Vitória nomal de Portugal por mais dois pontos do que seria o resultado de acordo com a posição no ranking das duas equipas. Apesar de ter sido um fraco jogo é um bom resultado para a estreia de Simon Mannix — pena foi que tendo atingido a diferença de 15 pontos não tenha havido alguma tentativa de pontapé-de-ressalto que fizesse subir o resultado para mais de 15 pontos o que garantiria uma superior pontuação no ranking… e quando se está lá perto…
Esta vitória permitiu — graças à vitória da Itália sobre Tonga por mais de 15 pontos de diferença— o retorno ao 15º lugar do ranking mundial que ocupamos até ao meio de Março. Este retorno significa exigências de resultados contra os nossos adversários que nos possam garantir a qualificação para o próximo Mundial. Não pode, portanto, haver distrações ou
Que o jogo foi fraco, dizia. Se as minhas notas — não fiz a sua revisão — estão correctas, para além de uma muito má e mesmo inadmissível prestação nos alinhamentos, das 33 posses de bola a selecção foi obrigada a 54 sequências com passagem por reagrupamentos no chão que apenas possibilitaram 52% de ultrapassagens de Linha de Vantagem. E se a estes valores juntarmos os 4 ensaios resultantes de 7 entradas na área de 22, podemos concluir que poderíamos ter ampliado a diferença final se não tivessemos uma apreciável falta de apoio — o losango atacante não existiu — que impede a continuidade do movimento e a circulação da bola. Em vez disso continuamos com o vício, dando todo o tempo de reorganização à defesa, de ir ao chão. E o jogo de movimento significa que a bola deve ser passada antes da paragem motivada pelo contacto directo ou pela ida ao chão. Porque, de facto não se joga da mesma maneira em posição defensiva e atacante e o domínio das duas tácticas é essencial ao uso eficaz do uso que a posse da bola deve permitir.E se defensivamente se pode recorrer ao chão, no atacante só serve para entregar tempo ao adversário.
A vitória é sempre boa e permite-nos não perder confiança. Mas se queremos que não nos aconteçam surpresas como com a derrota com a Bélgica, temos que perceber que a Namíbia é uma equipa mais fraca do que a maioria dos nossos adversários europeus. E partir dessa realidade deve permitir-nos alterar conceitos tácticos e melhorar as técnicas nomeadamente extendendo a técnica dos passes-em-carga — off-loads — a todos os jogadores da equipa.
Por outro lado é também necessário garantir a subida da defesa e não, como aconteceu, usar a defesa-de-espera que permite a manobra — pelo tempo e espaço concedidos — atacante adversária e esse facto abriu, por mais do que uma vez, a nossa defesa.
Nos outros jogos desta Janela de Julho as maiores surpresas aconteceram com a vitória da Irlanda — com um pontapé-de-ressalto no último momento do jogo — sobre a África do Sul (próximo adversário dos Lobos), com a vitória da Argentina sobre uma equipa da França com muitas alterações e com o grande resultado conseguido pela Geórgia sobre o Japão que as fez trocar de posição no ranking mundial.
Como jogos muito interessantes e que vale a pena ver foram os da África do Sul-Irlanda e o Nova Zelândia-Inglaterra onde se viu a selecção inglesa a mostrar um jogo muito interessante e cada vez mais próximo do que vimos nas equipas inglesas de clube quando disputavam as Taças europeias.
No próximo fim‑de‑semana haverá mais jogos desta Janela de Julho.