É curioso que com vantagem em praticamente todos os factores dos jogos, a África do Sul tenha sido incapaz de marcar qualquer ponto na 2ª parte e tenha perdido, depois de deter uma vantagem 17 pontos ao intervalo, por uma diferença final de 16 pontos.
Cinco aspectos australianos saltam à vista: mais placagens, menor número de penalidades sofridas, mais jogo ao pé com maior qualidade de ocupação de terreno, mais conquistas no alinhamento com melhor distribuição de movimentos atacantes e uma maior capacidade de rapidez na libertação da bola nos rucks e até com maior conquista de turnovers. E estes factores traduziram-se numa maior eficácia dentro da linha de 22 adversária.
De facto não serve de nada uma maior percentagem de posse de bola ou de ocupação territorial se não existe eficácia no uso da bola e se a procura constante da colisão permite ganhar alguns metros sobre a linha de vantagem a demora de libertação dos rucks permitiu sempre que a defesa australiana se reorganizasse e retirasse eficácia ao jogo sul-africano. E assim se justificou a vitória australiana que fez uma excelente demonstração de rugby-de-movimento.
Veremos como, desde já e com muita curiosidade, irão os sul-africanos mostrar as correcções conseguidas no seu jogo neste novo encontro também a disputar na África do Sul. A não perder…