sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

PORTUGAL-BÉLGICA: O JOGO QUE IMPORTA


De acordo com o posicionamento no ranking mundial actual das duas equipas, Portugal tem o favoritismo e o resultado previsto seria uma vitória por uma diferença de 17 pontos de jogo. No entanto a actual situação não é real porque Portugal, conquistou os seus pontos de ranking na III divisão europeia — 86% de Taxa de Sucesso (6V, 1D) e com 81% de Quota de Pontos Marcados — enquanto que a Bélgica, a jogar a European Championship, defrontou adversários bem mais poderosos — 17% apenas de Taxa de Sucesso (1V, 6D) e com 25% de Quota de Pontos Marcados. 
Apesar disso o histórico dos jogos entre ambos — acentuando que no último jogo realizado em 2017 e que contava para o “sobe-e-desce” (play-off) europeu e realizado em Bruxelas, Portugal perdeu e, por isso, se manteve na III Divisão — é muito favorável a Portugal como se pode verificar pelo gráfico abaixo. O que pelo menos ajuda a diminuir a pressão...

A Bélgica, recheada de jogadores a actuarem em França, não será um adversário fácil — lembre-se a sua vitória contra a Espanha num vergonhoso jogo que acabou com um castigo de perda de 20 pontos de classificação para os espanhóis — num primeiro jogo de abertura do Championship e enquanto os jogadores portugueses não têm ainda os hábitos da intensidade dos jogos internacionais  deste nível.
O tipo de jogo que Portugal sabe fazer causa sempre enormes problemas aos defensores belgas, pouco habituados aos deslocamentos que o movimento e manobras ofensivas provocam. O que significa que, nesta estreia de Lagisquet ao comando, a equipa portuguesa tem que mostrar a coragem necessária — independentemente da pressão que pesa sobre ela — para realizar um jogo de risco, atacando e surpreendendo a defesa adversária com combinações eficazes e continuidade de jogo.
O que importa — no final e façam-se as análises que se fizerem — é que Portugal ganhe o jogo — o mais importante desta época, dir-se-á — e garanta, desde logo e com uma elevada probabilidade, a permanência na European Championship e que não tenha que disputar qualquer play-off de manutenção. O rugby português precisa de voltar ao permanente convívio competitivo com este
núcleo do Seis Nações B e que está cada vez mais próximo de se tornar numa ante-câmara de entrada
para o prestigiado Seis Nações.

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