domingo, 12 de janeiro de 2025

IN MEMORIAN

Foto que recebi do Alpuim

Faleceu o Manuel Luis Benard Guedes de quem fui treinador no seu clube — o Grupo Desportivo de Direito — e de quem me tornei amigo. A sua ligação ao clube foi tal que realizou, no agora notável complexo desportivo do GDD, um trabalho, enquanto engenheiro civil, de excelência. Pela simpatia e pelas qualidades quer de prioridade ao colectivo, quer profissionais e pela forma com que se relacionava com os companheiros de equipa e treinadores, o seu falecimento é, para todos nós que de alguma forma nos encontrámos ligados ao “Direito”, um momento de enorme tristeza. A nossa memória, individual e colectiva, não deixará esquecer o nosso Benard Guedes.

À sua família, aos seus amigos mais próximos, ao Grupo Desportivo de Direito que lembrará sempre a sua obra, as minhas profundas condolências e os profundos sentimentos de pesar por esta nossa perda.

sábado, 4 de janeiro de 2025

FINAL DA 1ª VOLTA


 Terminou — com 3 jogos para cada equipa de cada Grupo — a 1ª volta da Fase de Apuramento do TOP12 da Divisão de Honra. 

Da análise realizada e embora o baixo número de jogos não permita conclusões significativas, podemos ver que é no Grupo B que está a série mais equilibrada — ou seja: com um global de menos pontos e menos vitórias, os resultados entre as equipas que o constituem são menos previsíveis uma vez que tem o menor valor Noll-Scully embora tenha também o menor valor de Pareto e que significa, pela maior distância aos 80%, um conjunto também desequilibrado (quanto mais próximo o valor fôr de 20%, maior será o desequilíbrio do conjunto). Note-se que o TOP10 2023/24 teve um Noll-Scully de 2,48 para um valor de 1 que significa o equilíbrio.

No entanto o equilíbrio não é suficiente para garantir um nível competitivo que possa preparar os jogadores para os jogos de apuramento do Mundial.

Dez dos dezoito jogos (55%) realizados tiveram resultados com uma diferença de 15 ou mais pontos para os vencedores, chegando a existir resultados — 97-7, 94-12, 64-14 ou 50-0 — inadmissíveis para um principal campeonato de um país que pretende estar presente no próximo Mundial.

Com uma diferença de pontos entre posições classificativas tal — como se pode ver no gráfico seguinte — entre o 1º e 3º lugares e entre o 2º e 3º lugares percebe-se que apenas no Grupo B existe a possibilidade de qualquer das equipas poder chegar aos dois lugares que qualificam para o “seis” da Fase Final. Nos outros Grupos o 1º lugar aparenta estar atribuído e, dadas as diferenças de qualidade das equipas, os 2º lugares devem também estar determinados.

Com o calendário definido, os jogos internacionais decisivos para apuramento para o Mundial e que se realizarão em 2 de Fevereiro - Bélgica - e 9 de Fevereiro - Alemanha - não contarão com jogadores que jogam o campeonato interno em condições de competitividade suficiente para o nível internacional onde vão competir, porque, até lá, não terão, nas três jornadas que jogarão até lá, uma constância de jogos competitivos que lhes sirvam de preparação. O que é um problema e que aumentará com a necessidade de adaptação às novas regras que obrigam a adaptações tácticas que exigem treino e experiência. E não vai ser fácil ultrapassar esta difícil situação que, para que o acesso ao Mundial seja uma realidade, necessita que os treinadores exijam às suas equipas e aos seus jogadores muito treino para melhor adaptação e muita determinação nesta 2ª Volta que hoje começa. Embora preocupado, esperemos para ver.

 

UMA BOA SUBIDA


 

terça-feira, 24 de dezembro de 2024

PAZ!!!


 

sábado, 14 de dezembro de 2024

VALE TUDO?

SOMOS LOBOS DE ONDE? DA SELECÇÃO NACIONAL SÉNIOR DE PORTUGAL OU DE LEIRIA?

Façam um favor senhores Delegados da Assembleia Geral: não deixem que se desfaça aquilo que levou muito tempo a consolidar. Lobos é a marca, já internacionalmente conhecida da Seleção Nacional de Séniores de Portugal. Ponto!!!

Utilizar o nome de Lobos em qualquer outra componente do Rugby português, em vez de ser uma homenagem, é, objectivamente, um aproveitamento abusivo porque pretende aproveitar o prestígio conseguido por outros.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

ATACAR A PRESSÃO DEFENSIVA

O mais interessante deste último jogo da Autumn Nations Series 2024 entre a Irlanda e a Austrália foi a visão estratégica que as duas equipas mostraram para se conseguirem adaptar e ultrapassar a pressão defensiva de cada contrária. Ambos os ataques — realizados pelos mesmos que, na alternância da posse, são defensores — na sua preocupação de avançar colectivamenteas no terreno, recorreram à mesma conceito teórico: usar o grupo portador da bola para fixar defensores que, antes de qualquer paragem, lançavam a bola para uma segunda-linha de ataque entretanto formada. Mas — e esta a curiosidade — fizeram-no com processos diferentes.

Os irlandeses, recorrendo à dobra — opção que Sexton utilizava com grande eficácia — e os australianos, recorrendo a uma mini-unidade em losango. Ou seja: o médio-de-abertura irlandês recebendo e passando de imediato a bola ao 1º centro, corria, enquanto o portador atacava o intervalo para fixar dois defensores, lateralmente e pelas suas costas para receber — obrigando um defensor a deslocar-se para dentro para fechar o intervalo criado — e passar a bola à segunda-linha atacante que, tendo-se formado durante a execução da combinação, jogava com e ao que esperavam, uma superioridade numérica lateral.

De outra forma mas com o mesmo objectivo, os australianos, ao utilizarem uma mini-unidade em losango para fixar o meio-campo adversário, serviam-se do cauda para lançar a segunda-linha atacante que, entretanto se havia formado com o ponta-fechado, defesa, ponta-aberto, um centro e, por dentro, um terceira-linha que vinha em apoio.

Com estas duas formas atacantes e contra duas defesas muto agressivas e que deslizavam muito bem — quando entrava em acção a segunda-linha atacante, os defensores cediam terreno para poderem deslizar e, no mínimo, igualar o número defensores/atacantes — as equipas conseguiram 4 quebras-de-linha cada uma e 77 ultrapassagens da linha-de-vantagem com 273 passes para os irlandeses, enquanto que os australianos conseguiam 62 ultrapassagens com 162 passes. No final, 3 ensaios irlandeses para 1 dos australianos ditava a justiça da vitória. Um excelente espectáculo estratégico-táctico.

Para este fim-de-semana, o sofá — com o início da Champions Cup e com um Toulouse-Ulster no domingo — volta a ser o lugar de preferência dos adeptos da modalidade.

Entretanto e por cá, o Belenenses derrotou Agronomia por 32-29  e venceu a Supertaça num jogo que voltou a mostrar as carências habituais do jogo português — parece bonito mas raramente cumpre os Princípios Fundamentais… 

quinta-feira, 28 de novembro de 2024

ÚLTIMO AUTUMN NATIONS SERIES 2024


 Este último jogo dos Autumn Nations Series 2024 tem a particularidade de poder alterar posições no ranking da World Rugby se a Irlanda perder. Perdendo, será ultrapassada pela Nova Zelândia que subirá de novo ao 2º lugar. No entanto se a derrota acontecer pela diferença final fôr superior a 15 pontos, a Irlanda descerá para a quarta posição, deixando a França no 3º lugar.

No entanto estes cenários não têm um suporte muito forte uma vez que a Austrália não se deu muito bem com o jogo de apoio e movimento dos escoceses, tipo de jogo em que a Irlanda costuma assentar as suas prestações sendo capaz de enorme eficácia. E o prognóstico dá claramente a vitória à Irlanda…

Seja como fôr, o jogo entre estas duas equipas será, com certeza, um jogo tão interessante que valerá a pena o tempo de sofá. A ver!

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