Tecnicamente os jogos aproximam-se do melhor nível: em quatro jogos a média de formações-ordenadas foi de 7,5 ( 6+9+10+5) com qualquer jogo abaixo do número habitual e com a curiosidade da primeira formação entre Chiefs e Blues ter acontecido apenas aos 25’ da primeira parte. O número de ensaios foi de 19 (5+6+2+6) para alegria dos milhares de espectadores que, encontrando-se a Nova Zelândia na fase I da pandemia, já puderam assistir aos jogos ao vivo. Como curiosidade o facto de os quatro jogos terem sido vencidos pelas equipas que tiveram menor posse de bola e menor domínio territorial. Como facto estranho — talvez que os ataques ainda não consigam desenvolver-se com a velocidade suficiente para não permitirem a desmultiplicação defensiva, o facto de as equipas derrotadas, com excepção dos Crusaders, terem conseguido um maior número de ultrapassagens da linha-de-vantagem.
A maior dificuldade das equipas mostrou-se na adaptação ao rigor das arbitragens que receberam instruções para não facilitar nas situações de breakdown e de foras-de-jogo. E aí sim, houve um número exagerado de penalidades mas foi visível o facto de que, logo que este rigor esteja assimilado pelos jogadores, que o jogo vai ser mais fluído e por isso mais interessante. De facto a forma como os árbitros deixavam subir as defesas em nítidas posições de fora-de-jogo, não permitia desenvolver o jogo atacante — e já deu para perceber a diferença...
No jogo de ontem entre os Hurricanes e os Blues choveu o suficiente para dar cabo de qualquer jogo — não se notou, os passes tinham quase a qualidade habitual embora daí tivesse resultado um maior número de adiantados de todos os jogos das duas jornadas.
O obrigatório jejum começa a estar, com estes jogos, minorado e o prazer de ver bem jogar tem sido enorme.Pena é que a SportTV apenas transmita um jogo por semana, o de sábado — o que significará que apenas veremos os Crusaders daqui a quinze dias...