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| SL Benfica, GDS Cascais e GD Direito, a duas jornadas do fim da fase de apuramento, já se encontram apurados para o grupo principal da fase final. |
Lá continua a nossa fase de apuramento com os resultados que demonstram a sua falta de competitividade — que o mesmo que é dizer “com a sua falta de interesse - demasiados jogos têm vencedor antecipado”—e que não tem vantagens nenhumas nem para vencedores, nem para vencidos. E isto, como organização fundamental de um federação que gere uma modalidade que estará, de novo, presente num Campeonato do Mundo, é erro grave!
E continuamos a comportarmo-nos de uma forma profundamente amadora — “na desportiva” como se diz para afastar responsabilidades — como se pode ver por exemplo recente.
No jogo CDUL-CDUP as equipas entraram em campo com as suas cores habituais — azul-escuro no CDUL, verde-escuro no CDUP — que não permitiam a distinção entre jogadores. Embora com anuência do árbitro que chegou a referir que estava disposto a realizar assim o jogo, alguém, na linha lateral, chamava o árbitro e exigia a mudança de equipamento enquanto uma outra voz informava que, de acordo com o Regulamento, seria a equipa da casa, o visitado, a alterar o seu equipamento. O que sendo verdade representa um erro regulamentar sem nexo e que pertence ao tempo amadorístico — a equipa da casa terá maior facilidade de acesso a outros equipamentos como se não houvesse organização que permita saber de cor e salteado as cores (pelo menos) dos equipamentos principais e secundários de cada equipa que disputa o campeonato principal de uma federação que tem a sua principal selecção qualificada para disputar o próximo Mundial. Valeu na situação o facto da camisola do CDUP ser de duas faces e, invertendo-a, passando as cores das equipas a diferenciarem-se pelo habitual azul cdulista e um branco do CDUP. A alteração foi feita num instante, sem quaisquer discussões, tendo esta mudança sido feita do lado do visitante e que teve, também como alguém explicou, por base o facto de, quando no jogo do Porto na 1ª volta, ter sido o CDUL, visitante, a alterar o seu equipamento. Cumpriu-se assim a regra universal que impõe que todas as modalidades no nível do alto-rendimento, nomeadamente o rugby no Regulamento 15.18 da World Rugby, exijam a mudança do equipamento à equipa visitante em caso de conflito. O que está certíssimo porque se o factor casa é considerado uma vantagem, ela consiste, não pelo conhecimento dos buracos do terreno-de-jogo mas pelo facto de ter, normalmente, um maior número de adeptos apoiantes que QUEREM! ver a sua equipa com as SUAS cores, aquelas que eles levam no coração — a emoção faz parte do espectáculo desportivo e sem espectadores o desporto de alto-rendimento não existe... E é este direito elementar que OBRIGA a que seja a equipa VISITANTE a mudar as cores do equipamento. Pergunta-se então: sendo assim e sendo uma postura universal, porque é que a Federação Portuguesa de Rugby, mantém a versão desajustada e não altera o seu Regulamento Geral de Competições (art.º 75º)? Quando o fará? Porque espera?
Mas não é esta a única situação de incompetente amadorismo. Na apresentação semanal dos resultados da Divisão de Honra/ TOP12, NUNCA é apresentada a decomposição dos resultados. No rugby o valor final do resultado pouco representa para um elementar conhecimento do que se terá passado no jogo — o resultado foi construído através de ensaios ou por pontapés-de-penalidade? Saber se há ou não pontos-de-bónus que têm influência directa na classificação-geral é fundamental para dar ao adepto da modalidade uma ideia da classificação - que aliás deveria também surgir. De outra forma não se faz aproximar os adeptos. Mesmo saber o número de ensaios marcados, transformações realizadas, penalidades convertidas ou ressaltos conseguidos permite perceber a razão dos desempates classificativos que existam — se o primeiro elemento de desempate são as vitórias, o segundo é a diferença de pontos marcados/sofridos pontos, o terceiro e o quarto já tratam dos ensaios marcados no primeiro caso e a diferença de marcados/sofridos, no segundo caso. Ou seja, a apresentação da decomposição dosresultados é, no rugby, um factor decisivo — no mínimo dos mínimos definir pontos-de-bónus.
Difícil? Não é! porque o MIDOL publica no jornal de 2ª feira a que assinantes têm acesso no domingo à noite, resultados desse fim-de-semana com demonstração de pontos de bónus e uma classificação reduzida mas que permite conhecer a actualidade da situação. Portanto, difícil não é e representa apenas uma falta de organização.federativa. O acesso aos dados dos resultados permitiria enviar para publicação nos jornais diários e assim demonstrar que existimos.
Aproveitemos a mudança de ano e faça-se de 2026 um ano de adaptação à organização necessária.

