As vantagens desta obrigatoriedade são óbvias: mais tempo de jogo para todos, menos campionite — o enorme cancro que distorce o desenvolvimento qualitativo — aumento do interesse pelo jogo a um número maior de potenciais jogadores — como se mostra no vídeo: se tem muitos jogadores da mesma idade, componha mais do que uma equipa — treinos focados na melhoria técnica generalizada e no conhecimento e domínio da complexidade do jogo.
Para facilitar o recurso ao “meio-jogo” para cada um, a RFU propõe que o jogo, para as idades jovens, seja dividido em “quartos” e não em meias-partes.
A justificação do conceito para a RFU, tem a evidência da simplicidade: “trata-se de possibilitar aos jovens jogadores mais jogo e não e apenas treinar e sentar-se no banco. Acima de tudo, jogar o jogo é a melhor maneira para que os jogadores evoluam.”. O que exige capacidade e conhecimento do jogo por parte dos treinadores e ainda o acordo, por parte de todos — treinadores, dirigentes, pais e jogadores — de que: “queremos campeões aos vintes, não aos doze!”.
Porque não adoptar este novo sistema ao Rugby Juvenil português?
A aplicação desta regra ao rugby português teria vantagens qualitativas mas também de sustentabilidade e consolidação uma vez que estudos internacionais demonstram que o factor abandono se centra essencialmente no facto de o jogo “já não ser divertido”, na “ existência de demasiada pressão”, na “ inexistência de tempo de jogo suficiente” ou na “demasiada ênfase na vitória”.