sábado, 11 de fevereiro de 2017

6 NAÇÕES - 2ª JORNADA



As previsões sobre os resultados da 1ª jornada não foram brilhantes e deram, mais uma vez, razão ao conceito de João Pinto sobre as possibilidades de prognósticos - o único acerto foi da QBE que previu que Gales marcaria 33 pontos. De resto resultados contrários ou muito próximos com pontos de bónus defensivos para quem deveria ganhar ou perder por muitos. 
A Escócia foi a grande surpresa ao vencer a mais do que favorita Irlanda, marcando um excelente ensaio através de uma bem elaborada combinação no alinhamento próximo da área de ensaio irlandesa: dois três-quartos - centro e ponta - juntaram-se aos avançados dando a ideia de procurar um maul penetrante após a conquista da bola, a Irlanda adaptou-se à ideia e colocou o peso dos seus jogadores sobre a zona dos saltadores; não foi assim, houve surpresa: bola lançada curta e baixa para o centro Alex Dunbar que marcou ensaio, colocando a Escócia na frente e que 91% de placagens efectivas haveriam de garantir a vitória. Uma vitória da criatividade do neozelandês Vern Cotter sobre um outro neozelandês mais conservador, Joe Schmidt.
Também ao contrário do esperado a França reduziu a superfavorita Inglaterra ao modelo conservador de recurso sempre que se sente sob grande pressão. O ensaio da jornada - um hino ao rugby de movimento - pertenceu aos franceses, demonstrando o excelente e nada fácil trabalho que Guy Novés tem vindo a desenvolver. A um passo da vitória, a França acabou por perder o jogo - pese a superioridade mostrada em muitas das componentes de jogo - porque o processo Novés ainda não foi completamente assimilado e a equipa não apresenta a coesão necessária. Mas vai haver retorno aos princípios do french flair.
No jogo Itália-Gales aconteceu a esperada vitória galesa embora os primeiros 40 minutos fossem dominados pelos italianos. Com a saída de Biggar e a entrada de Sam Davies - o IRB Junior Player of the Year 2013 - o jogo virou e os ataques de Gales com a aproximação à linha de vantagem destroçaram a defesa italiano - e o ponto de bónus ofensivo ficou a centímetros...

Previsões para diferença de pontos da Rugby Vision e JPB


Para a 2ª jornada deste fim de semana as previsões apostam na Irlanda, Inglaterra e França como vencedores. Vantagem óbvia da Irlanda sobre a Itália, vantagem apertada da Inglaterra sobre Gales e vitória da França sobre a Escócia. 
Em Cardiff o jogo será épico - a envolvente ferve nomeadamente depois dos comentários de Eddie Jones - e se o favoritismo é dado a ingleses, os galeses têm uma boa oportunidade de demonstrar quão longe estão os ingleses da eficácia da Nova Zelândia. Se bem servidas - e tenho dúvidas que a escolha do par Weber/Biggar seja a melhor - as linhas atrasadas galesas podem criar muitos problemas aos ingleses. Principalmente quando os Davies estiverem em campo. Mas Ron Howley parece ter preferido a segurança do jogo ao pé do que o risco criativo do mais jovem produto da fábrica galesa de médios-de-abertura. E está em mãos galesas o impedir que os ingleses continuem a perseguir o record All-Balck de 18 vitórias consecutivas... o que duplicaria a festa em Cardiff.

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