália — pelas discussões que sempre provoca sobre quem deveria estar nas 6Nações — e o Chile-USA — porque se trata de equipas que se batem para estar no Mundial, apurando-se uma delas para a repescagem onde Portugal conta estar — constituem dois jogos em que o resultado será muito importante.

quarta-feira, 6 de julho de 2022

NÃO BENEFICIAR O INFRACTOR, GARANTIR A BOA APLICAÇÃO DAS LEIS

Vídeo apresentado na conferência proferida na reunião do Conselho de Arbitragem
 

É uma evidência que as Seleções Nacionais fazem faltas a mais, quer no Sevens, quer no XV. E como se isto não bastasse há ainda o mau hábito de refilar com o árbitro ou assistentes, desfocando da bola e do movimento dos adversários para deixar intervalos que eles, de imediato, exploram. E estes defeitos resultam do facto da arbitragem nos campos portugueses não ser idêntica à arbitragem internacional — de que resultam óbvios, como se tem visto — não há “penaltis-maul” se não houver penalidades que transportam o jogo para os 5 metros da linha-de-ensaio — prejuízos para os nossos resultados internacionais

É portanto necessário reorganizar a nossa arbitragem e garantir que na Divisão de Honra, nos Sub-19 ou nas equivalentes femininas, não existem formas ou entendimentos diferentes daqueles utilizados no patamar internacional.

A convite da Conselho de Arbitragem, fui fazer, aos árbitros portugueses que entenderam estar presentes no Jamor, uma conferência sobre este tema a que dei o nome de “Arbitrar no Rugby de Rendimento”.

Comecei por lembrar a inserção do Rugby e seus Agentes no Sistema Desportivo, o que representa o Desporto e quais os seus valores e exigências como Compromisso, Responsabilidade, Mérito e Coopetição (mistura dos domínios de Competição e Cooperação que existem no mesmo campo embora não em simultâneo, ex: um jogador compete com os seus companheiros para ter lugar na equipa mas coopera com eles em nome da equipa). 

A Competição exige Equilíbrio — por isso o Desporto se hierarquiza por divisões — e a importância do Árbitro é tal que, sem ele, não há jogo. Sendo a sua importância elevada, deve estar enquadrada numa Ética de Arbitragem que tem os seus domínios, como lembra Michel Lamoulie, formador e treinador internacional de árbitros, na Justiça, Lealdade e Imparcialidade. O que exige que aos árbitros se saibam dar ao Respeito para o que devem responder às Necessidades do Jogo, com Conhecimento do Jogo, Conhecimento das Leis do Jogo, Condição Física e Condição Técnica.

Sendo o “Rugby um desporto colectivo de combate organizado para a conquista do terreno com o propósito de marcar ensaios”, os árbitros devem conhecer as consequências tácticas das suas acções e evitar a todo o custo, as prejudiciais ao desenvolvimento do jogo. Assim devem reconhecer que o jogo — como aliás as próprias Leis do Jogo indicam — tem como objectivo a conquista do terreno, o que tacticamente significa ultrapassar a Linha de Vantagem, para o que precisam de conhecer os Princípios Fundamentais do Jogo — reconhecendo e antecipando os movimentos dos jogadores — quer em Ataque quer em Defesa, saber que, para avançar e utilizar a posse da bola, os potenciais receptores têm que cumprir a trilogia de Correr-Receber-Passar, que a bola tem que ser disponibilzada muito rapidamente (tem-se como limite 3 segundos) e, portanto, que não podem haver atrasos propositadamente ilegais na libertação da bola como não devem ser admitidas quaisquer formas de fora-de-jogo que de imediato limitam opções. E que a acção do árbitro deve, nestes momentos limitar-se a indicar a vantagem para a equipa não infractora e nunca utilizar vozes de comando do tipo “tire as mãos!”, “chegue para trás!” e outras similares que irão beneficiar o infractor, levando-o pelo baixo custo que tem a ilegalidade — sobre este assunto ver o texto que traduzi de Michel Lamoulie aqui — a repetir a falta e, aqui sim, estragar o jogo. No entanto a fala deve ser mantida para, imediatamente após a interrupção do jogo por marcação de falta, explicar e tornar claro o tipo de falta e faltoso assinalados.

Assente e percebidas as necessidades de manter tempo e espaço a arbitragem deve reconhecer — falámos da área de rendimento ou seja, da Divisão de Honra e dos Sub-19 e equivalentes femininas — que nestas áreas competitivas do rendimento não é papel do árbitro nenhuma atitude pedagógica — o facto de haver muitas paragens no jogo é da responsabilidade dos jogadores e dos treinadores. E que, para que diminuam, deveriam realizar-se encontros entre árbitros e treinadores, como aconteceu na Inglaterra de que resultou importante melhoria do jogo interno, obtendo uma linguagem comum para acerto das interpretações das Leis.

Portanto, aos árbitros cabe gerir o jogo que não deve ser mais do que “garantir que ambas as equipas estão protegidas de abusos que as Leis do Jogo não permitem.”, tendo em especial atenção as Situações Críticas como: segurança dos jogadores; placagem — avisando, verbalmente e apenas quando necessário, o seu início para que a segurança e disponibilização da bola sejam realizadas de acordo com as Leis do Jogo; tempo de disponibilização da bola no jogo no chão — causas e consequências desta questão central do rugby moderno; formações ordenadas - 1ª linha; foras-de-jogo; vantagem — que não utrapassse a definição de só ser utilizada quando há benefício real e evidente que surja após infracção da equipa adversária e que deve ser clara e inequívoca e não durar demasiado tempo a ver se “pega” para depois voltar ao local inicial da falta.

De facto a Arbitragem deve ser simples, perceptível e que garanta a equidade às duas equipas em confronto — porque são os jogadores que fazem o jogo e têm o direito de o jogar de acordo com as Leis do Jogo e sem interpretações exteriores à acção-jogo em que estão colectivamente inseridos e empenhados.  Os árbitros não são pedagogos, nem treinadores — são garantes da boa aplicação das Leis do Jogo.


NOTA: LINGUAGEM INCLUSIVA

Todas as referências feitas neste artigo relativas a jogadores, treinadores, árbitros, árbitros assistentes, implicitamente, tanto mulheres homens, não estando explicitado em todos os casos unicamente por simplificação prática.

domingo, 3 de julho de 2022

NÃO CONQUISTAR TERRITÓRIO E VENCER


 Nestes primeiros jogos-teste de Julho apenas um dos jogos  — o África do Sul-Gales — esteve próximo de enorme surpresa. Todos os outros jogos tiveram os vencedores esperados mas o Nova Zelândia-Irlanda foi um jogo notável que merece ser visto por quem gosta de Rugby. De notar também a pesada derrota da Roménia com a Itália — a previsão era de 5 ou 6 pontos de diferença — que, depois do susto que teve com Portugal, alterou a equipa mas, mais do que o poder italiano, foi o mau jogo da Roménia que criou o desastre da diferença de 32 pontos.

Apesar de não ter havido grandes surpresas houve coisas interessantes do ponto de vista táctico. Dois dos jogos tiveram — Japão-França e Nova Zelândia-Irlanda — como vencedores as equipas que menos posse de bola ou de domínio de terreno tiveram. A França teve 42% de posse de bola e 39% de domínio territorial, a Nova Zelândia teve também 42% de posse de bola e 40% de domínio territorial. E venceram…

Se o domínio territorial neste “jogo colectivo de combate organizado para a conquista do terreno com o propósito de marcar ensaios “ é de enorme importância para conseguir chegar à vitória como é que estas equipas ganharam os seus jogos quando o que parece é que foram os seus adversários que fizeram o jogo?

Não é fácil mas, como se viu, pode acontecer. Como? Com uma defesa de excelência, individual e colectiva e com a capacidade dos seus jogadores aproveitarem todas as oportunidades que o jogo ou os adversários lhes proporcionem. Ou seja, através da organização, capacidade de luta, placagens ofensivas e pressão suficiente para ultrapassar a linha-de-vantagem, a equipa não se mostrará vulnerável e raras vezes, deixará que os seus adversários quebrem a sua linha defensiva. E se souberem, cumprindo os princípios do apoio e da continuidade, utilizar as poucas bolas que conquistem ou lhes sejam entregues, a vitória pode, como foi, conseguida.

A França das 160 placagens realizadas só falhou 16 com uma percentagem de sucesso de 90%, conquistando 359 metros (36%) com a marcação de 5 ensaios e a Nova Zelândia das 197 realizadas apenas falhou 16, com, portanto, 92% de sucesso mas conseguindo 54% dos metros conquistados no jogo (409 metros) para marcar 6 ensaios. Não é fácil mas é interessante.

A África do Sul que venceu Gales no último minuto do jogo mas dominou durante todo o tempo a posse da bola com 57% e dominou territorialmente com 60% só fez 81 placagens com 91% de sucesso, obrigando Gales a 145 placagens com 25 falhadas numa taxa de sucesso de 83% e sofrendo ainda 4 cartões amarelos. E  terá sido o modelo de jogo sul-africano, muito repetitivo e com base mais no confronto físico do que em qualquer tipo de criatividade que, apesar do domínio, permitiu que Gales estivesse sempre próximo da vitória.

É claro que com o domínio concedido ou imposto é também preciso a sorte suficiente para que haja más escolhas atacantes ou erros na circulação da bola pelos adversários. 

Mas o essencial, não dominando o território, é que a defesa seja intransponível!

sábado, 2 de julho de 2022

JOGOS-TESTE DE JULHO 2022




 

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