segunda-feira, 13 de novembro de 2017

RESULTADOS INTERNACIONAIS


De acordo com as previsões dos valores de pontuação do Ranking da World Rugby, o melhor resultado do fim-de-semana foi o da Itália que para além de ter surpreendido ao vencer o jogo contra uma equipa, Fiji, melhor qualificada, conquistou mais 20 pontos do que a previsão - de derrota por 11 pontos, venceu por 9 pontos de diferença.

O segundo melhor resultado pertenceu à Irlanda que, em casa mos já com previsão de vencedora, ultrapassou em 28 pontos a previsão inicial, aumentando a segurança do seu 4º lugar. no ranking A Alemanha, com uma vitória sobre o Brasil por mais de 16 pontos do que o previsto, fez também um excelente resultado (lembre-se que o Brasil derrotou recentemente Portugal por 25-21 e que, no último jogo realizado com os alemães, Portugal perdeu por 50-27).

As vitórias da Geórgia, Austrália e AllBlacks estiveram dentro do esperado. No jogo França-AllBlacks percebeu-se, nesta 11ª derrota consecutiva contra os neozelandeses, a distância a que os Bleus ainda se encontram do topo mundial - principalmente se atendermos a que os neozelandeses se terão limitado a cumprir o essencial da tarefa.

A Inglaterra limitou-se a vencer - num jogo, aliás, muito pouco interessante - deixando no ar que o caminho que Eddie Jones pretende para vencer o Mundial de 2019 ainda tem ... muito caminho. Os Argentinos - falhando 4 penalidades e uma transformação no total de 14 pontos! - mostraram-se com os defeitos a que recentemente nos tem habituado - falta de profundidade atacante (precisaram de 30 fases para conseguir o ensaio de consolação em cima do tempo final do jogo!).

Gales, apesar das boas intenções de uma nova forma de jogar, não conseguiu ultrapassar, averbando a 13ª derrota consecutiva contra estes adversários, os australianos. Falta ainda adesão global ao novo modelo e coesão à equipa. Veremos se a sequência dos jogos deste Novembro trarão alguma novidade em termos de eficácia competitiva. Para já fica a curiosidade da diferença - técnico-táctica  e pontual - que conseguirão demonstrar no próximo jogo contra a Geórgia.

O pior resultado de todos foi sem dúvida o da Escócia que, com 10 lugares e 12,8 pontos de intervalo para os seus adversários, venceu a Samoa por apenas 6 pontos de diferença num jogo com 11(!) ensaios mas em que, pela diferença pontual de ranking, não estavam em causa - aliás como no Geórgia-Canadá, Inglaterra-Argentina ou França-AllBlacks - pontos de ranking .

Como curiosidade diga-se e a propósito da eterna discussão sobre a importância da posse da bola no jogo de XV, que os vencedores Inglaterra (37%), Austrália (49%), Escócia (46%), Irlanda (46%) e AllBlacks (43%) tiveram menos posse de bola do que os vencidos. A questão coloca-se cada vez mais no facto de a real importância estar, não na capacidade de posse da bola, mas sim no capacidade do USO da bola. Ou seja: ter a bola é importante - com ela podem-se marcar pontos e o adversário não; mas muito mais importante é a eficácia da sua utilização, a capacidade de transformar em pontos a posse da bola. A posse da bola não é para levar a bola a passear pelo campo, a posse da bola é para a colocar na área de ensaio adversária. E nisso, os AllBlacks - a posse da bola tem como objectivo marcar ensaios -  dão, mesmo quando jogam apenas o suficiente, lições a reter.

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