terça-feira, 11 de janeiro de 2011

QUAL FOI O GANHO?

Ainda não me adaptei, entre fechos e aberturas, ao novo ano e já a fase regular do campeonato nacional terminou. Sem que, da redução, se tenha percebido vantagens. Pelo contrário, começado cedo de mais traduziu o que popularmente se sabe: o que torto nasce, tarde ou nunca se endireita.

Nem mesmo a introdução do falso equilíbrio de Novembro – com a continuidade (excelente mito, este) das jornadas durante a “janela” internacional – permitiu surpreender fosse o que fosse. A Académica – jovem e promissora mas a quem faltou rodagem – já chegou tarde à festa e os quatro apurados do Final Four estavam conhecidos desde, pelo menos, a 4ª jornada: CDUL, Direito, Agronomia e Belenenses estão desde então nas posições de apuramento para as meias-finais.

Começando cedo de mais e terminando logo a seguir, o campeonato nacional, iniciado a destempo, não possibilitando a organização competitiva das equipas por falta de pré-competição preparatória, não se impõe no desenrolar da época (que dirão a isto potenciais patrocinadores?) e não eleva o seu nível competitivo. Tão pouco serviu no ponto que poderia ser visto como útil: estrangeiros contratados a três meses – quem recorreu ao expediente nada lucrou.

Dos quatro últimos, só a Académica, como mostra a diferença entre pontos marcado e sofridos, se mostrou capaz de ombrear com os melhores – e as perguntas são óbvias: porque continua o campeonato a disputar-se com oito equipas? Porque desapareceu a ideia da “passagem” a seis?


O Benfica andou por aí, o Técnico fartou-se de sofrer pontos - o número de ensaios sofridos é enorme... e o CRAV teve volta de retorno – uma espécie, sem qualquer culpa, de “útil de serviço” que sossegou as outras equipas e o seu baixo nível competitivo.


É sabido: sem equilíbrio não há competitividade interessante. Faça-se então o equilíbrio e “montem-se” as épocas – olhando para o essencial e deixando o secundário – de forma a garantir a melhor disputa competitiva para o Campeonato Nacional principal.  O rugby português ganhava com isso e nós, espectadores, também.    

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