foto site da Federação Francesa de Rugby |
No Stade de France a rebentar pelas costuras numa demonstração da importância da modalidade quando as jornadas são realizados em locais ou países que estão integrados na tradicional cultura rugbística — o 7 da França atingiu o objectivo perseguido desde o desastre do Mundial 2023: GANHOU!
Começando malzote, os franceses foram recuperando as suas capacidades, criando mais movimento e circulando melhor a bola para o companheiro que se apresentava em apoio a atacar intervalos e a romper a defesa, à medida que avançavam nos jogos — começando com um empate (12-12) contra os USA, tendo uma primeira derrota contra Fiji (19-12) para depois vencer a Argentina (26-14) e a África do Sul (19-5), abrindo assim o caminho do sucesso e acabando por ser a grande vencedora olímpica, derrrotando na final e num segundo jogo entre as duas equipas, a bi-campeã olímpica Fiji.
Tendo-se mostrado mais capaz nos momentos decisivos a França deu ainda — pela mão do seu treinador, Jérôme Daret — uma notável demonstração de gestão da equipa e que deve ser escrita nos cadernos de notas dos treinadores, na forma como utilizou o seu jogador-chave nos diversos jogos.
Antoine Dupont, médio-de-formação do Stade Toulousain, campeão francês e europeu e da selecção de XV da qual é também o capitão, é, com o nome mundialmente mais reconhecido, o jogador-estrela deste conjunto: o nome-marca da equipa. Em vez de o utilizar, como nos dois primeiros jogos na totalidade do tempo e visto a sua menor influência, passou a considerá-lo como jogador-de-impacto capaz de criar, com as suas características técnicas, tácticas e de velocidade, os maiores problemas à defesa e a ajudar eficazmente a equipa com os desequilíbrios que conseguia provocar. E a sua entrada na 2ª parte e já com os seus adversários desgastados, entregou à equipa o resultado de todas as suas capacidades — na final uma corrida de 60 metros com um passe fora dos ensinos tradicionais da modalidade cria a formidável assistência para o ensaio que tudo transforma na confiança que transmite. E foram mais dois ensaios na lucidez e aproveitamento das oportunidades que reconheceu na sua frente. No fundo uma vitória brilhante com a sua marca.
1 e com toda a justica