terça-feira, 7 de dezembro de 2010

HISTÓRICO?

Parece uma moda infantil: ganha-se à Namíbia e avisa-se histórico; ganha-se, em sevens, à Inglaterra e reavisa-se histórico. Como se fossem marcos fundamentais e transformadores. Histórico? Histórico é ganhar um Campeonato do Mundo, não ganhar um jogo. Ganhar à Namíbia foi um bom resultado; ganhar à Inglaterra foi um excelente resultado. Ponto.

E nenhuma destas vitórias pode marcar um momento histórico porque nada muda na vida do rugby português por causa destes resultados. Como se diz da andorinha, uma só não faz a Primavera. E um resultado aqui, outro ali, não faz a diferença. Porque continua a haver uma enorme diferença entre ganhar um jogo e ver os derrotados partirem para o Mundial; entre ganhar um jogo à Inglaterra e ficar nos últimos lugares ou perder um jogo com Portugal e ganhar um World Series. Toda a diferença.

A consistência de resultados define a qualidade, estabelece o nível, constrói uma reputação. Permite a sustentabilidade da mudança. O resto é ficção ou propaganda – que não garante nenhum futuro melhor do que o presente. E o que o presente do rugby português precisa é de mais comedimento e menos propaganda. Bom senso e capacidade de ver e analisar… para que percebamos o patamar em que estamos e como deveremos proceder para o ultrapassar.

Sob pena de nos inebriarmos com a espuma.   

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