A Argentina obteve, provavelmente, o seu melhor resultado de sempre – um empate (16-16) contra a África do Sul, um bi-campeão mundial e terceiro qualificado no ranking mundial que traduz a demonstração da sua maioridade rugbística.
Para isso e depois de uma estratégia baseada na colocação de jogadores a jogarem nos melhores campeonatos europeus – França e Inglaterra - definida para o Mundial de 2007 que lhe proporcionou o 3º lugar, a Federação Argentina, com o apoio da IRB, delineou, em sequência, uma nova estratégia que contou, inclusivamente, com uma equipa a participar em campeonatos na África do Sul e com a contratação – enquanto consultor – do treinador neozelandês campeão mundial, Graham Henry.
Conhecer cada passo do caminho da estratégia argentina nos últimos anos constitui também um primeiro passo para podermos perceber como organizar competitivamente o rugby português para os momentos competitivos decisivos que irão acontecer nos próximos 7 a 10 anos – Mundial de 2015, Olimpíadas 2016 com Sevens e possibilidades de desaparecimento do Mundial da variante e consequente aumento das dificuldades de qualificação, eventual desdobramento do Mundial de 2019 em duas competições. Continuar a competir ao melhor nível – acesso ao Mundial e bons resultados no 6 Nações B a que a qualificação para os Jogos do Sevens acrescentaria enorme mais-valia – é fundamental para o desenvolvimento e até, diria, para a continuação competitiva do rugby português.