Sporting no feminino a atacar as Pink Rockets |
Pouco sei ainda do jogo para além do resultado e da muita chuva, mas percebo que um resultado destes - ponto de bónus defensivo - entre uma equipa que tem a sua maior experiência nos "sevens" e outra que joga XV e que foi vice-campeã de França Federal Feminina em 2016 é bom e demonstrou em campo aquilo que percebi nos treinos: as jogadoras do Sporting têm um notável espírito de lutadoras - autênticas Leoas - e apresentam uma notável atitude e coesão colectivas - o elevado nível de comunicação que utilizam é bem prova disso.
As dificuldades são ainda muitas - não é nada fácil passar do Sevens ao XV principalmente sem competição interna - e o próprio Arthur Gomes o constatou: "Isto é uma equipa de 7 a jogar XV..."
A convite do Rafael Lucas Pereira e do Nuno Mourão, treinador, participei na preparação deste jogo ajudando na área da formação ordenada. A passagem de FO de 3 para 8 traz novos problemas e obriga a novas aprendizagens, exigindo muitas horas de trabalho e a experiência de jogos. Embora as horas fossem curtas e a falta de jogos uma realidade, o excelente espírito de entrega, de vontade de absorção de conhecimentos, de gosto pelo jogo, tornaram a minha experiência no campo muito interessante, compensadora e, espero, útil.
Pelo menos pelo resultado conseguido, as perspectivas para a Taça Ibérica estão num bom patamar. O que aumentará o entusiasmo das jogadoras e, pelo desafio que representa, trará a continuidade da evolução.
Estou com enorme curiosidade de ver o filme do jogo de Paris.