sábado, 17 de outubro de 2015

UMA APOSTA

Gráfico retirado do jornal francês Libération  que nos desafia a escrever o nosso prognóstico 

Os All-Blacks vão ser de novo campeões mundiais depois de vencerem a Austrália na final e de terem vencido Gales nas meias-finais.
Se assim for, Gales terá feito um notável Mundial depois de ter visto cair pelo caminho uma série de notáveis guerreiros que lhe limitam as capacidades.
Também, embora com pena, penso que a Argentina não ultrapassará a Irlanda - a agressividade dos irlandeses nos breakdowns - hoje em dia muito do ganhar ou perder passa por esta fase do jogo - vai levar os argentinos a cometer faltas e a, muito provavelmente, serem castigados com amarelos. E se a isto se juntar a atenção do árbitro a impedir a tendência argentina de sair em fora-de-jogo, o dia não lhes será nada fácil.
A Austrália, com uma "formação ordenada à argentina", umas linhas atrasadas admiráveis, com os reis do breakdown, Pocock e Hooper, e uma organização defensiva exemplar como mostrou contra Gales, não deverá passar por grandes tormentos para chegar à final, face aos adversários que terá pela frente.
Gales tem hipóteses de ganhar à África do Sul - pelo menos gostaria que assim fosse - porque, para além da sua capacidade colectiva de combate, tem ainda Dan Biggar, exímio chutador aos postes mas também excelente manobrador do jogo e com faro especial - 2º ensaio contra a Inglaterra - para fazer chegar a bola rapidamente ao companheiro com espaço aberto na sua frente. Provavelmente, na luta tremenda que vai acontecer, a precisão dos pontapés aos postes vão definir o vencedor num resultado muito apertado.
Já se sabe, a França é capaz de tudo: de um péssimo jogo de permanente colisão e de, num repente, abrir os livros da memória e conseguir espantar o mundo. É verdade mas com muita mitologia à mistura: hoje em dia o XV francês não parece mentalmente apetrechado para responder com "finesse" ao molde da força em que está inscrito. E assim sendo, os All-Blacks, sem memórias ou preocupações de 1999 ou 2007, mostrar-se-ão mais fortes.
Estas são as minhas apostas num despique Norte/Sul muito equilibrado cujos resultados finais resultarão muito mais de particularidades do jogo do que de análises às qualidades de uns e outros. São os quartos-de-final de um Campeonato do Mundo e o melhor, como propõe Ricardo Costa num excelente artigo publicado no Expresso on-line, é prepararmo-nos para um fim-de-semana de oito horas no sofá.

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