terça-feira, 22 de julho de 2025

NZELÂNDIA-FRANÇA. ANÁLISE


 Este terceiro e último jogo da digressão francesa à Nova Zelândia teve, como os outros dois, a derrota francesa como resultado final. Apesar de se encontrar a vencer ao intervalo por 19-17, o XV da França — que não pôde contar com uma grande parte dos seus habituais titulares por não poderem ultrapassar as 2000 horas de jogo sem parar para recuperar — não conseguiu, apesar do espantoso número de 270 placagens (os AB só fizeram, comparativamente, 111),  aguentar a maior capacidade de movimento e conquista dos All-Blacks. 

Com 180 bolas conquistadas e utilizáveis, os neozelandeses ultrapassaram a Linha de Vantagem por 120 vezes, entraram na área de 22 por 22 vezes e marcaram 4 ensaios, contra apenas 1 francês — que, aliás, não marcou um único ponto na 2ª parte. 

É claro que em França a contrariedade é enorme — o que fomos lá fazer? que raio de equipa é esta? — mas houve coisas boas desta equipa muito jovem e inexperiente. Com a demonstração defensiva realizada e que impediu, em cima da linha, a marcação de 4 ensaios — como resultado de uma técnica treinada durante a semana pelo conjunto Edwards (defesa) e Servat (colisões) e que se baseava em placar tão alto quanto possível e em deixar-se empurrar para conseguir colocar o corpo entre a relva e a bola — luta greco-romana, dizem. 

Diga-se também que, ao contrário dos que nos habituaram, os AllBlacks recorreram muito mais à colisão do que à manobra, facilitando a vida à previsão francesa que, assim, evitando os tais quatro ensaios e, apesar da derrota, tendo conseguido conquistar aos neozelandeses o Índice de Eficácia do Uso da Bola (IEUB). O que mostra que, apesar de tudo, esta equipa tem potencialidades e muitos destes jogadores estarão presentes no Mundial da Austrália.

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