segunda-feira, 16 de abril de 2012

CDUL DE RETORNO?

O clube com maior palmarés ao longo da história do rugby português estará de retorno ao topo? Com dezassete campeonatos já ganhos, o CDUL teve descidas -
chegou a andar pela divisão secundária (treinei-os então na volta à divisão principal) - mas nos últimos anos tem tentado construir uma equipa sustentavelmente competitiva - o esforço do Lourenço Fernandes Thomaz, o presidente, tem sido enorme, corajoso e decisivo.

Na actual fase final, duas vitórias com ponto de bónus dão mostras das capacidades que o podem levar ao reencontro com o título, mas - é bom que todos os intervenientes azuis, jogadores, treinadores (estes sei que têm) e dirigentes, tenham clara noção disso - não serão favas contadas. O que falta ao actual CDUL - menos experiente de momentos decisivos do que Agronomia ou Direito - para garantir a frieza necessária para conseguir vitórias nos jogos que faltam, garantindo assim o acesso à final, para a vitória no campeonato?

Para além das circunstâncias e contingências inerentes ao facto de se tratar de um jogo, ainda falta ao CDUL alguma consistência nas diversas componentes tácticas que compõem o jogo, isto é, capacidade para que os seus jogadores actuem, sejam quais forem as circunstâncias, como um todo interligado e eficaz nos momentos críticos, aqueles que ditam vitórias ou derrotas, garantindo que controlam, melhor do que os diabos, os pormenores da diferença. Apesar de se notar ainda alguma inexperiência, o CDUL é a equipa portuguesa que produz o rugby mais interessante que se pode ver por cá - o trabalho do Luís Cassiano e Manuel "Manu" Sommer Ribeiro tem sido excelente.

No fundo o que ainda falta ao CDUL é a capacidade de impor o domínio do tempo ao adversário de cada jogo. Cortando defensivamente o espaço de manobra adversária, lançando-se em ataque com acelerações simultaneas dos elementos imediatamente intervenientes para provocar a ruptura de uma defesa já anteriormente desequilibrada pela sequência do movimento. O que significa, estrategicamente, jogar em ataque, lançados em velocidade, tão em cima da defesa adversária quanto possível e, em defesa, também tão em cima dos atacantes adversários quanto possível e na velocidade adequada à relação de forças. Conseguido este domínio táctico colectivo, o XV do CDUL tornar-se-á uma equipa dominadora do rubgy interno... e já faltou mais.

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