quinta-feira, 26 de setembro de 2024

FIJI VENCE PACIFIC NATIONS E OS LUSITANOS ESTIVERAM MAL


Com a vitória, por um ponto de diferença— num jogo com ensaios muito bem construídos e com o falhanço da penalidade de Mannie Libbok no último minuto de jogo — da Argentina sobre a África do Sul que, aliás, jogou sem sete habituais titulares seguindo a tese de Erasmus de garantir 30 jogadores do mesmo nível para conquistar o Mundial da Austrália, a Irlanda passou de novo para o 1º lugar do Ranking da World Rugby. 

Derrotando, pela primeira vez numa mesma época, os três grandes do Sul, a Argentina sonha agora com a hipótese de vitória na Championship — precisa de uma nova vitória sobre os Springboks, marcando 4 ensaios e não permitindo o ponto de bónus defensivo aos sul-africanos. Nada fácil mas como sonhar não é proibido…

Derrotando, fora e por 3 pontos de diferença, a Austrália, a Nova Zelândia espera, para poder chegar ao 2º lugar da Championship, que o filme do jogo Springboks-Pumas seja diferente do sonho argentino e tenha uma vitória sul-africana e que vença de novo e no Sky Stadium de Wellington, a Austrália.

Fiji, derrotando o Japão por expressivos 41-17 (24 pontos de diferença), venceu o Pacific Nations enquanto que Samoa, vencendo os Estados Unidos por uma diferença de 6 pontos, classificou-se em 3º lugar.

Com estes resultados o Ranking da World Rugby e para além do já assinalado acesso da Irlanda ao 1º lugar mas que o poderá perder se houver um empate no jogo do Mbombela Stadium, sofreu alterações — troca da Escócia com a Argentina, de Fiji com a Austrália e de Samoa com o Japão — que abrem enormes expectativas para os jogos internacionais deste Outono.


Na Super Cup europeia e depois de uma vitória sobre os espanhóis ditos Iberians, os nossos Lusitanos defrontaram os georgianos dos Black Lions e viram-se derrotados por 38-14 depois de terem estado a perder por 38-0 no final do terceiro-quarto do jogo, sofrendo 6 ensaios. Mais uma vez os Lusitanos mostraram os defeitos do rugby português que parece distraído destes permanentes erros competitivos: os portugueses fizeram faltas infantis que permitiram entregas grátis de terreno que só podem ser explicadas por uma de duas razões: ignorância das Leis do Jogo ou desconcentrações negligentes e desadequadas à importância do jogo. E assim não é possível!

Por outro lado, os portugueses continuam a não ser capazes de atacar próximo da linha-de-vantagem, dando, com o terreno que entregam, toda a vantagem à defesa adversária que, para além de conquistar terreno, entrega uma superioridade numérica que torna a defesa mais capaz. E perceber isto, esta geografia táctica de terreno, não é dificil desde que se percebam os Princípios Fundamentais do Jogo e que, longe de viver das habilidades individuais, o Rugby é um exigente jogo-colectivo que impõe a coordenação e adaptação entre todos os membros da equipa. E os portugueses não o fazem!

Para além desta incapacidade, os Lusitanos mostraram-se incapazes de realizar movimentos e suas alterações — linhas-de-corrida convergentes e divergentes, combinações falsas e verdadeiras de dobras, cruzamentos e jogo-ao-pé alternado em rasteiro e balão, tirando o melhor partido da nova lei de fora-de-jogo e garantindo um mínimo de conquista de terreno— que desequilibrem a defesa e abram intervalos por onde se pode atingir a área-de-ensaio. E a isto é necessário juntar o reconhecimento de que a conquista de terreno é fundamental para aumentar a pressão sobre os adversários.
 
Temos que nos lembrar que temos um Campeonato do Mundo onde pretendemos estar presentes e que isso, implicando a coesão de clubes, treinadores, árbitros e selecções, não permite distrações.

Arquivo do blogue

Quem sou

Seguidores