sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

JOGOS DO PASSADO FIM-DE-SEMANA

 Os Lusitanos jogaram, na 5ª jornada da Rugby Europe Super Cup, contra os Iberians de Espanha e, como se esperava, perderam. E mais uma vez perderam porque — embora a equipa espanhola não fosse nenhuma super-equipa, bem longe disso — continuam a mostrar-se incapazes de jogar contra equipas que sejam capazes de pressionar e de jogar a um nível de intensidade que os jogadores portugueses desconhecem por frequentarem campeonatos demasiado adormecidos quer por falta de equilíbrio competitivo quer por falta de conhecimentos táctico-estratégico do jogo. E não vale a pena dizer-se que não jogaram assim tão mal porque…etc. e tal. O facto foi que foram derrotados por  4-1 no número de ensaios para um 26-13 final, mostrando-se incapazes de utilizar eficazmente as bolas conquistadas, mostrando mais uma vez os erros habituais: idas ao chão como sistema, pouca manobra e demasiada procura da colisão, incapacidade de ataque aos intervalos, apoio pouco adaptado às situações reais com que se confrontam, jogo-ao-pé pouco agressivo e mais uns quantos pontos que não denotam eficácia num jogo colectivo de combate. O porquê? a desequilibrada organização competitiva onde jogam. E se não alterarem este factor o nosso crescimento será nulo…

Nas provas europeias entre clubes e para além de aí se poderem ver e perceber a excelência do uso da bola e das decisões, vale a pena chamar a atenção para dois aspectos. O primeiro deles será a derrota do Toulouse contra os escoceses do Glasgow que, perdendo ao intervalo por 21-0 com 3 ensaios sofridos, conseguiram virar o jogo e marcar 4 ensaios para vencer por 28-21. E esta composição de resultado com os escoceses a não marcarem pontos na 1ª parte e os franceses a não conseguirem marcar qualquer ponto na 2ª, deveu-se a quê? Ao vento! Que impôs a predominância de quem o teve pelas costas, impedindo os que o tiveram pela frente de conquistar território como se pode ver pelo valor percentual do domínio do território, com 71% para o Toulouse com o vento pelas costas a que respondeu o Glasgow com 68% na 2ª parte com valores praticamente idênticos na distribuição da posse da bola. E este resultado chama de novo à ribalta uma velha lei estratégica do confronto rugbístico: “entre duas equipas competitivamente equilibradas a escolha de jogar contra o vento na 1ª parte, tende a definir o vencedor” E a escolha pertenceu ao capitão do Glasgow…

Outro aspecto que nos deve fazer pensar sobre a nossa organização competitiva e a metodologia da formação é o facto dos georgianos dos Black Lions — equipa que se tem mostrado sempre superior aos nossos Lusitanos — terem sido derrotados por 52-0 pelos irlandeses do Connacht na Challenge Cup.. Repare-se: uma equipa com a qual temos enorme dificuldade numa comparação equilibrada não é capaz de marcar qualquer ponto e sofre uma meia centena deles. O que significa um enorme atraso competitivo para quem se diz interessado num lugar do 6 Nações. E nós, o que valemos?! Enfim…

Por cá e no mesmo dia do jogo da Rugby Europe Super Cup disputou-se a 3ª jornada do nosso Top12.

organizando-se a classificação geral da forma que segue.

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