Na véspera do 2º Teste Austrália-B&I Lions olhemos para o quadro da Comparação de Capacidades demonstrada no 1º Teste.
Com quase o dobro das bolas disponíveis para utilizar, os australianos não conseguiram ser suficientemente eficazes na ultrapassagem da Linha de Vantagem e menos ainda nas Entradas de 22 conseguidas. Apesar de marcarem o mesmo número de ensaios (3) os australianos mostraram-se, perante a melhor defesa britânica — 90% de eficácia — incapazes de utilizarem eficazmente a sua enorme vantagem de bolas utilizáveis. E essa ineficácia é bem definida pelo baixo valor — 46% — obtido no Índice de Eficácia do Uso da Bola
Aliás, alguma coisa estranha se estaria a passar no mental colectivo da equipa que levou grandes nomes rugbísticos como Woodward (treinador campeão mundial da Inglaterra em 2003 e treinador dos B&I Lions de 2005) e o australiano Campese, que dispensa apresentações, a interrogarem-se sobre o que se teria passado na cabeça do capitão australiano, Harry Wilson, para terminar o jogo, aproveitando o vermelho do relógio, com um pontapé para fora num à-vontade perfeitamente deslocado, demostrando uma atitude de entrega com raríssimos — ou nulos — precedentes.
Dada a situação, o jogo de amanhã reune todas as condições para um grande combate — do lado dos australianos porque querem garantir ainda a possibilidade de vencer as séries, enquanto que os britânicos têm a oportunidade de vencer já as séries com um 2-0.
A ver, claro!