terça-feira, 10 de outubro de 2017

FEDERAÇÃO vs. SPORT CLUB DO PORTO

Como muitos dos membros da comunidade rugbística portuguesa também eu tive acesso aos mails trocados entre o Sport Clube do Porto e a Federação Portuguesa de Rugby.
Do lado do Sport pude ler sobre a sua indignada exigência por não ter sido consultado em questões desportivas que lhe diriam directamente respeito e, como resposta e do lado da Federação, um documento indigno de uma instituição de utilidade pública desportiva. De facto, não respondendo a nada a Federação fez - mesmo que a responsabilidade directa seja do seu Presidente - aquilo que não deve: responder com comentários insidiosos e desadequados, fazendo passar por razão dixotes mascarados de palavras de libra.
O Sport Clube do Porto nasceu em 1904, tem 32 modalidades activas com 4.531 atletas e 8.267 associados, com 2 atletas olímpicas (Londres 2012, Zoe Lima; Rio de Janeiro 2016, Filipa Martins na Ginástica) e 3 internacionais da equipa feminina de Rugby de Sevens de Portugal- Daniela Correia, Catarina Ribeiro, Elsa Santos - para além de ter sido um dos clubes iniciadores do Rugby na cidade do Porto - foi campeão do Porto em 1931. É, portanto, um clube com uma longa história de serviços distintos prestados ao Desporto - dos diversos galardões é um dos poucos clubes a quem foi atribuído o Troféu Olímpico.
O Sport Club do Porto  foi o meu primeiro clube desportivo - miúdo ainda ia aos jogos de Andebol de 11, no campo da Bela Vista, ver o meu pai jogar com a companhia - íamos no mesmo carro - do Bé Costa Pereira, antigo jogador de Rugby do CDUP, que também ia ver o seu pai (o notável Zé Manel) jogar. Sou Padrinho, convidado pelo Nuno Gramaxo, do Rugby do Sport Club do Porto e tenho, naturalmente, uma muito particular estima pelo clube.
Ao ler a resposta federativa fiquei - para além de muito mal impressionado com o desnorte - profundamente chocado e sentido: uma Federação não trata - não pode tratar - desta forma desabrida e mal educada um clube que é seu filiado…

 … porque não são termos nem processos que, na obrigação de valorizar o Desporto, se usem!   

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