sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

6 NAÇÕES: VENCEDOR PREVISÍVEL?



Começa este fim-de-semana o Torneio das 6 Nações que, para além do habitual interesse, junta a novidade dos pontos de bónus. Pena é que nesse enorme salto para quem se mostra sempre tão conservador, não tenha sido feito com o sistema francês - aposto que só por ser francês - e que também utilizámos em Portugal de apenas garantir o ponto de bónus atacante se a diferença for, no final, de 3 ensaios para quem já marcou 4. Mas o salto podia ainda ser maior, estabelecendo um sistema que premiasse a diferença de pontos marcados entre as duas equipas que, de acordo com o resultado, distribuiriam a totalidade de 6 pontos por jogo, assim: 6 e 0 pontos de classificação para vitória por mais de 15 pontos (acompanhando o prémio que e a WR confere na pontuação por jogo do seu Ranking), 5 e 1 pontos para vitórias superiores a 5 pontos e inferiores ou iguais a 15 e 4 e 2 pontos para vitórias até 5 pontos de diferença. O empate distribuiria 3 pontos por cada equipa.
Com este sistema a procura do melhor resultado mostra-se, provavelmente, mais intensa e melhor que a "diferença de 3" e, de certeza, muito mais emocionante que a marcação de 4 ensaios que garantem, sem mais preocupações, o ponto de bónus num 5 a 0 de pontos de classificação.
Se Paul Rees do The Guardian considera que este Torneio de 2017 pode ser o mais aberto dos últimos anos e sem vencedor previsível, o neozelandês e professor no MIT da americana Cambridge, Niven Winchester, não tem dúvidas em considerar que a vitória da Inglaterra será uma quase evidência como se pode ver no quadro acima. E isto apesar da Inglaterra, embora recebendo a França, ter que jogar fora contra Gales e contra a Irlanda.
No entanto e se Paul Rees estiver certo, a última jornada a 18 de Março vai ser decisiva e emocionante - a França recebe Gales e a Irlanda recebe a Inglaterra. Se as previsões da Rugby Vision forem mais acertadas a última jornada terá apenas como interesse a hipótese do Grand Slam pela Inglaterra para transformar os 21,8% de previsão num 100%.
Para vencer o 6 Nações a Rugby Vision coloca as previsões da Inglaterra em 57,7% - o dobro do que considera possível para a Irlanda e de quase 7 vezes superior às hipóteses de Gales.
Para além da novidade dos pontos de bónus o 6 Nações deste ano tem ainda o aliciante de, pelo ranking conseguido pelas equipas, contar para o posicionamento de cada uma no Mundial de 2019. O que é uma mais-valia competitiva.  
A coisa promete e vale a pena retirar as previsões da QBE Business Insurances e que o Guardian publicou para as comparar com as da Rugby Vision: 54% de probabilidades de vitória da Inglaterra contra 26% para a Irlanda, 12% para Gales, 6% para a França, 2% para a Escócia e 0% para a Itália. As previsões para o Grand Slam são de 64% para que ninguém o consiga e de 21% para que a Inglaterra o consiga. No que diz respeito à Triple Crown a probabilidade de que ninguém o conseguirá situa-se nos 45%.
Eis a questão: vitória das previsões e do tratamento sofisticado de dados estatísticos ou João Pinto tem toda a razão e prognósticos só devem ser feitos no fim.

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