quinta-feira, 19 de maio de 2022

FRACAS MEIA-FINAIS DA DIVISÃO DE HONRA

 As meias-finais da Divisão de Honra estiveram ao nível da sua fraca fase de apuramento: foram de má qualidade e de baixa intensidade.

No Cascais-Direito houve uma disputa — para além de um inadmissível incidente crítico provocado pelo equipa de arbitragem e que teve óbvia influência no resultado final mas que, por também óbvia ignorância das Leis do Jogo, não motivou nenhum protesto — duas partes distintas: na primeira, dominou o Cascais com, ao intervalo, 17 pontos com a marcação de 2 ensaios, contra 3 pontos do Direito. De certa maneira, com esta diferença de 14 pontos e com os processos utilizados, tudo levava a crer que o finalista estaria encontrado… mas nem por sombras.

Com alguma melhoria na utilização da bola — embora o jogo ao pé, pouco incisivo e desperdiçado, continuasse a entregar bolas fáceis à defesa adversária — e, principalmente, com algum aumento da pressão defensiva, o Direito, na 2ª parte, levou o Cascais a cometer 8 penalidades (num exagerado total de 20 distribuídos, 13/7, pelas duas equipas) que permitiram reverter (Direito converteu 5 penalidades) o resultado com a marcação de 24 pontos de jogo para no final somar 27 e garantir uma vitória por 3 pontos de diferença. Se o Direito melhorou alguma coisa, a notória quebra física dos jogadores do Cascais facilitou em muito a reviravolta. E como é muito difícil ganhar um jogo, cometendo 13 penalidades a entregar ou terreno ou pontos… o Direito aproveitou e, embora não fosse o favorito declarado — 3º lugar com 80 pontos de classificação e 17 vitórias contra o Cascais, 2º com 93 pontos e 20 vitórias — apurou-se para a final.

Na outra meia-final, entre o Belenenses e o CDUL, a superioridade da equipa da casa foi notória embora não tivesse, enquanto os cdulistas mostraram capacidade física para resistir, mostrado capacidade de perfuração ou envolvimento durante a 1ª parte em que só conseguiu 1 ensaio — ao intervalo ganhavam por 8-0. Mas na 2ª parte, as facilidades foram enormes e bastava um ou outro jogo de passes para lançar finalizadores para a área-de-ensaio cdulista — marcaram assim 6 ensaios a somar ao marcado no 1º tempo. Com grande esforço o CDUL conseguiu, na última jogada do encontro, a marcação do ensaio-de-honra e, assim, colocar o resultado desfavorável em 48-5.

Se no primeiro jogo o resultado final pode transmitir uma ideia — falsa — de equilíbrio competitivo, a segunda meia-final demonstrou uma enorme diferença de capacidade entre as duas equipas. O que transmite uma imagem da necessidade de alterar o campeonato principal de Portugal e garantir o equilíbrio competitivo com a intensidade necessária para aproximar a capacidade dos jogadores portugueses das caraterísticas do jogo internacional onde estamos integrados. E lembre-se que, na próxima época, há a possibilidade do XV de Portugal disputar a Repescagem que apurará o último qualificado para disputar a World Cup 2023. O que exigirá uma preparação cuidada dos jogadores portugueses. 

Como se sabe e numa adaptação dos conceitos de gestão: sem competitividade não há rendimento sustentável. Ou seja… não há resultados… 

Arquivo do blogue

Quem sou

Seguidores