O jogo de abertura deste Autumn Nations Series foi muito bom. Para além dos dez minutos finais de cortar a respiração teve excelentes jogadas com adaptações de grande nível dos diferentes companheiros de equipa. Mas acima de todos fica a super-combinação do Beauden Barret com Wiil Jordan para o 2º ensaio dos AllBlacks — um tratado com Bauden Barret colocado do lado direito do breakdown que depois da bola conquistada se lançou para a esquerda com a perfeita compreensão do seu médio-de-formação e numa corrida em diagonal, teve a corrida de Jordan numa diagonal contrária para a realização de um cruzamento que lançou o defesa num intervalo que lhe permitiu parar apenas na área-de-ensaio. Uma obra prima de boa percepção, adaptação e nível técnico para além da alta velocidade a que tudo foi feito. O colectivismo acima de cada indivíduo. A ver mais vezes… se bem analisado, aprende-se muito.
No entanto e apesar de boas manobras a terminar em ensaios também houve erros só aceitáveis pela intensidade que as duas equipas puseram no encontro. A disciplina, ao fazerem 11 penalidades de que resultaram 15 pontos adversários, não foi a melhor das armas dos neozelandeses. Mas a capacidade técnica e táctica dos seus jogadores permitiu-lhes a “compensação” de 3 ensaios transformados para conseguirem a vitória — graças aos falhanços finais de Ford, diga-se e que terá tido, provalmente, uma boa ajuda na substituição de Marcus Smith — no que talvez tenha sido a pior decisão do treinador da Inglaterra, Steve Borthwick.
Embora derrotada em cima do final, a Inglaterra mostrou que está no bom caminho, de acordo, aliás, com o excelente campeonato interno que temos visto. Ao que parece o jogo de colisões permanentes sem capacidade de movimento e sem o apoio de contiuidade, acabou. A Inglaterra de hoje é outra. Mais interessante e mais competitiva internacionalmente.
O segundo jogo do dia mostrou o que se esperava: uma total superioridade finalizadora dos escoceses mas com menos domínio que o resultado deixaria adivinhar com os seus 8 ensaios marcados com 7 transformados ao conseguirem apenas 50% de posse de bola e 43% de conquista territorial. Mas a eficácia objectiva funcionou… e o resultado prova-o