No entanto esta previsão baseia-se em dados que não são fiáveis. No início deste ano Portugal tinha 57,08 pontos de ranking e estava em posição inferior à Alemanha que somava 57,83 pontos de ranking. Seis meses depois e disputados 5 jogos em diferentes categorias a Alemanha, que jogou o Championship (6 Nações B), sendo derrotada em todos os jogos e perdendo 2,04 pontos de ranking terminou na 28.ª posição com um total de 55,79 pontos. Portugal, pelo seu lado e com as cinco vitórias conseguidas no Trophy (6 Nações C), ampliou a sua soma em 3,42 pontos para se colocar no 23.º lugar com um total de 60,50 pontos, ultrapassando assim os alemães em cinco lugares.
Mas existe um porém... Tudo seria formidável se falássemos de adversários de nível semelhante, mas não, não existe qualquer comparação entre os adversários do grupo B e do grupo C, significando assim que a vantagem dada a Portugal não existe. É fictícia e apenas resultado das regras gerais que formatam o ranking.
Para o jogo deste sábado a equipa alemã apresenta, nos seus 23 convocados, nove jogadores diferentes dos utilizados no jogo contra a Espanha que perdeu, em Colónia, por 33-10. Melhor ou pior?
A incapacidade alemã perante os adversários do grupo ficou definida no número de 28 ensaios sofridos para apenas 7 conseguidos, compondo o baixo índice de quota de pontos marcados de 26%. Jogando onde joga Portugal apresenta números muito superiores: 39 ensaios marcados para 4 sofridos para uma quota de pontos marcados de 90%. Quer isto dizer alguma superioridade?
Servirá esta aparente diferença de capacidades da ilusão fria dos números estatísticos para impôr o jogo português no mais importante jogo internacional da época e garantir a necessária eficácia que possibilite o acesso de Portugal à divisão superior? Esperando que assim seja, que não nos falhe o combate — principalmente no chão sem faltas e a possibilitar bolas rápidas.
A distribuição por clubes dos 23 seleccionados e do XV inicial para o jogo contra a Alemanha |