terça-feira, 13 de abril de 2021

TERMINOU A 1ª VOLTA DA DIVISÃO DE HONRA

Terminou, com a realização da 5ª jornada, a 1ª volta do Campeonato Nacional da Divisão de Honra quer no Grupo do Título quer no da Despromoção.
No Grupo do Título, numa jornada com jogos bastante mais fracos qualitivamente que o retorno da jornada anterior faria prevêr, o principal resultado — porque inesperado — foi o conseguido pelo Técnico que derrotou, em Monsanto, na bola de jogo e com um ensaio de penalidade, o Direito por 26-24.
Embora continue a haver o problema da inexistência de estatísticas que não permitem muito mais do que pouco sobre o nível quantitativo do nosso campeonato — quantas formações-ordenadas, quantos alinhamentos, quantas penalidades existem por jogo e como média do campeonato? Curiosamente pode-se saber tudo sobre qualquer campeonato por esse mundo fora, incluindo sobre o dos nossos vizinhos espanhóis, excepto no nosso, no português. Inexistência que retira interesse comparativo e que, por outro lado, não permite perceber como se coloca o nosso campeonato de acordo com os campeonatos dos nossos adversários. E, sendo estes dados públicos, melhor será o entendimento que a comunidade rugbística portuguesa pode fazer do nosso jogo. O que só tem vantagens, não se levantam falsas expectativas e existirá uma maior exigência de melhoria.


                                                                   
Tentemos, com o que há, analisar qualquer coisa...
Umas das análises possíveis é a de saber como constroem as equipas os resultados, se os seus pontos são marcados através de ensaios ou de pontapés — o que demonstra o grau de eficácia de movimento de cada equipa. Como se pode verificar pelo primeiro quadro, o Direito e o Belenenses tem 66% da totalidade dos seus pontos marcados através de ensaios, enquanto que o CDUL com apenas 61% “vive”, para obter os resultados que o colocam no 3º lugar da classificação, da marcação de pontapés. Agronomia, embora com mais alguns pontos conseguidos através de ensaios, 56%, é, depois do CDUP que apenas marcou 6 ensaios nesta fase do campeonato, a segunda pior concretizadora e, também, a segunda pior defesa.
 
Se analisarmos a capacidade competitiva de cada uma das equipas nesta 1ª volta verificámos que existe um razoável fosso de mais de 15 pontos percentuais, entre as duas equipas melhor qualificadas, Direito e Belenenses, e as restantes. Embora afastadas da frente da prova, três equipas — CDUL, Técnico e Agronomia — disputarão, nos cinco jogos que faltam, os dois lugares que darão acesso ao play-off . A tarefa mais difícil, neste acesso, pertencerá à Agronomia — obteve a sua primeira vitória na última jornada contra o último classificado, CDUP, tendo assim uma Quota de Sucesso de apenas 20% e resultados negativos entre pontos marcados e sofridos. O que indicia, para que seja possível a qualificação, a necessidade de uma grande transformação na capacidade de uso da posse da bola. Ou então que haja um abaixamento considerável de nível de uma das outras duas equipas, CDUL ou Técnico.

Como se verifica pelos valores da Quota de Pontos de Jogo (pontos marcados) as equipas não se têm mostrado brilhantes em defesa com as quatro equipas do terceiro ao sexto lugar ou com valores negativos na diferença entre marcados e sofridos ou com muito próximos da igualdade.

Com dois jogos internacionais de grande importância no final da época — contra o vencedor do Bélgica-Holanda que se disputará a 29 de maio próximo e contra a Rússia — espera-se que a segunda volta que agora se inicia traga quer uma maior qualidade de jogo quer um maior equilíbrio competitivo.

Arquivo do blogue

Quem sou

Seguidores