sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

UM SÓ MÉDIO-DE-FORMAÇÃO?

O XV de Portugal leva apenas, nos seus vinte-e-três jogadores da lista oficial, um médio-de-formação. Não percebo.

Como é que para um jogo deste nível se aposta apenas num jogador que, ainda por cima, não é um permanente do lugar? Mas mesmo que esta liberdade poética – chamemos-lhe assim – seja admissível por qualquer razão que desconheço, a não ida de outro causa enorme estranheza. E se os russos fizeram o trabalho de casa, se leram a constituição da equipa? Repito: não percebo.

O médio-de-formação é, sabemos todos isso, uma posição-chave da equipa. Por ali passa o ritmo, a primeira boa decisão, a forma de ocupação, a rapidez que permite explorar qualquer sucesso conseguido nas sequências da continuidade do movimento. O passe – na rapidez e dimensão - a leitura sob pressão de tempo e espaço, são decisivos e exigem hábitos da posição. Apesar de gostar muito do Pipoca como jogador e pessoa, não me parece que a sua escolha para jogar a 9 seja uma boa nova. Mas pior nova é o facto de não haver outro jogador dedicado ao lugar sentado no banco. Não há mais nenhum? Não serviriam os que representaram as outras três equipas portuguesas do Final Four do campeonato nacional? Ou estão todos indisponíveis?

Não servindo ou não querendo, existem outros portugueses que jogam em França e que são bastante capazes de cumprir o lugar em causa como Emmanuel Rebelo do Dijon (Federal) que já jogou – e bem! – por Portugal ou Fábio da Silva do St. Ettienne que joga na PROD2 ou ainda Samuel Marques que joga no Pau (PROD2) e que assinou há dias um contrato de profissional e que já vi - e gostei - em vídeo. Porque não foram chamados?

Que ninguém perceba a fraqueza da equipa e que o desnecessário risco não se transforme num pesadelo...
Seja como for, qualquer que seja o resultado, Portugal manterá a vigésima posição – para subir mais um lugar necessitaria de vencer a Rússia por mais de quinze pontos e que a Roménia, naquilo que parece uma impossibilidade, perdesse com a Ucrânia. A Espanha com 58,03 pontos, faça que resultado fizer contra a Geórgia, não nos apoquenta e Uruguai e Namíbia não jogam. 

Arquivo do blogue

Quem sou

Seguidores