domingo, 28 de março de 2021

GALES CONQUISTA O 6NAÇÕES


CYMRU AM BYTH


 

sexta-feira, 26 de março de 2021

UMA TAREFA VITORIOSA ESPERA-SE!

Neste 3º jogo da 1ª volta Rugby Europe Championship que apura para o Mundial de 2023 em França, Portugal e Espanha, com duas derrotas cada, enfrentam um duro desafio na obrigatória procura da vitória. E obrigatória porque a derrotada ficará em difícil posição para garantir o 2º lugar classificativo, o último de acesso directo. De acordo com as afirmações do seleccionador Patrice Lagisquet os jogadores portugueses estão cientes da importância do jogo em relação ao futuro de Portugal na perseguição do objectivo Mundial.
No fundo é assim: ganhando, Portugal terá boas possibilidades de, dependendo de si próprio, conseguir apurar-se; em caso de derrota as dificuldades aumentarão e muito e a dependência passará para o comportamento de terceiros...
E Portugal tem hipóteses de ganhar? Tem! Mesmo se os valores pontuais do Ranking da World Rugby indiquem como favorito, a Espanha. Mas apenas por 4 pontos de diferença — o que significa, dados os valores pontuais do Rugby, que qualquer das equipas pode ser vencedora do jogo uma vez que o equilíbrio é evidente.
 


quarta-feira, 24 de março de 2021

A FRANÇA JOGA E GALES ESPERA: QUEM GANHA O TORNEIO?

 



Com a excepção do Escócia-Itália que não foi mais do que um bom treino para os escoceses que nunca tiveram problemas para vencer por 8-1 em ensaios, os outros jogos realizados, incluindo os da Rugby Europe Championship, foram interessantes com um aboa luta pelos resultados.
No Irlanda-Inglaterra viu-se de novo a enorme capacidade de combate irlandesa que não deram qualquer oportunidade aos ingleses. A Inglaterra defraudou, mais uma vez — e depois do que pareciam pazes feitas depois do jogo de Twickenham com a França — os seus adeptos que começam, cada vez mais, a não acreditar no treinador australiano Eddie Jones. Ao ponto de, um dos seus maiores adversários — o antigo internacional Stuart Barnes (hoje comentador) — ter escrito no Times que “Eddie Jones é o Donald Trump do rugby e que seu descontrolado ego está a colocar a Inglaterra num declínio terminal.”. Para demonstração de uma total falta de confiança não se podia demonstrar melhor...
 O jogo mais importante de um ponto de vista competitivo seria o França-Gales a disputar em Paris. E foi de grande competitividade e a, de novo, levantar a admiração sobre Gales que, com uma população de 4 milhões de habitantes, consegue formar um número enorme de bons jogadores. Numa recente entrevista, o grande Gareth Edwards explicou o processo: “somos habituados e “puxados” desde miúdos — por pais e professores — para aderirmos à ideia de que a única forma para que o Mundo saiba da existência de Gsles será por sermos bons no rugby.” E este desafio tem tido uma resposta fantástica. Desta vez as expectativas não tiveram o melhor final — perder o Grand Slam no último minuto do jogo deixa, seguramente, marcas de tristeza profundas. Mas, embora dependendo da Escócia, o Torneio pode ainda ser ganho.
Os franceses, numa excelente demonstração de uso da posse da bola, num cada vez mais elaborado rugby de movimento — na tradição do melhor que a França já conseguiu e demonstrou ao mundo rugbístico — para além da força mental que revelaram, nunca virando a cara e mantendo o nível de confiança elevado... para no final mesmo conseguirem a vitória e abrirem assim a porta da oportunidade de vitória no Torneio.
Vitória no Torneio que não será fácil — o jogo realiza-se em Paris na próxima sexta-feira — uma vez que a França para o vencer terá que marcar 4 ensaios — obtendo o ponto de bónus para conseguir atingir os 20 pontos da pontuação de Gales. O que não chegará uma vez que, com as duas equipas empatadas, haverá que recorrer ao segundo factor de desempate que se define na diferença entre pontos de jogos marcados e pontos de jogo sofridos. E a diferença para os franceses exige que consigam uma diferença de 21 pontos sobre a Escócia. Se se ficar pelos 20, 6 é o número de ensaios necessários para garantir o primeiro lugar. Será que os escoceses vão andar pelos ajustes pelos ajustes?...ou vai embarcar, incapaz de respostas equilibradoras, como em 2007?
Para além da determinação e da disciplina da equipa — 6 penalidades contra 15 dos galeses — que os levou à vitória, os franceses mostraram ainda opções tácticas no desenvolvimento do ataque à defesa adversária — fugindo, à medida que o final se aproximava, da marca Gaulthié de “entrega da posse” (dépossession) fazendo durante todo o jogo apenas 19 pontapés contra 29 galeses — que merecem reflexão e cópia até: em vez de recorrer às designadas mini-unidades para tentar pelo choque a ultrapassagem das linhas defensivas adversárias numa constante e incompreensível (digo eu) manifestação de força-contra-força, a equipa francesa procurou sempre a manobra para entregar a bola — não áquele que um estádio inteiro de espectadores televisivos já teria adivinhado mas, lançando um jogador que terá a possibilidade de avançar 3-5 metros e assim garantir a ultrapassagem da Linha de Vantagem, conquistando terreno, desequilibrando a defesa e permitindo a continuidade que vai, como se viu, desgastar a defesa adversária. Por outro lado a defesa francesa mostrou-se muito eficaz sabendo muito bem passar, numa mesma acção, da defesa pressionante (rush) à defesa deslizante, cedendo terreno para igualar o número de unidades ou mesmo superioorizar-se. Para ver, reflectir e adoptar!
Alun-Win Jones igualou, com 148, o número de internacionalizações de Richie McCaw
mas tendo ainda 9 presenças nos Irish and British Lions

No âmbito do Rugby Europe Championship, a Geórgia cumpriu o esperado ao vencer a Rússia e a Espanha —  adversária de Portugal no próximo sábado e também com duas derrotas — mostrou-se nas aparências melhor do que o resultado — até à hora de jogo pareceu capaz de vencer a Roménia — mas a sua indisciplina — que fez lembrar os disparates na Bélgica — levou-a à derrota com um ponto de bónus e deixa no ar a curiosidade: será que a Espanha perde o acesso a dois Mundiais seguidos por indisciplina?

sexta-feira, 19 de março de 2021

PARIS: GRAND SLAM OU TORNEIO PARA GALES OU ESPERANÇAS FRANCESAS NUMA VITÓRIA FINAL?


O “jogo do fim‑de‑semana” do Torneio das 6 Nações, realiza-se em Paris, no Stade de France, entre a França e o País de Gales. Se Gales, já vencedor da Triple Crown, vencer ou empatar (ou até se perder com ponto de bónus...)  — resultados contrários às probabilidades que os pontos de ranking mostram — conseguirá o seu 5º Grand Slam (2005, 2008, 20012 e 2019) da época 6 Nações (13º desde o início do Torneio).
O principal factor de vantagem galesa — para além da eficácia demonstrada na marcação de ensaios com os 17 já conseguidos — será a experiência da soma das suas 987 internacionalizações (serão mais de 1000 após o início do jogo) a que se junta o facto de catorze dos seus 15 jogadores iniciais terem já vencido um Grand Slam (só para a sua nova descoberta, Louis Rees-Zammit, será uma novidade) a que se acrescenta o facto, com todo o peso que tem dentro do campo, de serem capitaneados por aquele a quem a linguagem rugbista popular considera o novo Príncipe de Gales: Alun Wyn-Jones com a suas 147 selecções por Gales e 9 internacionalizações pelos Lions and British Lions.


E uma de duas: ou o Torneio fica fechado com a vitória ou empate de Gales sobre a França ou, caso os franceses consigam a vitória, ficarão ainda algumas esperanças — embora ténues pela enorme dificuldade de ultrapassar a diferença de pontos (no início do jogo contra galeses será de 9) — de vitória final para o seu último jogo com escoceses.
A disputar neste sábado, 20 de Março, pelas 20h00 portuguesas e a poder ser visto na SportTV5, este França-Gales tem todos os condimentos para ser um grande espectáculo com emoção a rodos.
Outro jogo “muito apertado” desta última jornada — uma vez que a vitória da Escócia sobre a Itália não deverá deixar de acontecer — será o Irlanda-Inglaterra em que os prognósticos fazem vitoriosos, pela margem mínima, os irlandeses.
No Rugby Europe Championship dois jogos cujos resultados interessam a Portugal: Rússia-Geórgia e Roménia-Espanha. No primeiro jogo para os portugueses e para que possam continuar a contar com russos como adversários, interessa a vitória georgiana sem ponto de bónus russos; no segundo jogo  seja de quem fôr a vitória, também interessa a portugueses que não haja pontos de bónus a distribuir. Qualquer destes jogos será visível na Rugby Europe TV.
Na RugbyTV portuguesa poderá ser vista a meia-final do campeonato nacional feminino entre o Sporting Clube de Portugal e o Sport Clube do Porto — duas equipas que conheço bem por ter sido treinador de uma e ser padrinho de outra — que se disputará a partir das 15h00 deste sábado. Um jogo que possibilitará a aferição do nível do rugby feminino português numa altura em que a World Rugby lança programas competitivos de desenvolvimento de Alto Rendimento que permitirão, em três divisões, o apoio e a competição às sete melhores equipas europeias.

terça-feira, 16 de março de 2021

A FRANÇA NÃO PASSOU EM TWICKENHAM


Esta jornada dos 6Nações teve uma curiosidade: Gales com 47% de posse de bola e 48% de domínio territorial marcou 7 ensaios, vencendo a Itália por 48-7, numa clara demonstração do princípio "mais do que a posse da bola o que importa é a qualidade da sua utilização.". E assim prepara-se para no próximo sábado vencer o Torneio deste ano.

O jogo de maiores expectativas do fim‑de‑semana, o Inglaterra-França e que tinha o aliciante de possibilitar, no caso de vitória francesa, uma "final" em Paris entre a França (falta-lhe ainda o jogo contra a Escócia) e País de Gales terminou, apesar dos franceses estarem à frente do resultado até aos 76', com a vitória inglesa num jogo muito interessante e que deve ter conciliado Eddie Jones com os adeptos ingleses. Quanto aos franceses ficam ainda com a possibilidade de, caso vençam os dois jogos que lhes faltam,  Gales e Escócia, por resultados de diferença elevada — nomeadamente com pontos de bónus — poderem vencer o Torneio.

Noutro jogo interessante a Irlanda venceu a Escócia apesar dos escoceses terem marcado mais um ensaio (3-2) e terem tido um melhor registo defensivo — sucesso de 91% contra 83% irlandês. Mas os ingleses fizeram o costume, deixando a alma em campo até garantirem a vitória.

Em Madrid e a contar para o Rugby Europe Championship, a Geórgia — como se esperava e apesar do bom combate espanhol — venceu por 6 pontos de diferença, permitindo um ponto de bónus à Espanha. 


 
 

PORTUGAL PERDE JOGO GANHO

É uma verdade desportiva tão reconhecida que é já um lugar-comum: um jogo só termina com o apito final do árbitro — veja-se o apuramento olímpico do Andebol português. E se os jogadores portugueses se esqueceram do dito contra a Geórgia, mostraram, contra a Roménia, que nada tinham aprendido e por isso, perderam.

Com esta derrota, Portugal perdeu 3 posições no Ranking da World Rugby


A derrota da maneira que aconteceu, levanta diversas questões como falta de liderança, má preparação táctica, falta de entrosamento e perda de concentração competitiva. Perder assim um jogo que, ganho, nos colocaria com boas perspectivas de atingir o Mundial 2023, só é aceitável porque é a realidade... mas é dificilmente suportável!


E se no início do jogo parecia que não se tinha perdido com a Geórgia, porque se tinha aprendido: a formação-ordenada mostrava-se mais coesa e capaz de se opôr ao habitual poderio dos romenos, possibilitando a melhoria das outra fases de combate — infelizmente o final do jogo comprovou que não se aprendeu nada: dentro e fora do campo. E a desconfiança começou na mostra de teimosa estratégia para os alinhamentos — de novo se presenteava a bola ao adversário (agora com o truque de usar apenas dois (!!!???) nas bolas adversárias). Questão: num jogo em que a bola representa o motivo evidente do combate — posse que embora não garanta vitória (é a eficácia do seu uso que a pode garantir) diminui pelo menos as possibilidades do adversário — porque é que, numa fuga aos princípios, é então oferecida?! Que mensagem de conquista, de preserverança, de resiliência, de combate se pretende passar aos jogadores?


E se dizemos que a nossa vantagem é o jogo ao largo, porque não críamos as condições para que assim seja de uma forma mais constante, procurando a libertação e continuidade do movimento da bola em vez de procurar o chão? Ou procurar manobras — lembrando o ensinamento de Nun'Álvares dos idos trezentos — para atacar intervalos em vez de colisões directas. Ou porque não se vê uma estratégia de jogo-ao-pé que ultrapasse o alívio e se torne uma arma de ataque pelos problemas que impõe ao adversário? 


Sendo a coesão colectiva o segredo das equipas vencedoras, ela só é possível se existir uma preocupação colectiva — uma cultura táctica comum — para criar e aceitar os meios que permitam atingir os objectivos pretendidos, diminuindo assim o stress, retirando dúvidas, aumentando a confiança e proporcionando o entrosamento para que cada um se bata por todos.


De novo as aparências pareciam credíveis — as estatísticas eram favoráveis com 52% de posse de bola, 51% de vantagem nos rucks, 96% de eficácia nas placagens e um 3-1 em ensaios a 10’ do fim — para colocarem Portugal como vencedor. Mas, no nível internacional, são os pormenores que determinam os vencedores e aqui se descrevem 7 momentos — 2 decisivos e 5 críticos — que documentam o que se escreve e demonstram — por erros e não acidentes — a perda do foco e a lenta e perturbadora fuga do resultado por entre os dedos.


1º MOMENTO DECISIVO, 32 minutos, resultado 10-9 — Penalidade favorável a Portugal no cruzamento entre a linha-de-22 e a linha-de-5 metros. Com o resultado em 10-9 foi decidido, em vez de chutar aos postes com vento favorável, pontapear para fora para criar um penalti-touche. Estaria tudo bem nesta demonstração de confiança não fosse o pontapé, perdendo-se a oportunidade, ter cruzado a linha-lateral-de-ensaio... entregando a bola à Roménia para um pontapé-de-22.


1º MOMENTO CRÍTICO, 73 minutos, resultado 27-14  — Formação ordenada perdida com penalidade. No alinhamento romeno sequente e dentro da área-de-22 portuguesa, a bola é recuperada, no corredor de 5 metros, por Tadjer que decide, sem qualquer nexo, pontapear a bola em vez de garantir a sua manutenção. Na sequência do movimento, ensaio no meio dos postes, a colocar o resultado em 27-21 e a dar o encorajamento aos romenos para os minutos finais.


2º MOMENTO DECISIVO, 76 minutos, 4 minutos de jogo informa o árbitro, resultado 27-21 — Pontapé de penalidade cerca de 1 metro dentro do meio-campo adversário e a cerca de 20 metros da linha lateral. Com o objectivo principal de manter a posse da bola para ganhar tempo e garantir a vitória, três decisões eram possíveis: tentar aos postes, conquistar terreno para um alinhamento ou jogar a bola com recurso a uma mini-unidade (aqui sim) organizando um  máximo de “apanhar-e-avançar”.

Se a decisão de não chutar aos postes, por ser contra o vento, muito comprido e lateralizado 

(cerca de 48% de probabilidades de sucesso) — embora a certeza de um pontapé a sair pela linha-de-fundo garantiria o gasto de 2 minutos dos sabidos 4’ existentes de jogo e com reposição feita com pontapé-de-22 — se compreende, a manutenção da posse da bola através de uma mini-unidade e consequentes “apanhar-e-avançar” seriam uma boa solução de gasto controlado do tempo. Decidiu-se pelo alinhamento e colocou-se a bola bem dentro da área-de-22 adversária — as condições estavam, embora com um risco maior, conseguidas para controlar o tempo. A decisão, a menos comprometida, mostrara-se capaz no ganho de terreno, havia que, para atingir o objectivo principal, eliminar o risco.


2º MOMENTO CRÍTICO, a 3 minutos do fim, informa o árbitro, resultado em 27-21— Num alinhamento que exigia não correr quaisquer riscos — a melhor solução seria saltador da frente seguido de maul para gastar tempo e pressionar o adversário, espreitando ainda qualquer possível oportunidade. Lançou-se comprido aumentando o risco, falhou-se o alvo e perdeu-se a bola e não se ganhou tempo...


3º MOMENTO CRÍTICO, a 2 minutos do fim, resultado 27-21 — Por erro romeno no manuseamento da bola — e por boa placagem de José Lima — Portugal consegue de novo posição favorável ao ganhar um novo alinhamento e de novo dentro da área-de-22 adversária. O propósito seria o mesmo: captar a bola e, criando um maul, aguentar o tempo necessário, mesmo passando por ruck e recorrendo ao "apanhar-e-avançar" para o jogo acabar. Mas os romenos conseguem a conquista da bola fazendo saltar o 2º homem do alinhamento enquanto que os portugueses saltavam com o 3º homem dando toda a vantagem ao adversário num erro elementar e inadmissível nesta fase do jogo. Pior, os avançados portugueses fizeram falta e com a penalidade entregaram a conquista de terreno de mão beijada aos romenos.


4º MOMENTO CRÍTICO, a 1 minuto do fim, resultado 27-21 — Alinhamento romeno com 5 jogadores a que os portugueses respondem, por visível opção táctica (não colocaram ninguém no corredor de 5 metros o que é falta!) com 2 elementos. Resultado: bola ganha de mão beijada e maul romeno que avançou até conseguir a penalidade — com cartão amarelo — que lhe possibilitasse um penalti-touche com que iria ganhar o jogo por 28-27. 


5º MOMENTO CRÍTICO, início a 3 minutos de jogo e final a 1 minuto do fim do jogo — Cometendo 15 penalidades, a equipa de Portugal mostrou-se novamente muito indisciplinada e foi penalizada com 3 cartões amarelos — mais de 1/3 do jogo em inferioridade numérica — de que resultaram 10 pontos para os romenos (para além dos 6 directamente das penalidades).


Com esta derrota, o caminho pretendido de acesso ao Mundial 2023, complicou-se. Muito.




sexta-feira, 12 de março de 2021

AS POSSIBILIDADES DOS LOBOS SÃO REAIS


Não será fácil a tarefa dos nossos Lobos contra a Roménia neste sábado. Como indicam as contas feitas com base nos pontos do ranking da World Rugby das duas equipas: a vantagem de um ponto dada a Portugal indica o enorme combate com que terão de se confrontar. Mas a lembrança da vitória das Caldas da Rainha de Fevereiro de 2020 dará, com certeza, o ânimo necessário para atingir a importante vitória que manterá assim intactas as perspectivas de apuramento para o Mundial 2023. 

Se as vantagens da história dos jogos entre as duas equipas pertencem à Roménia com as suas 21 vitórias em 25 jogos, os últimos cinco jogos de ambas as equipas no âmbito do Rugby Europe Championship (REC) mostram também vanatagem romena: 40% de quota de sucesso e 56% de quota de pontos marcados contra 20% de quota de sucesso e 43% de quota de pontos marcados do lado português. Mas na capacidade de marcação de ensaios as equipas estão muito próximas com uma curta vantagem de 2 décimas para os romenos. E contas feitas com os pontos do ranking, a vitória é portuguesa por um ponto de avanço! 


Ou seja, como nas Caldas, a vitória é possivel — tanto mais que o bloco de avançados português com um peso de 884 kilos e com a correcção devida das fragilidades mostradas contra a Geórgia não deverá ter problemas para, no mínimo, impedir o domínio adversário. Necessário, para que a vitória aconteça, será o controlo mental das situações de combate pincipalmente no jogo no chão — isto é: disciplina precisa-se! — para que não se entregue de mão-beijada ao adversário qualquer oportunidade que lhe permita folga no resultado.



E que o movimento com a continuidade do apoio, permitindo explorar os corredores laterais em desequilíbio defensivo, faça o resto. Isto é: que nos permita a vantagem do resultado, obrigando os romenos a correr atrás do prejuízo... e sem deixar que qualquer indisciplina lhes proporcione o alimento da sobrevivência.


É claro que nos falta o apoio directo do público, perdendo-se assim algo da vantagem casa — na actual situação, os três jogos em casa da 1ª volta trazem pouca vantagem para Portugal — mas só há uma maneira de enfrentar a situação: atitude ganhadora, não cedendo um palmo, lutando por cada centímetro e aproveitando eficazmente todas as oportunidades... e os gritos de incitamento de cada casa chegarão ao Jamor. 


Numa temporada muito difícil para manter os hábitos competitivos, só uma vontade colectiva coesa e perspectivada nos mesmos objectivos imediatos de cada jogada e nos objectivos estratégicos globais, pode garantir a vitória. Vamos a eles, Lobos! Não é nada que não tenha sido já feito... exige determinação e carácter!


Na 4ª jornada do 6 Nações, dois jogos — não parece a ninguèm que Gales, comandado pelo actual Príncipe de Gales, Alun Wyn Jones, vá ter problemas em Roma, limitando-se a usar o jogo como acerto para Paris — de grande expectativa: Inglaterra-França, no sábado e Escócia-Irlanda no domingo. Dois jogaços! 


Em ambos os jogos se disputam lugares — as equipas de ambos os jogos estão encostadas uma à outra — e, no caso da França, que já pode contar com o formação Dupont, e que disputa a possibilidade de se manter na corrida pela vitória final do 6 Nações que já não vence desde 2010. De acordo com o posicionamento nao ranking de ingleses e franceses, o factor casa atribui a vitória, por 4 pontos que nada significam, à Inglaterra — o Rugby Vision confia mais e atribui 9 pontos para a vitória inglesa. 


O Escócia-Irlanda, num jogo teoricamente muito equilibrado — os 3 pontos e 1 ponto de vitória que se prognosticam garantem todos os condimentos para um grande jogo de combate ao milimetro de terreno: a Escócia está a jogar bem e a Irlanda quer mostrar que nada perdeu das suas capacidades. Uma boa tarde de domingo para acabar o confinamento...


No Championship da Rugby Europe, a Espanha recebe a Geórgia que com o seu 12º lugar no ranking — a Espanha está em 17º — faz figura de favorita (e para Portugal seria bom que o fosse efectivamente) com um prognóstico de vitória por 4 pontos. O que significa que o jogo não tem vencedor antecipado e todos os resultados são possíveis.Aguardemos por domingo.


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