sexta-feira, 9 de julho de 2021

A IMPORTÂNCIA DE UM JOGO

O Países-Baixos x Portugal é um jogo de enorme importância para o posicionamento futuro de Portugal. E não vai ser fácil... a realidade só tem uma palavra de ordem: GANHAR!
Tratando-se de um jogo contra um adversário que acabou de subir da divisão — ou seja, aquele que é considerado o mais fraco pelas vozes populares — tem um enquadramento particular: quem conseguir a vitória dará uma enorme passo para não ser a equipa condenada à futura descida de divisão. E esse é o primeiro objectivo da selecção nacional portuguesa que, conseguido isso, pode então pensar na possibilidade de se qualificar para o Mundial 2023. Ou seja: segurança primeiro, aventura depois!
Vendo os valores do gráfico abaixo apresentado — que determina e permite comparar, através do algoritmo Noll-Scully que é utilizado nas competições norte-americanas, o grau de “equilíbrio competitivo” das competições, definindo assim, não a qualidade do confronto entre as equipas, mas o nível de intensidade de cada jogo (quanto mais equilibrada é uma competição, mais exigentes são os meios para vencer cada jogo) — percebemos que o Rugby Europe Championship, com o valor de equilíbrio competitivo de 1,09 — o valor 1 determina o equilíbrio competitivo da competição — é uma das competições rugbísticas mundiais mais equilibrada: sabendo-se quem ganha quase sempre (Geórgia), nunca se sabe quem irá ocupar os outros lugares. O que significa que os Países Baixos são também candidatos a um dos lugares cimeiros que perseguimos.


Repare-se que, comparando diferentes competições através do referido algoritmo, podemos verificar que o Rugby Europe Championship é mais competitivo — isto é, existe uma maior dificuldade em “acertar” nas posições da tabela classificativa final — do que o Torneio das Seis Nações com 1,12 pontos (o SR Aotearoa neozelandez vale 0,84 pontos, sendo, porque abaixo de 1, uma competição que não permite pensar em vencedores ou posições antecipadas, tratando-se da competição rugbística mundial mais equilibrada). O que confirma a afirmação das possibilidades qualificativas de qualquer dos adversários, nomeadamente dos Países Baixos.
Ora num quadro desta natureza como é o equilíbrio da REC* que exige em cada jogo elevadas capacidades competitivas e de domínio técnico e táctico e até estratégico que permitam a vitória, o jogo contra os Países Baixos exigirá a melhor coesão e eficácia da nossa equipa nacional. Sem erros e sem faltas!
Se o nosso Grupo do Título da Divisão de Honra representa um equilíbrio competitivo de 1,64, o campeonato holandês (ainda não terminado e, por isso, com um valor que pode alterar muito) tem um equilíbrio competitvo menor, com 1,71. Mas a Holanda joga em casa e poderá ter público apoiante… e a pontuação do Rugby World Ranking, nesta situação, não ajuda — com 61,10 no 24º lugar contra os 62,10 do 21º lugar de Portugal, a Holanda faz figura de favorita. Felizmente que Patrice Lagisquet com “Pensar que este jogo será fácil, é um erro!” tem plena consciência das dificuldades a enfrentar. Repito a necessidade: GANHAR!
No quadro apresentado, com dados suficientemente interessantes para merecer reflexão, podemos ver o “equilíbrio competitivo” dos nosso adversários: 1,63 para a Roménia, 1,65 para a Rússia, 1,20 para a Geórgia e 1,02 para a Espanha depois da divisão principal (1,81 pontos) ter sido reduzida para dois grupos de 6 equipas.
Voltemos ao princípio: o jogo contra os Países Baixos será difícil, exigirá toda a capacidade e experiência dos jogadores portugueses e, dadas as circunstâncias, só tem o objectivo VITÓRIA!. Boa sorte! 

* — Veja-se o posicionamento das 6 equipas do REC no ranking da World Rugby: 12º - Geórgia com 73,73 pts; 18ª - Roménia com 66,22 pts; 19º - Espanha com 64,82 pts; 20º - Rússia com 62,71 pts; 21º - Portugal com 62,10 pts; 24º - Países Baixos com 61,10 pts.

 

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