quinta-feira, 7 de setembro de 2017

NA FINAL DO WRU20 TROPHY...APESAR DE TUDO

A comemoração dos Sub 20 de Portugal
Contando por vitórias - mesmo se sofridas - os três jogos contra Uruguai, Hong-Kong e Fiji - a selecção de Portugal Sub20 qualificou-se para a final do World Rugby U20 Trophy 2017 que jogará em Montevideo, contra o Japão, no próximo domingo.
O jogo decisivo, contra Fiji, começou muito bem para Portugal - vantagem de 13-0 ao intervalo - impondo-se em algumas provas de força e tirando bom partido da tendência fijiana para plcagens altas que provicaram 2 amarelos e, assim, uma vantagem de dois jogadores nos últimos 10 minutos da 1ª parte. Infelizmente esta vantagem numérica não teve a exploração pontual devida - apenas 3 pontos no final do período - principalmente por erro táctico no abuso das concentrações com o convencimento que a força pura faria a diferença. E esqueceram-se do espaço.
Jogando em concentrações sobre concentrações, sobre concentrações, esqueceram-se do recurso a uma continuidade mais dinâmica: concentração/concentração/ao largo. Nestes casos de suoerioridade numérica evidente a estratégia deve incidir em obrigar a defesa a cobrir o espaço lateral com um menor número de jogadores, deixando maiores intervalos para explorar. E foi pena que os jogadores portugueses se tivessem entusiasmado com a primeira forma e esquecessem a segunda, até porque - como se viu no primeiro ensaio de Vassalo - as linhas-atrasadas portuguesas têm jogadores capazes de explorar eficazmente os espaços entre defensores.
Com uma enorme atitude de combate, os jogadores portugueses, pesem as suas deficiências resultantes - repete-se - da baixa competitividade interna e da falta de preparação adequada, conseguiram manter-se à superfície - mesmo com o aumento da moral fijiana no início da 2ª parte por erro de comunicação entre jogadores portuguese - e fechar o jogo a dez minutos do fim - que pena não ter havido reacção de apoio à excelente penetração de Abecassis mas, muito provavelmente o débito do oxigénio disponível já se fazia sentir - com um pontapé de penalidade.
Num eterno defeito do rugby português - o jogo no chão faltoso - houve (mais) uma falta que permitiria a penalidade para o empate - resultado que garantiria a ida do Uruguai à final - mas os deuses usaram o poste para dar merecimento ao resultado final favorável à equipa de Portugal.
Durante esse período final a coesão da equipa mostrou-se mais evoluída e foi evidente a confiança demonstrada. Aoenas faltou, para tornar eficaz a posse da bola e as penetrações tentadas uma maior caoacidade de jogar "dentro-da-defesa" com libertação dos braços do portador e linhas de corrida convergentes do apoio para garantir a continuidade do movimento em situação de vantagem. Seja como for, a qualificação no topo do Grupo B ficou garantida - o importante no Desporto Rendimento - e a presença na final é uma realidade.
Realidade - é bom que o não esqueçamos - que, no mínimo, nos trará a responsabilidade da 14ª posição mundial da categoria. Realidade que devemos agradecer aos jogadores e ao seu corpo técnico comandado por Luís Pissarra coadjuvado por António Aguilar que conseguiram, com os seus métodos e conhecimentos, transformar uma muito difícil e desestruturada situação num colectivo vencedor. É a eles - a estes jogadores e técnicos - que se deve o notável percurso desta selecção de Sub-20.
Agora, na final, o Japão num jogo muito difícil quer pela pressão psicológica acrescida quer pela capacidade japonesa - nas mesmas três vitórias obteve 70% dos pontos de jogo e 16 ensaios marcados contra 51% e 6 ensaios de Portugal. Se for verdade que "as finais não se jogam, ganham-se!", marcar primeiro e comandar o marcador, obrigando o adversário a "correr atrás do prejuízo", pode ser o factor decisivo - principalmente numa categoria limitada pela idade - para definir o vencedor. Marquemos então primeiro.

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