quinta-feira, 14 de agosto de 2025

1ª JORNADA QUATRO NAÇÔES

 


Este fim-de-semana começa o Rugby Championship que, envolvendo as quatro melhores equipas do Sul, podemos designar por Quatro Nações numa comparação nominal com o nosso Seis Nações. Para nossa sorte a SPORTTV irá transmitir todos os jogos desta competição.

Os principais favoritos à vitória final, serão os dois primeiros classificados — África do Sul e Nova Zelândia — do ranking mundial. De qualquer maneira espera-se que, dados os últimos resultados, . — lembre-se que a Argentina venceu os British&Irish Lions bem como a Austrália — que são melhores do que as diferenças classificativas dos valores do ranking e assim os jogos tenham tendência ao equilíbrio.

Como novidade o facto dos australianos terem terminado com os efeitos da “Lei Giteau” — obrigação de um mínimo de 60 internacionalizações e de sete temporadas cumpridas no Super Rugby para poderem jogar fora do país e representá-lo na selecção nacional. Embora devendo, em caso de igualdade de “calibre”, dar prioridade aos jogadores “internos”, o seleccionador, Joe Schmidt, poderá convocar os jogadores que considere como melhores defensores da camisola australiana. O que pode representar uma vantagem uma vez que, dado o facto do rugby de XV não ser no país uma modalidade de grande projecção, existe uma tendência dos jogadores procurarem contratos no estrangeiro. Será curioso perceber como lidará Schmidt — chamará novos jogadores “estrangeirados” ? — com esta nova situação.

Outra da curiosidade destes jogos diz respeito a verificar que “inventona(s)” apresentará desta vez o sul-africano Rassie Erasmus…

Seja como fôr, um sábado de bons jogos para amenizar o calor.




terça-feira, 5 de agosto de 2025

O TRÊS-ZERO FOI-SE


Com a entrada de Nic White — jogador capaz de concentrar em si o foco dos adversários que assim se desligam da bola — e provavelmente com a ajuda da chuva de grande intensidade a que um intervalo de cerca de 40 minutos para salvaguarda de hipóteses de raios que originaram a preocupação quando apareceram a 10 km do estádio. Se a chuva permitiu diminuir a intensidade do jogo, o intervalo de segurança permitiu provavelmente a recuperação física australiana que se mostrou, nos dois jogos anteriores, longe da preparação necessária para jogos deste nível. 

Curiosamente a Austrália, apesar da chuva, foi muito capaz de desistir da colisão e conseguir as manobras essenciais para utilizar mais a bola fazendo 165 passes — os B&ILions fizeram 126  —  para conseguir 67 ultrapassagens da Linha-de-Vantagem contra as 56 dos britânicos mas acabando nas mesmas 4 rupturas da defesa e 8 entradas na Área-de-22. Tudo isso porque as defesas estiveram com grande eficácia com os australianos com 92% de sucesso e 90% por parte dos britânicos, levando a que a maior parte do jogo se desenrolasse na zona do meio-campo e com as poucas entradas conseguidas nas Áreas-de-22. A chuva poderá ter tido muitas culpas…e a possibilidade da terceira vitória cedo terá ficado determinada…


Os Lions venceram a Série de 3 jogos com 2 vitórias. Mas tudo foi muito equilibrado como se pode verificar no gráfico acima onde se mostra que, no somatório de pontos das duas equipas, a diferença é apenas de 1 ponto favorável aos Lions.  Um ponto marcante que mostra a vantagem dos Lions e justiça da sua vitória está na vantagem  conseguida no Índice de Eficácia do Uso da Bola que, no fundo, será o que conta: “quanto melhor utilizares a bola mais eficaz serás” — uma vez que a bola tem que, na maior parte dos casos,  ser transportada até ao interior da Área-de-Ensaio. O conjunto do gráfico mostra que, embora com valores menores nos domínios considerados, os Lions são mais eficazes na sua utilização e daí a sua vantagem final. Para a Austrália, o recurso à colisão em vez de recorrer à manobra como o fez no terceiro jogo, será a maior razão para as duas derrotas.

Por ter atingido, com o seu cotovelo, a cabeça de um adversário, o talonador irlandês e nesse momento a capitanear os Lions, o notável Dan Sheehan foi, posteriormente, penalizado com 4 jogos de castigo. Castigo este que poderá ser reduzido a 3 jogos se Sheehan frequentar com aproveitamento um curso de treinadores…
… e agora, teremos os jogos entre as quatro nações do sul — Nova Zelândia, Austrália, África do Sul, Argentina — para passar o verão.
 






quinta-feira, 31 de julho de 2025

B&I LIONS VENCEM SÉRIES


 Um excelente jogo este 2º teste que entregou as Séries, com duas vitórias ao “melhor de três”, aos B&I LIONS.

A Austrália não se mostrou capaz de, apesar do maior número de bolas para utilizar e do maior número de ultrapassagens da Linha de Vantagem, de romper a defesa dos Lions que com 140 placagens foi garantindo a vantagem de 2 ensaios com 5 marcados contra 3 sofridos.

E foi nesta diferença de ensaios que surgiram os “casos do jogo”. 

No 1º ensaio dos Lions, o talonador britânico Dan Sheenam que, numa penalidade jogou rápido e atirou-se em mergulho para dentro da área de 22. Como não é permitido que o portador da bola salte por cima de um jogador para evitar uma placagem, as contestações australianas surgiram com o esquecimento que se existe a Lei 9.11 que não permite “pular por cima ou sobre um placador” também e para o caso em apreço, existe o Esclarecimento 3-2022 em referência à Lei 9.  que determina que um jogador portador da bola pode “saltar” para a “área-de-ensaio” e marcar ensaio. Naturalmente e neste caso específico o jogador que vai no ar, pode ser placado.

Sheenam, no ar, vai fazer um toque correcto, pressionando a bola no solo da “área-de-ensaio” 

O único galês, Jac Morgan, presente na equipa dos B&I Lions realizou, em cima do último minuto do jogo, a acção decisiva que garantiu a vitória britânica na Série. Morgan fez recuar o corpo do adversário, Tizzano, que se preparava para recuperar a bola que se encontrava no chão na sequência de uma placagem. Ao fazer recuar o adversário, Morgan permitiu a conquista da bola pela sua equipa que movimentando-a, permitiu ao defesa britânico Hugo Keenan marcar o ensaio que transformou o resultado de 24-26 para 29-26. E também aqui os australianos contestaram a validade do ensaio. 


Dada a reviravolta no resultado em cima dos 80 minutos, os australianos no banco e no campo, consideram ter havido falta e tentaram que o ensaio fosse anulado. O árbitro, o italiano Andrea Piardi, consultou o TMO e considerou que não tinha havido qualquer falta — a fotografia mostra, com a inclinação do corpo do australiano Tizzano e a posição do tronco e Morgan, precisamente isso — e que o ensaio era válido.

Nesta sua decisão, Piardi foi acompanhado pelos ex-árbitros internacionais Wayne Barnes na sua coluna do Daily Telegraph e Rob Debney no Sunday Times a que se veio juntar o Mestre Nigel Owen que considerou que a acção de Morgan foi “perfeita” e “clássica”.

E agora temos um jogo, no próximo sábado, que  promete e que mais do que em outras alturas nenhuma das equipas quererá perder. E nós também não!


sexta-feira, 25 de julho de 2025

PRIMEIRO TESTE B&I LIONS


Na véspera do 2º Teste Austrália-B&I Lions olhemos para o quadro da Comparação de Capacidades demonstrada no 1º Teste.

Com quase o dobro das bolas disponíveis para utilizar, os australianos não conseguiram ser suficientemente eficazes na ultrapassagem da Linha de Vantagem e menos ainda nas Entradas de 22 conseguidas. Apesar de marcarem o mesmo número de ensaios (3) os australianos mostraram-se, perante a melhor defesa britânica — 90% de eficácia — incapazes de utilizarem eficazmente a sua enorme vantagem de bolas utilizáveis. E essa ineficácia é bem definida pelo baixo valor — 46% — obtido no Índice de Eficácia do Uso da Bola

Aliás, alguma coisa estranha se estaria a passar no mental colectivo da equipa que levou grandes nomes rugbísticos como Woodward (treinador campeão mundial da Inglaterra em 2003 e treinador dos B&I Lions de 2005) e  o australiano Campese, que dispensa apresentações,  a interrogarem-se sobre o que se teria passado na cabeça do capitão australiano, Harry Wilson, para terminar o jogo, aproveitando o vermelho do relógio, com um pontapé para fora num à-vontade perfeitamente deslocado, demostrando uma atitude de entrega com raríssimos — ou nulos — precedentes.

Dada a situação, o jogo de amanhã reune todas as condições para um grande combate — do lado dos australianos porque querem garantir ainda a possibilidade de vencer as séries, enquanto que os britânicos têm a oportunidade de vencer já as séries com um 2-0. 

A ver, claro!

terça-feira, 22 de julho de 2025

NZELÂNDIA-FRANÇA. ANÁLISE


 Este terceiro e último jogo da digressão francesa à Nova Zelândia teve, como os outros dois, a derrota francesa como resultado final. Apesar de se encontrar a vencer ao intervalo por 19-17, o XV da França — que não pôde contar com uma grande parte dos seus habituais titulares por não poderem ultrapassar as 2000 horas de jogo sem parar para recuperar — não conseguiu, apesar do espantoso número de 270 placagens (os AB só fizeram, comparativamente, 111),  aguentar a maior capacidade de movimento e conquista dos All-Blacks. 

Com 180 bolas conquistadas e utilizáveis, os neozelandeses ultrapassaram a Linha de Vantagem por 120 vezes, entraram na área de 22 por 22 vezes e marcaram 4 ensaios, contra apenas 1 francês — que, aliás, não marcou um único ponto na 2ª parte. 

É claro que em França a contrariedade é enorme — o que fomos lá fazer? que raio de equipa é esta? — mas houve coisas boas desta equipa muito jovem e inexperiente. Com a demonstração defensiva realizada e que impediu, em cima da linha, a marcação de 4 ensaios — como resultado de uma técnica treinada durante a semana pelo conjunto Edwards (defesa) e Servat (colisões) e que se baseava em placar tão alto quanto possível e em deixar-se empurrar para conseguir colocar o corpo entre a relva e a bola — luta greco-romana, dizem. 

Diga-se também que, ao contrário dos que nos habituaram, os AllBlacks recorreram muito mais à colisão do que à manobra, facilitando a vida à previsão francesa que, assim, evitando os tais quatro ensaios e, apesar da derrota, tendo conseguido conquistar aos neozelandeses o Índice de Eficácia do Uso da Bola (IEUB). O que mostra que, apesar de tudo, esta equipa tem potencialidades e muitos destes jogadores estarão presentes no Mundial da Austrália.

segunda-feira, 21 de julho de 2025

SEM SURPRESAS


 Os B&I Lions venceram a Austrália por 27-19 (3E,3T,2P/3E,2T) no primeiro jogo-teste da digressão quadrienal da  equipa europeia. Num jogo com 342 placagens e 333 passes que permitiram 153 ultrapassagens da Linha de Vantagem e que vale a pena telever.

A África do Sul é, ao derrotar a Nova Zelândia por 23-15, campeã mundial de Sub-20 2025.

Neste 21 de Julho a World Rugby encerrou o seu Ranking Mundial da época 2024/2025. Portugal está em 18º lugar com 66,44 pontos tendo à sua frente a Geórgia no 11º lugar e com 74,69 pontos e ainda a Espanha (15º, 69,12), USA (16º, 68,45), Uruguai (17º, 67,52). Atrás de si estão, entre muitos outros, Tonga (19º,65,46), Chile (20º, 63,83), Roménia (21º, 62,67), Bélgica (22º,61,20), Canadá (25º, 57,75), Países Baixos (26º, 57,01), Brasil (28ª, 55,90); Suiça (29º, 55,26), Polónia (30º, 54,06), Suécia (31º, 52,93), Chéquia (33º, 50,89), Alemanha (34º, 50,37)…

sexta-feira, 18 de julho de 2025


 Enorme expectativa neste terceiro Nova Zelândia-França — com duas vitórias dos All-Blacks, os franceses vão apostar tudo na hipótese de vitória para não voltarem de mãos a abanar.

 Para além destes jogos que encerram os Jogos-Teste de Julho 2025, haverá ainda o primeiro dos testes Autrália/B&I Lions. SportTV, 11h00 deste sábado, 19 de Julho. A não perder.

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