sexta-feira, 22 de agosto de 2025

ABERTURA MUNDIAL FEMININO que fizeram uma demonstração de superio

 

Jogando em casa e sendo a equipa que ocupa o 1º lugar do Ranking Mundial Feminino, a Inglaterra é a favorita deste jogo inaugural por números muito elevados — 51 pontos de diferença de acordo com a previsão. Vamos ver até onde resiste o “quinze feminino” dos os Estados Unidos…

… e, do lado de cá da televisão, apoiarmos a “nossa” Maria Heitor.


A Inglaterra fez o que se esperava, ganhando por enorme diferença de pontos. Mas curiosamente as estatísticas das duas equipas estão muito próximas — a USA tem 52% de POSSE e 49% de TERRITÓRIO e sofre 11 ensaios apesar de 88% de Sucesso nas Placagens (falhou 17 placagens contra 19 falhadas pelas inglesas) — com excepção das penalidades e das formações-ordenadas que tiveram uma vantagem de mais do dobro para as inglesas que fizeram uma demonstração de enorme domínio neste sector. É também de relembrar o muito importante papel das duas pilares Botterman e Muir — na garantia da continuidade de movimento da equipa.

A demonstração de capacidade feita pela equipa inglesa para além de prometer jogos muito interessantes entre equipas equilibradas mostra a sua aposta para a vitória final. Este Mundial vai valer a pena ver porque as equipas vão mostrar interessantes capacidades e muito boa compreensão do jogo. A ver!

ENORME EXPECTATIVA


 Nesta 2ª jornada do Rugby Championship 2025 se a África do Sul perder pela mesma diferença da 1ª jornada, descerá para o 6º lugar do ranking da World Rugby. O que seria um verdadeiro desastre para a equipa bi-campeã do Mundo e que entrou neste torneio colocada em 1º lugar do ranking. Daqui que este jogo neste sábado seja esperado com enorme expectativa: como irão os sul-africanos jogar? que alterações irão fazer ao seu jogo para impedir os australianos de serem tão eficazes como o foram no jogo anterior — 6 ensaios não se obtêm por acaso mas sim pelo controlo da rapidez de conquista da bola e do movimento das manobras que desequilibravam a defesa africana. Como vai ser? veremos…porque não basta ser favorito…

A Nova Zelândia que voltou ao 1º lugar do ranking e que só o perderá com uma derrota de por 16 ou mais pontos de diferença no jogo contra a Argentina. Argentina que terá — de novo em frente ao seus adeptos — uma tarefa difícil mas que tudo fará para conseguir a vitória. Serão portanto dois jogos de grande expectativa e de novo com uma boa qualidade.

Para que tudo seja como deve ser em jogos que contam com equipas situadas no grupo das 7 melhores do Mundo, espera-se que as arbitragens sejam de qualidade, nomeadamente no que diz respeito à marcação de foras-de-jogo e acerto na análise do jogo no chão.  



quinta-feira, 21 de agosto de 2025

MARIA HEITOR NA ABERTURA DO MUNDIAL FEMININO


Começa nesta sexta-feira próxima pelas 19:30, na Sport TV7, o Mundial Feminino 2025 com o jogo de abertura Inglaterra-Estados Unidos e onde a nossa Maria Heitor estará presente como Árbitra Assistente da Árbitra Principal sul-africana Aimee Barret-Theron que terá como outra Assistente a Neozelandesa Natarsha Ganley.

Os nossos votos vão para uma boa prestação da Maria Heitor que tem vindo a demonstrar as capacidades que a levam a esta honrosa participação. Boa sorte, Maria!

terça-feira, 19 de agosto de 2025

GANHAR PELA EFICÁCIA


 É curioso que com vantagem em praticamente todos os factores dos jogos, a África do Sul tenha sido incapaz de marcar qualquer ponto na 2ª parte e tenha perdido, depois de deter uma vantagem 17 pontos ao intervalo, por uma diferença final de 16 pontos.

Cinco aspectos australianos saltam à vista: mais placagens, menor número de penalidades sofridas, mais jogo ao pé com maior qualidade de ocupação de terreno, mais conquistas no alinhamento com melhor distribuição de movimentos atacantes e uma maior capacidade de rapidez na libertação da bola nos rucks e até com maior conquista de turnovers. E estes factores traduziram-se numa maior eficácia dentro da linha de 22 adversária.

De facto não serve de nada uma maior percentagem de posse de bola ou de ocupação territorial se não existe eficácia no uso da bola e se a procura constante da colisão permite ganhar alguns metros sobre a linha de vantagem a demora de libertação dos rucks permitiu sempre que a defesa australiana se reorganizasse e retirasse eficácia ao jogo sul-africano. E assim se justificou a vitória australiana que fez uma excelente demonstração de rugby-de-movimento.

Veremos como, desde já e com muita curiosidade, irão os sul-africanos mostrar as correcções conseguidas no seu jogo neste novo encontro também a disputar na África do Sul. A não perder…

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

ALL-BLACKS EM PRIMEIRO NO RANKING



Com os resultados desta 1ª jornada do 4 Nações, a Nova Zelândia passou para o 1º lugar do Ranking da World Rugby com 92,51 pontos. Os jogos foram muito bons de ver, principalmente o África do Sul-Austrália ao qual, ao contrário da cćlebre frase do futebolista Oliveira: quem num biu, bisse! direi que, se gosta de rugby, tem que ver!

A recuperação da Austrália foi notável, conseguindo inverter as previsões que a davam como derrotada por 15 pontos de diferença para terminar vencedor pela margem de 16 pontos (!), depois de ter estado, ao intervalo a perder por 22-5. Esta viragem terá como tradução o facto da incapacidade dos sul-africanos em aguentar a velocidade que oa australianos colocaram no seu jogo de movimento. Aliás os sul-africanos com a previsibilidade do seu jogo de colisão — continuam a entender que o jogo se realiza mais na força da linha recta (colisão) do que com a inteligência do movimento (manobra) — o que, reconheça-se, deu os seus bons resultados ( 2 Mundiais) excepto quando os adversários têm a preparação suficiente para resistir aos ataques directos e para obrigarem, com o seu movimento, a defesa a deslocar-se demasiado nas coberturas que tem que fazer e não terem, como não tiveram, a “caixa de ar” e a disponibilidade muscular suficientes para se oporem na 2ª parte do jogo à continuidade de movimento do adversário.

Esta vitória australiana foi boa para mostrar que a movimentação e a continuidade da manobra pode — como entendia Nun’Álvares — ser mais eficaz que a colisão, seja ela ofensiva ou defensiva. Os conceitos de Joe Schmidt começam a fazer os seus efeitos.

Na vitória dos All Blacks que venciam por 31-10 ao intervalo para permitirem um resultado na 2ª parte de 10-14 favorável aos argentinos, o que mais interessante se viu foi a forma defensiva neozelandesa, muito rápida e com o exterior a adiantar.se, impedindo assim que os argentinos manobrassem ao largo e obrigando-os à colisão. E desta fórmula os argentinos só conseguiram sair no excelente ensaio do seu abertura, Tomas Albornoz, que conseguiu, com uma linha de corrida convergente, um ataque interior que apanhou a defesa allblack com os “pés trocados”. 

No próximo fim de semana a África do Sul tudo tentará para não ser derrotada de novo na sua própria casa. E se Eramus já reconheceu que a maior parte da culpa da derrota não foi dos jogadores mas sim da equipa técnica, veremos que alterações estratégicas surgirão. Quanto à Austrália o que se espera é a sua contínua subida na preparação para o Mundial 2007 que se disputa em sua casa. E assim a sua vitória será uma nova hipótese…

Quanto aos AllBlacks e agora que voltaram ao 1º lugar do Ranking, a sua perspectiva é de nova vitória. No entanto e tendo os argentinos uma semana para adaptar o seu tipo de jogo à defesa neozelandesa, pode ser que consigam um maior equilíbrio e, eventualmente, surpreender com a proximidade do resultado.

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

1ª JORNADA QUATRO NAÇÔES

 


Este fim-de-semana começa o Rugby Championship que, envolvendo as quatro melhores equipas do Sul, podemos designar por Quatro Nações numa comparação nominal com o nosso Seis Nações. Para nossa sorte a SPORTTV irá transmitir todos os jogos desta competição.

Os principais favoritos à vitória final, serão os dois primeiros classificados — África do Sul e Nova Zelândia — do ranking mundial. De qualquer maneira espera-se que, dados os últimos resultados, . — lembre-se que a Argentina venceu os British&Irish Lions bem como a Austrália — que são melhores do que as diferenças classificativas dos valores do ranking e assim os jogos tenham tendência ao equilíbrio.

Como novidade o facto dos australianos terem terminado com os efeitos da “Lei Giteau” — obrigação de um mínimo de 60 internacionalizações e de sete temporadas cumpridas no Super Rugby para poderem jogar fora do país e representá-lo na selecção nacional. Embora devendo, em caso de igualdade de “calibre”, dar prioridade aos jogadores “internos”, o seleccionador, Joe Schmidt, poderá convocar os jogadores que considere como melhores defensores da camisola australiana. O que pode representar uma vantagem uma vez que, dado o facto do rugby de XV não ser no país uma modalidade de grande projecção, existe uma tendência dos jogadores procurarem contratos no estrangeiro. Será curioso perceber como lidará Schmidt — chamará novos jogadores “estrangeirados” ? — com esta nova situação.

Outra da curiosidade destes jogos diz respeito a verificar que “inventona(s)” apresentará desta vez o sul-africano Rassie Erasmus…

Seja como fôr, um sábado de bons jogos para amenizar o calor.




terça-feira, 5 de agosto de 2025

O TRÊS-ZERO FOI-SE


Com a entrada de Nic White — jogador capaz de concentrar em si o foco dos adversários que assim se desligam da bola — e provavelmente com a ajuda da chuva de grande intensidade a que um intervalo de cerca de 40 minutos para salvaguarda de hipóteses de raios que originaram a preocupação quando apareceram a 10 km do estádio. Se a chuva permitiu diminuir a intensidade do jogo, o intervalo de segurança permitiu provavelmente a recuperação física australiana que se mostrou, nos dois jogos anteriores, longe da preparação necessária para jogos deste nível. 

Curiosamente a Austrália, apesar da chuva, foi muito capaz de desistir da colisão e conseguir as manobras essenciais para utilizar mais a bola fazendo 165 passes — os B&ILions fizeram 126  —  para conseguir 67 ultrapassagens da Linha-de-Vantagem contra as 56 dos britânicos mas acabando nas mesmas 4 rupturas da defesa e 8 entradas na Área-de-22. Tudo isso porque as defesas estiveram com grande eficácia com os australianos com 92% de sucesso e 90% por parte dos britânicos, levando a que a maior parte do jogo se desenrolasse na zona do meio-campo e com as poucas entradas conseguidas nas Áreas-de-22. A chuva poderá ter tido muitas culpas…e a possibilidade da terceira vitória cedo terá ficado determinada…


Os Lions venceram a Série de 3 jogos com 2 vitórias. Mas tudo foi muito equilibrado como se pode verificar no gráfico acima onde se mostra que, no somatório de pontos das duas equipas, a diferença é apenas de 1 ponto favorável aos Lions.  Um ponto marcante que mostra a vantagem dos Lions e justiça da sua vitória está na vantagem  conseguida no Índice de Eficácia do Uso da Bola que, no fundo, será o que conta: “quanto melhor utilizares a bola mais eficaz serás” — uma vez que a bola tem que, na maior parte dos casos,  ser transportada até ao interior da Área-de-Ensaio. O conjunto do gráfico mostra que, embora com valores menores nos domínios considerados, os Lions são mais eficazes na sua utilização e daí a sua vantagem final. Para a Austrália, o recurso à colisão em vez de recorrer à manobra como o fez no terceiro jogo, será a maior razão para as duas derrotas.

Por ter atingido, com o seu cotovelo, a cabeça de um adversário, o talonador irlandês e nesse momento a capitanear os Lions, o notável Dan Sheehan foi, posteriormente, penalizado com 4 jogos de castigo. Castigo este que poderá ser reduzido a 3 jogos se Sheehan frequentar com aproveitamento um curso de treinadores…
… e agora, teremos os jogos entre as quatro nações do sul — Nova Zelândia, Austrália, África do Sul, Argentina — para passar o verão.
 






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