sexta-feira, 30 de agosto de 2024

TERCEIRA JORNADA DO RUGBY CHAMPIONSHIP


A 3ª jornada do Rugby Championship traz-nos um jogo que está a levantar enormes expectativas: África do Sul contra a Nova Zelândia no estádio Emirates Airline Park (novo nome do conhecido Ellis Park Stadium de Johannesburg). A capacidade competitiva dos Springboks está demonstrada e, para os contrariar, os AllBlacks apresentam uma forte equipa com o retorno de Scott Barrett que volta ao posto de capitão e recompõe o trio dos irmãos Barrett que têm a experiência de um total de 262 internacionalizações. Jogo a não perder seja em directo, seja em deferido. Para além do espectáculo, muito se pode aprender estratégica, técnica e tacticamente.
Se houver vitória AllBlack — espera-se, com a retirada do treinador Mac Donald com base no desacerto de modelo de jogo com Robertson uma maior coordenação no movimento e nas decisões colectivas — e se for superior — ao contrário da previsão estabelecida na tabela acima — a 15 pontos de diferença, os neozelandeses, com a conquista de 2,61 pontos, ultrapassarão os sul-africanos e entregarão o 1º lugar do ranking World Rugby à Irlanda que manterá os seus 92,12 pontos.
No que diz respeito ao outro jogo entre argentinos e australianos a vitória da Austrália constituiria uma enorme surpresa e, por maior que seja a esperança, não deve acontecer. Até porque a equipa que os Pumas vão apresentar é bastante forte com três substituições com a entrada de Joel Sclavi, Franco Molina, Marcos Kremer a que se junta  Agustin Crevy que, com 109 internacionalizações, fará  — em La Plata, sua terra natal — o seu último jogo internacional, começando o jogo no banco, fazendo parte dos 23 jogadores que formam a equipa dos Pumas.

domingo, 18 de agosto de 2024

AÍ ESTÃO DE VOLTA OS ALL-BLACKS


A fortaleza do Eden Park fez as suas exigências — “Aqui não se perde!”— e os jogadores,  reconheceram a importância da frase de Billie Jean King — “A pressão é um privilégio” —  que se encontra no Arthur Ashe Stadium de New York e conseguiram entrar na Zona onde a alta qualidade da sua formação e preparação, vindo à flor da pele, torna a equipa uma máquina oleada com losangos construídos em permanência para cada momento de encontro decisório e onde os passes saem com uma naturalidade notável, as recepções se fazem com facilidade, o jogo-ao-pé transforma-se numa permanente dor de cabeça para adversários e o todo a sobrepôr-se ao cada um que veste a camisola preta, possibilitando a compreensão colectiva global e imediata. E chovia…

E assim, a derrota da semana passada transforma-se num vitorioso 6-1 de ensaios (42-20 com 35-3 ao intervalo). E aqueles que faziam já a cama a Robertson, o ganhador constante do rugby neozelandês com os Crusaders, terão que esperar por outros tempos. Como especial curiosidade: de que terão falado entre eles todos e que tipo de treino terão feito nesta semana preparatória que os levou à mudança da noite para o dia? Vale a pena reflectir nesta mudança e tentar perceber o seu processo.

No outro jogo não houve surpresas e deu-se a vitória mais do que esperada: África do Sul, 30 - Austrália, 12 com um 4/0 de ensaios. 

A classificação é comandada pelos sul-africanos que, para serem alcançados, exigem — no próximo 31 de Agosto — a vitória dos All-Blacks, em Johannesburg no antigo Ellis Park Stadium e agora chamado de Emirates Airlines Park, com um ponto de bónus ofensivo. Tarefa muito difícil para um jogo a não perder e que se espera de grande categoria. 


sexta-feira, 16 de agosto de 2024

SEGUNDA JORNADA RUGBY CHAMPIONSHIP


 Os All-Blacks têm — por obrigação para com os seus adeptos — de rectificar a derrota da semana passada num jogo em que os neo-zelandeses cometeram muitos e pouco habituais erros e ainda deram uma demonstração de indisciplina que permitiu boas penalidades aos argentinos. Com necessidade da vitória, o jogo está a levantar enormes expectativas e vê-lo neste fim‑de‑semana será um objectivo dos apaixonados da modalidade.

Apesar de substituir 11 dos jogadores da equipa do último fim‑de‑semana  — os que entram jogaram contra Portugal — a África do Sul não deve ter muitos problemas para conseguir a vitória. Por um lado por que está a jogar muito bem num tipo de jogo mais interessante e mais próximo do jogo-de-movimento e, por outro, porque a baixa da Austrália não teve ainda tempo para se recompôr. No entanto, sendo a Austrália herdeira de um rugby de alto nível, poderá superar-se e ser ela a provocar uma surpresa, mas os adeptos dão 86% de hipóteses de vitória aos sul-africanos.

segunda-feira, 12 de agosto de 2024

SURPRESA ARGENTINA

 Neste início do Rugby Championship a grande surpresa foi a vitória (38-30) da Argentina sobre a Nova Zelândia — o ressentimento dos adeptos (as previsões garantiam 83% de hipóteses de vitória dos All-Blacks) só pode ter a sua importância reduzida na visão das 3 medalhas de ouro conquistadas nos Jogos de Paris pela canoísta Lisa Carrington a juntar às cinco já conquistadas em anteriores olimpíadas.

Ao intervalo, os All Blacks venciam por 20-15 mas logo no início da 2ª parte os Pumas chegaram ao empate e coseguiram manter-se suficientemente próximo do resultado para, aos 58’passarem para a frente do rsultado. Curiosamente não há — de acordo com as estatísticas do jogo e com excepção das formações-ordenadas (houve 4 no jogo e todas com introdução e conquista dos Pumas) não houve superioridade suficiente para explicar a vantagem final. E a conclusão só pode ser uma: indisciplina e falta de rigor técnico permitiram a superioridade argentina.


O jogo entre a Austrália e a África do Sul não teve história — 5 ensaios contra apenas um australiano.— tal foi a superioridade na eficácia da utilização dos Springboks.

No final da semana haverá repetição dos jogos e as expectativas fervem…

sexta-feira, 2 de agosto de 2024

BLACKS FERNS REPETEM OURO

Haka vitorioso das Black Ferns

As Black Ferns venceram, ao derrotar as surpreendentes canadianas por 19-12, os Jogos Olímpicos de Paris repetindo o título de Tóquio 2021 e conquistando o Ouro pela segunda vez consecutiva. 

Chegando empatadas 12-12 ao intervalo, as canadianas obrigaram as neozelandesas ao seu melhor para garantirem, na 2ª parte, a sua superioridade. Interessante jogo com momentos de muita boa qualidade. Parabéns Black Ferns, parabéns Nova Zelândia.

Quem não merece quaisquer parabéns é a Eurosport que descriminou de forma absurda e sem critério o Sevens Feminino dando-nos apenas acesso a 1 dos 34 jogos — a final — que constavam do Torneio Olímpico de Sevens Feminino. E o mínimo seriam os quatro jogos das meias-finais e mais os outros dois que definem as principais classificações (embora como até ao 8º classificado existem Diplomas Olímpicos não seria mau que pudessemos ter visto todos os jogos em que estavam prémios em disputa). Por essa decisão não tivemos acesso ao super-momento do jogo da meia-final entre a Austrália e os Estados Unidos e em que, a 95 metros da área-de-ensaio das australianas e a 10 segundos do fim do jogo, uma americana, Alex Sedric, captou a bola e correu o campo inteiro para garantir a vitória résvés (14-12) com a marcação do ensaio, gastanto todo o tempo de jogo e tendo ainda direito à respectiva transformação em frente aos postes para garantir a vitória da sua equipa e conseguir para os USA a medalha de bronze dos Jogos.

E este momento formidável foi-nos cortado por uma visão distorcida do Desporto: as Senhoras que jogam Rugby Sevens  não são umas meninas incapazes que nada sabem do jogo. Pelo contrário, sabem jogar e as suas prestações competitivas são muito interessantes (vi — por pouco tempo mas numa constância de propostas — jogos de futebol de Sub-24, a categoria olímpica do Paris 2024, de muito pouco interesse ou nível. Mas estavam lá, a ocupar um canal, o dia inteiro…). Não percebo a decisão tomada e não gostei dela!



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