sexta-feira, 12 de abril de 2019

A EVIDÊNCIA DE UM OBJECTIVO: SUBIR

Nas três frentes deste fim‑de‑semana — RE Trophy, 2019- U20 Men XV Championship e o SEVENS de Hong-Kong — o melhor resultado é, sem dúvida e até porque qualifica para o World Rugby Juniors Trophy da categoria a disputar no Brasil em Julho próximo e que apura para o Mundial de U20 de 2021, é o da selecção de Sub-20. Que vence este Torneio pela 3.ª vez consecutiva.
Três vitórias que não podem deixar de colocar a interrogação: sendo Portugal e nos últimos anos a 8.ª equipa europeia na categoria porque não conseguimos o apuramento para a Championship da Rugby Europe que engloba as equipas europeias do 7.º ao 12.° lugares? Por falta de competitividade do campeonato interno? Por incapacidade de preparação do jogo decisivo? Por incapacidade de foco da comunidade rugbística nos objectivos principais? Ou por tudo ao mesmo tempo? Seja como seja é altura de rever objectivos e processos porque o rugby português nada ganha, aliás muito perde, por não conseguir atingir a II divisão europeia. Uma coisa é, no entanto, certa: o progresso competitivo destes jogadores depende da sua experiência a níveis superiores. E isto significa garantir o acesso à Championship europeia.
Na Lituânia mais um jogo de, passe a expressão, “bater-em-cegos”. Com uma equipa sem alguns habituais titulares que se encontravam em Hong-Kong o resultado não deixou de ser suficientemente desnivelado e que permitiu, ultrapassando a Namíbia, a subida de um lugar — agora 22º — no ranking da World Rugby.

Para uma melhor ideia do baixo nível competitivo desta competição Trophy e da qual, repete-se, Portugal deve tudo fazer para a deixar, veja-se que a selecção nacional marcou esta época 39 ensaios contra 22 marcados na época passada e sofreu 4 ensaios esta época contra os 11 sofridos na época passada... Diferença que, viu-se nos jogos, não se deve a uma grande melhoria na eficácia da equipa.
Na terceira prova em que estivemos a convite — no Sevens de Hong-Kong — uma evidência reconhecida: não é possível participar em igualdade competitiva numa prova destas sem participar na totalidade do circuito. Por mais que possa parecer que estamos quase lá, falta o quase. Que só se consegue com a aquisição de hábitos competitivos de elevado nível, que só se conseguem com a presença habitual. Assim foram cinco derrotas noutros tantos jogos com 10 ensaios marcados contra 21 sofridos e com uma quota de pontos marcados de 33% e uma classificação no 16º e último lugar. Entretanto a Irlanda, nosso adversário para o apuramento olímpico, com a vitória no Qualifyer, classificou-se para a World Seven Series da próxima época e a Inglaterra, a mostrar cada vez maiores dificuldades para garantir uma das quatro primeiras posições na classificação geral, poderá colocar a Grã-Bretanha como outro adversário directo para a qualificação olímpica. Ou seja, a “cave” imediata  do rugby português tem que ser — sem margem para dúvidas — metida no jogo com a Alemanha.
[NOTA: por distração este texto não foi colocado na data em que foi escrito - 8/4/2019. Pelo lapso, peço desculpa.]

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