segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O MUNDIAL PROMETE

O interesse do Mundial aumenta à medida que se vêem os jogos entre as equipas que estarão na Nova Zelândia.

A África do Sul, actual campeã do Mundo, é sempre uma equipa muito forte e que não é fácil para ninguém derrotar mas o seu jogo só a espaços é suficientemente entusiasmante excepto, naturalmente, para os seus seguidores. É um jogo de imposição apenas possível de igualar pela Inglaterra dos grandes dias. Mas, apesar das actuais derrotas, a África do Sul será sempre - na altura própria - um sério candidato à vitória final.

A esperança é que apareça uma equipa capaz de mostrar que o rugby de movimento – para além de ser mais interessante de ver é também o mais adequado para a maioria das equipas que não disponham de jogadores tipo “armário” em qualquer das posições.

A Austrália, este sábado demonstrou, com um jogo excitante, divertido, arriscado, bom de ver, que é possível levar de vencida – num aparente David contra Golias – as equipas que baseiam na imposição do seu físico a forma de chegar à vitória.

Mas no Mundial - situação de muito maior pressão - é preciso que as equipas como esta Austrália, como a Nova Zelândia dos All Blacks, como uma França transformada ou a Irlanda do fighting spirit capaz de virar qualquer campo, tenham a coragem de correr os riscos necessários para desequilibrar defesas – e nem sempre a cabeça deixa que assim seja. E não haverá outras formas: se em Setembro/Outubro as equipas que sabem manusear a bola em movimento com jogadores lançados e passes de continuidade sobre a linha de vantagem, não forem capazes de encontrar o domínio psicológico para correr riscos e realizar as combinações que permitam perfurar, em apoio, as defesas coriáceas das equipas mais possantes, o próximo Mundial deixará para a História o mesmo do anterior – a África do Sul e a Inglaterra serão as equipas que ganharão os favores das apostas.

Para já, o que se vê, permite pensar num campeonato onde dominarão as equipas capazes do movimento e risco. Processo que, desde que garanta o avanço no terreno, é tão ganhador como o jogo controlado e que baseia os seus pontos fortes no contacto e na imposição física. E muito mais divertido.

Arquivo do blogue

Quem sou

Seguidores