terça-feira, 7 de agosto de 2012

COM DESEQUÍLIBRIOS SE VENCE

Em tempo de Jogos Olímpicos não resta muito tempo para escrever sobre outras coisas - o espectáculo é de tal maneira atractivo que o corredor em frente da televisão é o único campo utilizável... para jornais, papeis, bebidas, óculos, canetas, acesso à internet, o que fôr. Por isso deixo apenas algumas notas tiradas ao sabor do desenrolar - e do caderno mais próximo - da final do Super 15.
Os Chiefs ganharam e ganharam bem. Porque conseguiram criar mais desequilíbrios. Que resultaram principalmente de:

- capacidade de pressionar nos reagrupamentos sem, necessariamente, comprometer demasiados jogadores - o que possibilitou quer recuperações, quer diminuição da velocidade de transmissão da bola com clara vantagem para a subida organizada dos defensores;
- saber jogar dentro da defesa e entre linhas - a continuidade do movimento através do passe limita a reorganização defensiva e permite a criação de constantes e sucessivas superioridades numéricas;
- se o intervalo fecha, a rotação do portador da bola prejudica a placagem agressiva do defensor e permite ou manter a bola viva - jogando dentro da defesa - ou mesmo permite que o jogador continue a sua corrida de avanço no terreno;
- ter claro que os erros não são para perdoar ou esquecer, são para explorar - detectado um ponto fraco adversário que garanta vantagem não se deve desistir dele a não ser depois do adversário o ter conseguido corrigir.

Uma nota final: o rugby foi definido como um jogo de passar e correr; com as diversas alterações ocorridas, muitas delas com base na passagem ao profissionalismo em 1995, o jogo aumentou as suas exigências físicas ao ponto de, hoje, se falar em jogo de colisão. Assim sendo, caracterizaria o jogo assim - sem esquecer que tratámos de um jogo colectivo de combate:
O rugby é um jogo colectivo de combate em que a equipa de posse da bola deve correr e passá-la para conquistar terreno e poder marcar pontos enquanto que a equipa defensora deve procurar a colisão para o impedir.

Assim dito parece que ficará claro que a utilização da bola deve ser realizada no espaço livre, evitando o contacto e mantendo o movimento enquanto que os defensores procuram placar o portador (o que exige a sua colocação no chão) e evitar que ele continue a avançar.
De um lado o ataque aos intervalos; do outro o ataque ao portador da bola. Depois há todo um processo táctico e técnico de adaptação às situações.


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