segunda-feira, 16 de junho de 2025

BELENENSES BI-CAMPEÃO

 


NOTA. Por razões que desconheço, desapareceu o post que coloquei aqui após o jogo que determinou o novo título do Belenenses.


Ao derrotar o GD Direito na adiada 6ª jornada do Grupo do título por 47-5 o Belenenses bisou o título nacional e é, pela 10ª vez Campeão Nacional.

Este campeonato iniciado com uma fase de apuramento que envolveu 12 clubes para apurar dois grupos — um do título e outro da descida —de 6 equipas não foi muito interessante e foi muito pouco competitivo. Ao ponto de o Grupo da descida apresentar um Índice de Competitividade de valor superior (2,64) ao do Grupo do título (2,97). — o valor de equilíbrio é de 1 e os valores superiores à unidade são tanto mais fracos competitivamente quanto mais distantes da unidade.

Basta aliás ver a diferença de pontos de classificação para perceber que deste muito cedo havia apenas duas equipas com aceso aos dois primeiros lugares. Veja-se: a diferença de pontos de classificação entre o 2º classificado e o 3º era de 15 pontos; entre o mesmo 2º e o 4º de 22 pontos e  o 4º classificado e o último classificado (6ª) estavam separados por 10 pontos.

O 4º classificado, S. Miguel, terminou com 89 pontos negativos de diferença entre pontos marcados e sofridos. E nas dez jornadas de campeonato houve apenas 3 pontos de Bónus Defensivos e 14 pontos Bónus Ofensivos— o que não ajuda nada na demonstração de jogos equilibrados.

Com um campeonato destes não é possível elevar o nível da prestação competitiva internacional dos jogadores portugueses que jogam em Portugal. E depois são evidentes — porque os portugueses que jogam em França estão habituados a outro nível competitivo — os desequilíbrios que a equipa da Selecção Nacional apresenta e que se podem observar nos jogos internacionais contra equipas que não sejam tão fracas como bélgicas ou holandas.

Na minha opinião e já a expressei por inúmeras vezes, os campeonatos nacionais das duas primeiras divisões deveriam ser realizadas por dois grupos de seis equipas cada um e disputados em três voltas com os jogos da 3ª jornada a serem disputados em casa do clube que tivesse, entre os dois clubes, os melhores resultados de acordo com as normas regulamentares de classificação. Com este modelo haveria maior competitividade e não se perderia tempo com “aberturas” ou “apuramentos” sem qualquer tipo de competitividade. Para que haja um aumento de interesse pelaa competições internas é necessário garantir que as principais competições não tenham a maioria dos seus jogos com vencedores antecipadamente reconhecidos — ganhando assim a capacidade técnica e táctica dos jogadores e das equipas e tornando o campeonatomais atracctivo.

A não alterar este sistema, o rugby português tenderá a baixar o seu nível de maneira significativa. Os números não enganam…

 

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