quarta-feira, 15 de maio de 2019

QUEM SERÁ CAMPEÃO?


Terminada a fase regular do campeonato nacional da Divisão de Honra e numa imposição regulamentar de pouco sentido — até porque o melhor classificado não retira daí qualquer benefício — os dois finalistas são o Belenenses, ainda actual campeão, e a Agronomia, finalista da última época.
A fase regular, atingindo um índice de competitividade de 40 pontos, foi o melhor dos campeonatos disputados com oito clubes desde, pelo menos, 2000 para cá como se pode verificar no gráfico abaixo.



O Belenenses com duas vitórias sobre cada um dos seus principais adversários, Agronomia e Técnico, e com uma média de 79% de Capacidade Competitiva, mostrou-se como a equipa mais forte na regularidade demonstrada e a aproximação pontual dos seus adversários fez-se essencialmente pela conquista, 5 e 9 respectivamente, de pontos de bónus.
Apesar de uma elevada aposta com recurso a diversos jogadores estrangeiros o Técnico — embora ainda com a esperança de um recurso para o Tribunal Arbitral do Desporto* — não conseguiu mais do que a 3.ª posição, perdendo, para além das derrotas com o Belenenses, com o CDUL, CDUP e Académica. O CDUL, mantendo o registo recente, ficou, apesar da derrota em Monsanto na última jornada, em 4.º lugar deixando, embora com os mesmos pontos de classificação, a quinta posição para o Direito. Em sexto lugar a jovem equipa do CDUP que demonstrou qualidades interessantes e quem faltará apenas um maior grau de maturidade dos seus jogadores para poder elevar os seus objectivos.
O Cascais com uma primeira volta de muito baixo nível - apenas um ponto e de bónus defensivo!
 - conseguiu, na 2.ª volta uma prestação mais próxima - conquistou 20 pontos - do expectável e terminou o campeonato com uma apetecida vitória sobre o Belenenses.
No último lugar a Académica que teve uma segunda volta muito fraca mas que, com as suas três vitórias, garantiu um nível global competitivo aceitável (um campeonato é tanto mais competitivo quanto o seu índice se aproximar de 100).


No próximo sábado pelas 14:45 e no campo de Monsanto do GD Direito jogar-se-à a final que ditará o campeão nacional. Embora com uma derrota contra o Cascais na jornada final — mas numa altura em que o resultado, fosse ele qual fosse, nada acrescentaria em termos classificativos — o Belenenses apresenta, em termos de Capacidade Competitiva (média da taxa de sucesso definida pelo número de vitórias, taxa do número de pontos de classificação e a quota do número de pontos marcados sobre o total de pontos marcados e sofridos) sobre o seu adversário da final uma vantagem de 14 pontos percentuais. O que significa uma ligeira superioridade em termos de consistência de resultados o que, apesar de ser uma vantagem, não garantirá um favoritismo evidente. No entanto com diversos jogadores das suas linhas atrasadas com experiência aumentada pela participação internacional em “quinze” e “sete”, a equipa de Belém, apesar da sua juventude, tem já evidentes capacidades para ultrapassar as dificuldades que o jogo possa oferecer. 
Como curiosidade maior do jogo estará a forma como Agronomia se apresentará para surpreender — o normal será fazer a sua aposta no bloco avançado, tentando provocar a pressão necessária para criar dificuldades às linhas atrasadas belenenses e impedi-las de serem eficazes. Mas só isto não chegará e fica a expectativa: qual será a surpresa táctica que os agrónomos utilizarão?

* O Técnico recorreu da derrota contra a Académica por entender ter esta — em jogo correspondente a um adiamento de jornada e não jogo de repetição — jogado com um jogador irregularmente inscrito.


Arquivo do blogue

Quem sou

Seguidores