A fortaleza do Eden Park fez as suas exigências — “Aqui não se perde!”— e os jogadores, reconheceram a importância da frase de Billie Jean King — “A pressão é um privilégio” — que se encontra no Arthur Ashe Stadium de New York e conseguiram entrar na Zona onde a alta qualidade da sua formação e preparação, vindo à flor da pele, torna a equipa uma máquina oleada com losangos construídos em permanência para cada momento de encontro decisório e onde os passes saem com uma naturalidade notável, as recepções se fazem com facilidade, o jogo-ao-pé transforma-se numa permanente dor de cabeça para adversários e o todo a sobrepôr-se ao cada um que veste a camisola preta, possibilitando a compreensão colectiva global e imediata. E chovia…
E assim, a derrota da semana passada transforma-se num vitorioso 6-1 de ensaios (42-20 com 35-3 ao intervalo). E aqueles que faziam já a cama a Robertson, o ganhador constante do rugby neozelandês com os Crusaders, terão que esperar por outros tempos. Como especial curiosidade: de que terão falado entre eles todos e que tipo de treino terão feito nesta semana preparatória que os levou à mudança da noite para o dia? Vale a pena reflectir nesta mudança e tentar perceber o seu processo.
No outro jogo não houve surpresas e deu-se a vitória mais do que esperada: África do Sul, 30 - Austrália, 12 com um 4/0 de ensaios.
A classificação é comandada pelos sul-africanos que, para serem alcançados, exigem — no próximo 31 de Agosto — a vitória dos All-Blacks, em Johannesburg no antigo Ellis Park Stadium e agora chamado de Emirates Airlines Park, com um ponto de bónus ofensivo. Tarefa muito difícil para um jogo a não perder e que se espera de grande categoria.