segunda-feira, 18 de agosto de 2025

ALL-BLACKS EM PRIMEIRO NO RANKING



Com os resultados desta 1ª jornada do 4 Nações, a Nova Zelândia passou para o 1º lugar do Ranking da World Rugby com 92,51 pontos. Os jogos foram muito bons de ver, principalmente o África do Sul-Austrália ao qual, ao contrário da cćlebre frase do futebolista Oliveira: quem num biu, bisse! direi que, se gosta de rugby, tem que ver!

A recuperação da Austrália foi notável, conseguindo inverter as previsões que a davam como derrotada por 15 pontos de diferença para terminar vencedor pela margem de 16 pontos (!), depois de ter estado, ao intervalo a perder por 22-5. Esta viragem terá como tradução o facto da incapacidade dos sul-africanos em aguentar a velocidade que oa australianos colocaram no seu jogo de movimento. Aliás os sul-africanos com a previsibilidade do seu jogo de colisão — continuam a entender que o jogo se realiza mais na força da linha recta (colisão) do que com a inteligência do movimento (manobra) — o que, reconheça-se, deu os seus bons resultados ( 2 Mundiais) excepto quando os adversários têm a preparação suficiente para resistir aos ataques directos e para obrigarem, com o seu movimento, a defesa a deslocar-se demasiado nas coberturas que tem que fazer e não terem, como não tiveram, a “caixa de ar” e a disponibilidade muscular suficientes para se oporem na 2ª parte do jogo à continuidade de movimento do adversário.

Esta vitória australiana foi boa para mostrar que a movimentação e a continuidade da manobra pode — como entendia Nun’Álvares — ser mais eficaz que a colisão, seja ela ofensiva ou defensiva. Os conceitos de Joe Schmidt começam a fazer os seus efeitos.

Na vitória dos All Blacks que venciam por 31-10 ao intervalo para permitirem um resultado na 2ª parte de 10-14 favorável aos argentinos, o que mais interessante se viu foi a forma defensiva neozelandesa, muito rápida e com o exterior a adiantar.se, impedindo assim que os argentinos manobrassem ao largo e obrigando-os à colisão. E desta fórmula os argentinos só conseguiram sair no excelente ensaio do seu abertura, Tomas Albornoz, que conseguiu, com uma linha de corrida convergente, um ataque interior que apanhou a defesa allblack com os “pés trocados”. 

No próximo fim de semana a África do Sul tudo tentará para não ser derrotada de novo na sua própria casa. E se Eramus já reconheceu que a maior parte da culpa da derrota não foi dos jogadores mas sim da equipa técnica, veremos que alterações estratégicas surgirão. Quanto à Austrália o que se espera é a sua contínua subida na preparação para o Mundial 2007 que se disputa em sua casa. E assim a sua vitória será uma nova hipótese…

Quanto aos AllBlacks e agora que voltaram ao 1º lugar do Ranking, a sua perspectiva é de nova vitória. No entanto e tendo os argentinos uma semana para adaptar o seu tipo de jogo à defesa neozelandesa, pode ser que consigam um maior equilíbrio e, eventualmente, surpreender com a proximidade do resultado.

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