Três vitórias que não podem deixar de colocar a interrogação: sendo Portugal e nos últimos anos a 8.ª equipa europeia na categoria porque não conseguimos o apuramento para a Championship da Rugby Europe que engloba as equipas europeias do 7.º ao 12.° lugares? Por falta de competitividade do campeonato interno? Por incapacidade de preparação do jogo decisivo? Por incapacidade de foco da comunidade rugbística nos objectivos principais? Ou por tudo ao mesmo tempo? Seja como seja é altura de rever objectivos e processos porque o rugby português nada ganha, aliás muito perde, por não conseguir atingir a II divisão europeia. Uma coisa é, no entanto, certa: o progresso competitivo destes jogadores depende da sua experiência a níveis superiores. E isto significa garantir o acesso à Championship europeia.
Na Lituânia mais um jogo de, passe a expressão, “bater-em-cegos”. Com uma equipa sem alguns habituais titulares que se encontravam em Hong-Kong o resultado não deixou de ser suficientemente desnivelado e que permitiu, ultrapassando a Namíbia, a subida de um lugar — agora 22º — no ranking da World Rugby.
Na terceira prova em que estivemos a convite — no Sevens de Hong-Kong — uma evidência reconhecida: não é possível participar em igualdade competitiva numa prova destas sem participar na totalidade do circuito. Por mais que possa parecer que estamos quase lá, falta o quase. Que só se consegue com a aquisição de hábitos competitivos de elevado nível, que só se conseguem com a presença habitual. Assim foram cinco derrotas noutros tantos jogos com 10 ensaios marcados contra 21 sofridos e com uma quota de pontos marcados de 33% e uma classificação no 16º e último lugar. Entretanto a Irlanda, nosso adversário para o apuramento olímpico, com a vitória no Qualifyer, classificou-se para a World Seven Series da próxima época e a Inglaterra, a mostrar cada vez maiores dificuldades para garantir uma das quatro primeiras posições na classificação geral, poderá colocar a Grã-Bretanha como outro adversário directo para a qualificação olímpica. Ou seja, a “cave” imediata do rugby português tem que ser — sem margem para dúvidas — metida no jogo com a Alemanha.
[NOTA: por distração este texto não foi colocado na data em que foi escrito - 8/4/2019. Pelo lapso, peço desculpa.]