Com 74 anos faleceu John Williams, o extraordinário jogador JPR — uma referência mundial como nº15 (e como eu estudava a sua maneira de jogar…) — capitão e internacional por Gales em 55 vezes naquela que foi a melhor equipa galesa de sempre e, em 1971 e 1974, jogou 8 vezes pelos Lions. Médico — cirurgião ortopédico — teve grande responsabilidade, expressando a sua solidariedade profisional, na criação de programas para tratamento de rugbistas lesionados.
Tendo jogado pelo clube de Bridgend, sua terra natal, e do qual foi recentemente Presidente, seguindo as pisadas de seu Pai, jogou também pelo London Welsh e fez parte dos Barbarians — jogou o célebre jogo contra os AllBlacks em 1973 ver aqui — e recebeu o MNE em 1977 pelos serviços prestados ao Rugby.
Casado com Scilla, que também conheci e de quem lembro a frase na subida das escadas do Estádio Nacional do Jamor depois de lhe ter proposto ir de carro: — “Os joelhos vão ficar a doer-lhe, mas meteu-se-lhe na cabeça que subiria as escadas para ir ao camarote presidencial. Ele é assim…”e sorria.
JPR deixa-nos uma saudade imensa guardada nas memórias do seu jogo — a maior parte das vezes com as meias caídas — e do seu espírito guerreiro, batalhador, competitivo e inventivo por cada camisola que envergava — um autêntica muralha defensiva com placagens memoráveis a que juntava uma notável capacidade atacante enquanto um dos grandes transformadores do conceito da posição de defesa.
John Peter Rhys Williams, o JPR, foi uma demonstração permanente do carácter que marca um fora-de-série deste nosso desporto de combate. Guardaremos na memória os seus grandes momentos como. aqui