Terminou o Super Rugby Aotearoa [país da grande nuvem branca em Maori] com a vitória dos Crusaders. A qualidade do rugby praticado foi de elevado nível — apenas inicialmente houve alguma desadaptação em relação às novas exigências legais do jogo no chão — como tivemos possibilidade de ver nas transmissões da SportTV.
Para um máximo de 9, que existiu num 4/5 dos Chiefs-Highlanders, numa média de 6 ensaios por jogo, houve um máximo de metros percorridos de 1342 no Highlanders-Hurricanes, ficando o Crusaders-Highlanders com a proximidade de 1209 metros percorridos para uma média global de 819 metros e com um número médio por jogo de placagens de 241 para um máximo, no Blues-Hurricanes, de 321 efectuadas - o que representa um esforço brutal e exige uma condição física de alto nível. Dez foi a média de Formações Ordenadas realizadas e 26 a de Alinhamentos, 12 foi a média de Turnovers e 21 foi a média de Penalidades concedidas por jogo. Com uma média de 292 passes cada jogo teve uma intensidade muito elevada. E lembre-se que durante dois meses estes jogadores só puderam treinar-se isoladamente e a sua preparação colectiva foi feita durante um mês com as restrições determinadas pelas autoridades de saúde neozelandesas. E fica a curiosidade: que metodologia, que processo foi utilizado para garantir a condição física apresentada que possibilitou notáveis espectáculos de rugby?
Para se ter uma ideia do que representa em acções de jogo o padrão neozelandês, aqui fica o seu valor realizadas para os sete jogos disputados pelos campeões Crusaders — repare-se que foram 27 os ensaios marcados... E se é verdade, como se diz, que depressa e bem há pouco quem, estes Crusaders conseguem demonstrar em campo uma notável capacidade de apoio sempre em elevada velocidade e no tempo exacto, o que significa permanentes antecipações às decisões dos companheiros, demonstrando conhecimento estratégico do jogo e domínio da sua cultura táctica. Quem transporta a bola comanda e os apoiantes seguem o chefe... Ou seja: conhecimento do jogo e muito treino, realizado sempre de acordo com as exigências do próprio jogo.
Depois deste primeiro e notável ensaio (ao mesmo temo joga-se o SuperRugby australiano que tem ainda duas jornadas para terminar) fica toda a curiosidade para o Norte-Sul neozelandês que se joga no próximo dia 29. Felizmente — embora à imprópria hora das 06.05 😳 — vamos conseguir ver... a SportTV transmite!
NOTA (21/8/2020) - Por razões relacionadas com o controlo da pandemia em Auckland — os 14 jogadores seleccionados para a equipa do North e 5 membros da equipa técnica aí residentes não estão autorizados, como a restante população da área, a deslocarem-se — o jogo foi alterado para o sábado 5 de Setembro, sabendo-se a confirmação do local, Eden Park de Auckland ou Sky Stadium de Wellington, depois da comunicação do Governo da próxima segunda.feira. Esperemos que a transmissão da SportTV se mantenha para esse sábado, dia 5.
Por razões da objectiva política da 1ª Ministra Jacinda Ardern — que, por isso, ainda teve que responder publicamente ao ignorante do sr. Trump — a prova teve menos um jogo (Blues-Crusaders os, mesmo assim, 1º e 2º classificados) uma vez que Auckland, cidade onde se realizaria o jogo, estava confinada pelo aparecimento de novos 4 casos de infecção depois de 102 dias sem qualquer transmissão. O outro jogo desta 10ª jornada pôde realizar-se — por se realizar na parte país que está no nível 2 — mas apenas com autorização para a presença de 100 espectadores, sendo assim possível a presença dos familiares dos jogadores da casa.
A qualidade e o equilíbrio competitivo da prova foi quase permanente como se pode verificar pela relação de 64% entre os pontos de bónus defensivos (PBd) obtidos — 9 no total dos 14 pontos de bónus. E porque como os pontos de classificação nem sempre demonstram o que aconteceu no jogo, vale a pena olhar para a equipa dos Chiefs — a equipa de Warren Gatland que é o treinador mundial com os melhores resultados nos últimos anos — que, não tendo conseguido qualquer vitória, conseguiu em cinco das derrotas atingir a diferença inferior a oito pontos e conquistar assim 5 pontos de bónus defensivos. Mostrando assim suficientemente competitividade, embora sem capacidade vitoriosa. Mas uma equipa difícil e capaz.
De notar também a capacidade de garantir uma elevada velocidade na libertação da bola nos rucks pela preocupação da preferência da manobra em vez da colisão e pela preocupação de colocar o corpo de forma a garantir a facilidade do passe ou da entrega da bola num gesto que, aliás, me faz lembrar o velhíssimo demi-tour contact que alguém, no meu tempo de jogador, importou de França. E cada vez mais é preciso usar o corpo, dando as costas, como parede para facilitar a execução do companheiro que se desloca de trás e possibilitando a recepção da bola, evitando assim as paragens dos designados breakdowns que permitem a recuperação defensiva.
A qualidade e o equilíbrio competitivo da prova foi quase permanente como se pode verificar pela relação de 64% entre os pontos de bónus defensivos (PBd) obtidos — 9 no total dos 14 pontos de bónus. E porque como os pontos de classificação nem sempre demonstram o que aconteceu no jogo, vale a pena olhar para a equipa dos Chiefs — a equipa de Warren Gatland que é o treinador mundial com os melhores resultados nos últimos anos — que, não tendo conseguido qualquer vitória, conseguiu em cinco das derrotas atingir a diferença inferior a oito pontos e conquistar assim 5 pontos de bónus defensivos. Mostrando assim suficientemente competitividade, embora sem capacidade vitoriosa. Mas uma equipa difícil e capaz.
De notar também a capacidade de garantir uma elevada velocidade na libertação da bola nos rucks pela preocupação da preferência da manobra em vez da colisão e pela preocupação de colocar o corpo de forma a garantir a facilidade do passe ou da entrega da bola num gesto que, aliás, me faz lembrar o velhíssimo demi-tour contact que alguém, no meu tempo de jogador, importou de França. E cada vez mais é preciso usar o corpo, dando as costas, como parede para facilitar a execução do companheiro que se desloca de trás e possibilitando a recepção da bola, evitando assim as paragens dos designados breakdowns que permitem a recuperação defensiva.
Como se pode ver a média por jogo dos Crusaders ultrapassa muitas vezes os 50% da média da generalidade dos jogo |
A amarelo as fases do jogo que envolvem a conquista da bola e a sua utilização, a verde os resultados e a branco o número de placagens e das penalidades concedidas |
Depois deste primeiro e notável ensaio (ao mesmo temo joga-se o SuperRugby australiano que tem ainda duas jornadas para terminar) fica toda a curiosidade para o Norte-Sul neozelandês que se joga no próximo dia 29. Felizmente — embora à imprópria hora das 06.05 😳 — vamos conseguir ver... a SportTV transmite!
NOTA (21/8/2020) - Por razões relacionadas com o controlo da pandemia em Auckland — os 14 jogadores seleccionados para a equipa do North e 5 membros da equipa técnica aí residentes não estão autorizados, como a restante população da área, a deslocarem-se — o jogo foi alterado para o sábado 5 de Setembro, sabendo-se a confirmação do local, Eden Park de Auckland ou Sky Stadium de Wellington, depois da comunicação do Governo da próxima segunda.feira. Esperemos que a transmissão da SportTV se mantenha para esse sábado, dia 5.