terça-feira, 19 de outubro de 2010

A CLASSIFICAÇÃO CONTA

Com o patrocínio que agora agora definiu, a Sagres introduziu uma novidade importante no campeonato português. A partir de agora – e ao contrário do que aconteceu nos últimos anos em que todas as equipas presentes recebiam verbas idênticas – o patrocinador apenas distribui verbas – embora ainda idênticas – pelos três primeiros classificados. O que introduz um outro significado nas classificações, aproximando o patrocínio do mérito desportivo. E aproximando apenas porque – estando no nível do desporto rendimento – e sendo o mérito desportivo absoluto hierarquizado, pelo mesmo critério deveria ser alinhado o patrocínio: de forma escalonada pela qualificação.  

De qualquer maneira – embora o segundo e terceiro classificados sejam tratados da mesma forma, o jogo (claro que vai aparecer a exigência habitual da justiça das duas mãos) entre os derrotados das meias-finais ganhará uma importância que nunca teve. E isso é bom para o rugby português.

Com esta mudança o apuramento para as quatro primeiras posições passa a ter um outro nível de importância. O que – nada tendo a ver com o coro já habitual contra a fase final - significa que será dada uma muito maior importância aos resultados dos diversos jogos que compõem a fase regular. E isso irá significar uma muito maior pressão sobre os árbitros. De que é preciso cuidar.

Primeiro, porque as arbitragens estão tecnicamente melhores – muitas vezes é a ignorância das Leis por parte de quem vê ou mesmo joga ou treina que cria os problemas; segundo porque se torna necessário, embora mais psicológica do que qualquer outra, garantir a protecção dos elementos da arbitragem; e terceiro porque não sendo assim tantos, os árbitros precisam de ter a garantia de um bom escalonamento.

E este escalonamento precisa da atenção dos clubes para a marcação dos jogos. A existência de sete jogos no mesmo dia e à mesma hora como acontecerá no próximo sábado – exigindo 21 árbitros – coloca, naturalmente e dada a actual situação da arbitragem portuguesa, dificuldades à garantia da qualidade desejada e necessária.

Os sistemas são assim: mexe-se numa coisa, influenciam-se todas as outras…

NOTA: depois de diversas complicações que o bom senso evitaria, o Adérito Esteves estreou-se finalmente a jogar este último fim-de-semana na PRO D2 pelo CASE Rugby – o resultado não foi o melhor, derrota por 60-10, mas é o início, espero, de uma carreira profissional bem sucedida.

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